O debate desta segunda-feira começou pela discussão em torno do problema da chamada governabilidade e das maiorias possíveis na Assembleia da República, num quadro em que, a 30 de Janeiro, não será eleito nenhum primeiro-ministro, mas sim 230 deputados. Serão estes a ditar no Parlamento a correlação de forças que permitirá formar governo e aprovar o respectivo programa.
Um debate, onde, além de a Iniciativa Liberal não ter conseguido explicar a sua proposta fiscal, de quem mais ganha menos impostos paga, foi sublinhada a necessidade de aumentar salários para dinamizar a economia e o crescimento económico, como aconteceu entre 2015 e 2019, e evitar que os milhões de euros de lucros dos grandes grupos económicos voem para o estrangeiro para os bolsos dos accionistas, conforme sublinhou João Oliveira, líder parlamentar do PCP que substituiu no debate o secretário-geral do PCP, que esta segunda-feira teve alta hospitalar.
A direita, do CDS-PP ao PSD, voltou a trazer a debate a intenção de promover o reforço da participação dos privados na saúde, através do financiamento público, promovendo o aumento do lucro dos grandes grupos económicos e do seu negócio com a doença. Uma ideia contrariada por Catarina Martins, que defendeu o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente a dedicação exclusiva dos seus profissionais.
António Costa, pelo seu lado, interveio no sentido de procurar justificar o seu pedido de uma maioria absoluta, porventura a razão que nos levou a eleições antecipadas.
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