A venda da TAP sempre foi um objectivo do PSD/CDS-PP. Se no ex-governo chefiado por Pedro Passos Coelho, a privatização, feita na vigésima quinta hora, assumiu estranhos contornos, reveladores de uma vontade inamovível, o actual Governo de Luís Montenegro quer levar avante os propósitos do passado.
Luís Miranda Sarmento, ministro das Finanças, confirmou que a privatização está para breve e, apesar de ainda não haver um caderno de encargos que assuma o modelo da operação, foi tornado público que esta será minoritária. O Estado ficará, ao que parece, com a maioria da empresa, o que pode indicar que fica também com o risco, mas não com decisões operacionais.
A questão é que, ao contrário do que os fiéis seguidores do neoliberalismo mais radical querem dar a entender, a empresa aérea é apetecível. Segundo a comunicação social, mesmo com uma venda minoritária, Lufhansa, IAG (consórcio que junta a British Airways e a Ibéria) e a Air France/KLM continuam interessadas no negócio da TAP.
Para já, a empresa melhor colocada é a francesa, que, segundo o Expresso, teve a ajuda de Emmanuel Macron na sua visita de Estado a Portugal e reiterou a vontade da Air France em adquirir parte da TAP. Não deixa de ser curioso que uma empresa tão atacada pela direita portuguesa desperte interesses de grandes grupos económico, que identificam potencial de lucro e reforço operacional.
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