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No mês dos 55 anos do Dia Nacional do Estudante

Estudantes do básico e secundário exigem investimento nas escolas

Os estudantes do ensino básico e secundário saíram à rua para exigir mais investimento na Educação, de forma a dar resposta a diversos problemas como a falta de funcionários ou a realização de obras. Várias escolas tiveram os seus estudantes à porta a protestar.

Estudantes de Almada concentrados em frente da Escola Secundária Anselmo de Andrade
Estudantes de Almada concentrados em frente da Escola Secundária Anselmo de AndradeCréditos / AbrilAbril

Nos distritos de Lisboa, Setúbal e Porto, o dia de ontem foi de protesto dos estudantes. Vários foram os problemas apontados. A necessidade de obras em várias escolas, a falta de funcionários e professores, o desinvestimento na Acção Social Escolar, o custo dos manuais escolares e de outros materiais, os problemas com os transportes e deslocações para as escolas, como o preço do passe ou a falta de carreiras. Também os exames nacionais e os momentos pontuais de avaliação são vistos como uma forma de desvalorização da avaliação contínua.

Os estudantes responsabilizam os cortes e o subfinanciamento na Educação levados a cabo por «sucessivos governos» para que hoje se deparem com a falta de condições materiais e humanas nas escolas.

A ocorrência destes problemas em muitas escolas do país uniu dezenas de Associações de Estudantes em torno de um apelo para a mobilização dos alunos.

A ocorrência destes problemas em muitas escolas do país uniu dezenas de Associações de Estudantes em torno de um apelo para a mobilização dos alunos, consubstanciado num manifesto que aborda os problemas do ensino e lembra os 55 anos do Dia Nacional do Estudante, que se comemora a 24 de Março, e que, para estas associações é um dia «em que se homenageia a luta dos estudantes portugueses na década de 60 contra o fascismo, pela liberdade e pelo direito de reunião e associação».

O manifesto assinado pelas Associações de Estudantes lembra que o movimento associativo é um dos pilares da comunidade escolar «e representa o principal meio de intervenção de que os estudantes dispõem, tendo de se assumir como tal», apesar de se depararem com entraves para cumprir esse dever fruto «de uma burocracia exagerada ou da falta de financiamento». Com este documento os representantes dos estudantes procuraram «alcançar toda a massa estudantil e apelar a esta para que intervenha e se expresse». Por todos os problemas actuais, estas associações apelaram a que os estudantes «reafirmem o 24 de Março, não só como um dia ou um mês de comemoração e de homenagem, mas também de luta dos estudantes».

Relatos das Associações de Estudantes envolvidas na organização dos protestos dão exemplos de várias atitudes de «repressão».

No seguimento deste apelo, foram centenas de estudantes que se manifestaram ontem nos concelhos de Almada, Seixal, Setúbal, Palmela, Lisboa, Vila Franca de Xira, Loures, Odivelas, Sintra, Oeiras, Matosinhos e Gaia. Manifestações, concentrações, faixas e cartazes pintados com palavras de ordem, foram várias as formas de protesto destes estudantes.

Relatos das Associações de Estudantes envolvidas na organização dos protestos dão conta de várias atitudes de «repressão»: direcções de várias escolas que retiraram as faixas afixadas pelos estudantes, chamadas de alunos à direcção, impedimento de saída da escola para participação nos protestos. Também a polícia teve uma forte presença em várias escolas, e são relatados exemplos de tentativas de desmobilização, identificação de estudantes e até empurrões.

Os organizadores informaram que no dia 24 de Março preparam-se mais protestos em escolas dos concelhos do Seixal, Beja, Ourique, Moura, Serpa e Cuba.

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