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PSD marca terreno à direita

Ao suscitar o debate desta tarde, o PSD pretende marcar terreno na liderança pela direita, face à IL e ao Chega, mais do que discutir as políticas do Governo, das quais é cúmplice em questões essenciais.

CréditosEstela Silva / Agência Lusa

O Parlamento tem agendado para esta tarde um debate de urgência, solicitado pelo PSD, véspera da discussão da moção de censura ao Governo, apresentada pela Iniciativa Liberal (IL), e da qual os social-democratas se procuram distanciar, anunciando a sua abstenção. Fazê-lo seria, no mínimo, incongruente, tendo em conta o que tem sido a actuação do partido de Luís Montenegro na Assembleia da República, que, apesar de se proclamar como construtor de uma «alternativa», não deixa de se solidarizar com o PS naquilo que é estruturante nas suas políticas, nomeadamente em matéria laboral e de justiça social. 

Basta uma análise rápida pelas votações realizadas no último trimestre de 2021 para perceber como os social-democratas ajudaram a chumbar políticas que poderiam contribuir para melhorar a vida dos portugueses. A redução do horário de trabalho, o aumento do salário mínimo, a contribuição extraordinária sobre os lucros, assim como o combate à precariedade laboral, mas também à especulação e a práticas monopolistas, foram alguns dos diplomas que o PSD chumbou, a par de outros, entre os quais o fim dos voos nocturnos, ignorando consequências denunciadas pela população na Grande Lisboa.

Na ânsia de mostrar oposição, o PSD requereu na semana passada um debate de urgência sobre a «situação política e a crise no Governo», em resposta à saída de Pedro Nuno Santos, no âmbito do caso da duplamente «ex» gestora da TAP e secretária de Estado do Tesouro. Caso que tem alimentado uma dinâmica de fulanização, quando na prática se resume a uma gestão duvidosa da coisa pública, mas da qual o PSD nunca fez bandeira.

A iniciativa desta tarde deve-se mais à ameaça sentida pelo partido de Montenegro relativamente à IL do que à difícil situação que o País vive e à proclamada «instabilidade» do Governo. Numa entrevista à SIC Notícias, esta terça-feira, o candidato à liderança dos liberais, Rui Rocha, deu mais uma alfinetada no PSD, afirmando que, se «não quer ser» oposição, a IL «está preparada para liderar a oposição». 

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