A reunião, promovida pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e pela Associação dos Viticultores e da Agricultura Familiar Douriense (AVADOURIENSE), reuniu dezenas de produtores, que denunciaram o «agravamento acelerado» das condições de trabalho e a «falta de equidade» no mercado.
No plenário, que procurava discutir formas de luta, os presentes acabaram por aprovar por unanimidade uma moção que exige medidas imediatas para travar o colapso do sector. Entre as reivindicações estão: revisão dos preços mínimos da uva e do vinho, que se mantêm nos valores de há 25 anos; apoios extraordinários face ao aumento dos custos de produção (combustíveis, energia, fertilizantes e fitofármacos); e a correção do desequilíbrio de poder entre os pequenos e médios viticultores e as grandes empresas comercializadoras e exportadoras.
Os viticultores presentes destacaram que a actual situação «insustentável» está a levar ao abandono de vinhas e ao fim de explorações familiares históricas.A manifestação de 2 de Julho pretende pressionar o Governo e os agentes económicos a implementar as soluções propostas na moção. «Se não houver resposta, o Douro Vinhateiro, Património Mundial, pode ver a sua identidade destruída», alertam.
Na moção aprovada, as principais reivindicações são o aumento do quantitativo do benefício em 2025, sem cortes em relação a 2024; preços mínimos para as uvas e proibição de compra abaixo dos custos de produção; prioridade à aguardente regional para escoar a produção local; fortalecimento da Casa do Douro para gerir stocks e comprar excedentes; e fiscalização rigorosa da entrada de mostos e vinhos não originários da Região Demarcada do Douro.
A concentração está marcada para as 10h00, com marcha prevista pelas ruas da Régua. A CNA e a AVADOURIENSE prometem divulgar mais detalhes nos próximos dias.
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