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|privatização

Se a TAP não valesse nada não era privatizada, ninguém a queria

A empresa está bem, está estabilizada, gera lucros, está amplamente capitalizada, já se levantaram a maioria dos cortes impostos aos trabalhadores e, portanto, para o Governo PS, é tempo de vender.

CréditosMiguel A. Lopes / Lusa

O Governo nem ensaiou a tentativa de justificar a necessidade de privatizar, apesar de os últimos 30 anos demonstrarem que os piores momentos da TAP ocorreram durante e por causa dos processos de privatização.

Na apresentação do anúncio da aprovação em Conselho de Ministros do Decreto-Lei de privatização da TAP SA, o ministro João Galamba sublinhou que os resultados da TAP «são francamente positivos e muito acima dos previstos no processo de reestruturação» e que «a TAP está a crescer em receitas, passageiros e nos resultados», para depois concluir «este é o momento certo para vender». Isto é, a empresa está bem, está estabilizada, gera lucros, está amplamente capitalizada, já se levantaram a maioria dos cortes impostos aos trabalhadores e, portanto, é tempo de a vender.

O Governo nem ensaiou a tentativa de justificar a necessidade de privatizar, apesar da realidade dos últimos 30 anos demonstrar que todos os piores momentos da TAP ocorreram durante e por causa dos processos de privatização. Preferiu fingir ser esse um dado de partida, objectivo, montando-se no amplo consenso que une a Comissão Europeia, o PS, o PSD, o CDS, o CH, a IL e os interesses das classes dominantes, na defesa das privatizações e liberalizações, na alienação de todos os instrumentos estratégicos para o desenvolvimento nacional.

O Governo preferiu assegurar – sem fundamentar - que os objectivos desta privatização são: «crescimento da TAP, crescimento do hub nacional, assegurar investimento e emprego, assegurar o crescimento de operações ponto-a-ponto e o preço».

No entanto, o Governo foi omisso sobre a importância que atribui a objectivos estratégicos como sejam o assegurar da coesão nacional, da ligação às ilhas atlânticas e à diáspora ou o assegurar da capacidade soberana de transporte aéreo, tanto na ligação de Portugal ao exterior como para alimentar a economia nacional, particularmente o Turismo.

O Governo anunciou ainda que prevê alienar, no mínimo, 51% da companhia, quer fazê-lo por venda directa, e que a Portugalia será, antes da privatização, integrada num grupo TAP reconstruido em torno da TAP SA. Entretanto, prevê só para o final do ano a aprovação de um Caderno de Encargos com maiores detalhes sobre a venda agora decidida.

Depois de há menos de 3 anos terem visto quase um milhão de euros seus transformados em lixo, quando as acções da TAP passaram a valer zero, os trabalhadores da TAP foram bafejados com a oportunidade de voltar a comprar 5% da TAP.

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