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|Aviação

Insolvência da Groundforce mantém indefinição sobre futuro da empresa

A declaração de insolvência da empresa é mais um passo num processo de reestruturação em que se vão reunindo as condições para prejudicar os trabalhadores e lesar os interesses do País.

CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

Apesar de o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava/CGTP-IN) ter esclarecido, esta quarta-feira, que a insolvência da Groundforce é uma «solução transitória», que não cessa os contratos de trabalho nem compromete os salários, a verdade é que se mantém a indefinição quanto ao futuro da empresa de handling.

Segundo comunicado divulgado pelo sindicato, em reunião com o Governo e com a TAP, foi garantido que o objectivo é continuar a trabalhar para encontrar uma solução para a empresa e para os mais de 2400 postos de trabalho.

No entanto, a decisão do Governo de partir para um processo de insolvência aumenta a precariedade da vida dos trabalhadores da Groundforce e desestabiliza a TAP num momento crítico para a recuperação económica da empresa, em que o sector da aviação civil começa a sair da mais grave crise de sempre à escala mundial.

Tendo reconhecido ser necessário retomar, ainda que temporariamente, o controlo público sobre a SPDH/Groundforce, o Governo nunca explicou por que razão optou por um processo de insolvência, em vez de avançar com uma nacionalização imediata da empresa, colocando-a ao serviço dos interesses nacionais.

Pelo contrário, ao tomar esta opção, o Governo abre caminho à criação das condições necessárias para impor uma redução do preço da força de trabalho no sector da assistência em escala, lançando um novo processo de privatização, o terceiro, no caso da SPDH/Groundforce, com o objectivo já assumido de entregar o sector a uma multinacional.

Não está assim afastado o perigo de se vir a chantagear os trabalhadores com as condições a impor num futuro plano de reestruturação elaborado pelos credores, que poderá passar por despedimentos, cortes salariais e alterações ao contrato colectivo. Recorde-se que dessa comissão de credores faz parte a ANA, que terá assim mais força para impor reivindicações próprias para diminuir a concorrência.

No espaço de um ano, a empresa já despediu mais de mil trabalhadores que prestavam serviço através de contratos a termo ou empresas de trabalho temporário. O quotidiano dos que ficaram tem sido preenchido com atrasos no pagamento dos salários, apesar do aumento da actividade registado com o regresso da actividade aeroportuária.

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