Num comunicado, a ANS fala de «homens experimentados, técnicos altamente especializados», condecorados por missões cumpridas «em vários teatros e tipos de missão, em mares nacionais e internacionais, e ao serviço de Agências europeias e/ou em missões da NATO». A ANS refere ainda que, oito desses elementos da guarnição do Mondego, foram louvados recentemente pelo Comandante Naval, por «ao longo dos últimos 20 meses de actividade operacional», o Mondego ter «servido a Marinha e Portugal, em diversos cenários e geografias, em particular no dispositivo da Zona Marítima da Madeira e na operação INDALO, no âmbito do controlo das fronteiras externas da União Europeia, através da agência FRONTEX».
Finalmente, o Almirante Gouveia e Melo tomou posse esta segunda-feira como Chefe de Estado Maior da Armada (CEMA), após um sinuoso processo de nomeação que foi tudo menos um hino à transparência. Chegou ao fim o arrastado processo de substituição do Almirante Mendes Calado, enquanto CEMA, cargo que, segundo o próprio, não deixou «por vontade própria». Aliás, depois de, em finais de Setembro, se ter ficado a saber da combinação prévia, entre o Presidente da República, o Governo e o então CEMA, para a saída deste antes do prazo estipulado, ficou-se agora também a saber que era Gouveia e Melo o escolhido para tomar posse no início do ano e que só a sua ida para a task force originou a recondução, precária, de Mendes Calado. Em entrevista ao Expresso, o recém-empossado CEMA sublinha que o processo da sua nomeação «já tinha sido iniciado muito antes. Foi interrompido pela necessidade de me passarem para a task force». O Presidente da República e o primeiro-ministro apresentaram como pretexto para o momento desta alteração no topo da hierarquia da Marinha a promulgação próxima das novas leis orgânicas dos três ramos das Forças Armadas e do Estado Maior General (EMGFA). Uma justificação considerada pouco compreensível, nomeadamente porque há cerca de dois meses o Chefe de Estado Maior do Exército foi reconduzido no cargo. Entretanto, fica a expectativa quanto ao recato do novo CEMA, considerando alguma incompatibilidade entre as estrelas inerentes ao posto/cargo e as do espaço mediático que, em vagas sucessivas e repetitivas, estranhamente o têm vindo a projectar. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Nacional|
O CEMA que antes de ser já o era
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Durante esse período, segundo a ANS, a guarnição do Mondego demonstrou «grande dedicação e forte espírito de missão», o que levou o Comando Naval a conceder-lhes «três dias de mérito pelo excelente desempenho, foco, disponibilidade e competência demonstrados, assentes no profissionalismo, exemplo e vontade de bem fazer, constituindo-se como o exemplo para as restantes unidades navais e para toda a Marinha».
A ANS denuncia as condições técnicas a que a «tutela militar e política» deixou chegar o material e «as condições dos homens e mulheres militares, exigindo sempre, e a qualquer preço, o cumprimento da missão», e acusa essa tutela de ser a principal responsável «pelo estado a que isto chegou e a quem se deve exigir responsabilidades».
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