Num comunicado intitulado «Em véspera de eleições o Governo tira mais um coelho da cartola», o MURPI considera que a medida, embora beneficie cerca de 230 mil idosos, ignora a realidade de mais de dois milhões de reformados e pensionistas que continuam a viver com rendimentos abaixo do limiar da pobreza e do Salário Mínimo Nacional.
A organização critica ainda o facto de a medida ser apresentada isoladamente, em plena campanha autárquica, em vez de integrada num debate amplo na Assembleia da República, onde poderiam ser avaliados os seus impactos e eventuais insuficiências. «Os aumentos das reformas, a partir de janeiro, serão manifestamente insuficientes», alerta o comunicado.
O MURPI recorda que o seu Caderno Reivindicativo para 2026 já foi aprovado e será enviado ao Governo e ao Parlamento, incluindo propostas para melhorar as condições de vida dos reformados, garantir o acesso à saúde no SNS, e promover redes públicas de lares, habitação condigna e mobilidade.
A Confederação reafirma a sua determinação em continuar a lutar por pensões dignas e rejeita o que considera uma «tentativa de instrumentalização do voto» dos idosos nas eleições autárquicas.
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