Entre os dias 20 e 24 de Novembro, várias entidades e associações na cidade de Lisboa terão sido alvo de intervenções por parte de agentes da Polícia de Segurança Pública. A PSP queria encontrar os responsáveis destas organizações para lhes pedir a identificação e os contactos. Em causa estará, alegadamente, o facto de essas organizações tomarem «posições em defesa da Palestina», refere o Grupo Parlamentar do PCP.
Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente anuncia que mais de uma centena de pessoas ligadas ao sector da cultura assinaram um apelo pelo fim da agressão a Gaza. Mais uma prova de que pela paz não somos poucos. Cresce o apoio à causa palestiniana, cresce o apoio ao povo, crescem as vozes que exigem paz. É isto que se pode concluir do anúncio feito pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) de que mais de uma centena de pessoas ligadas ao sector da cultura assinaram um apelo pelo fim da agressão a Gaza. No apelo, que se pode encontrar no site da organização, lê-se ao início que «É urgente travar o genocídio em Gaza! É urgente impedir que a guerra alastre a todo o Médio Oriente! O povo da Palestina precisa de justiça, não de massacres!». O documento é prova de um enorme humanismo já que, com o seu nome, os subscritores vinculam-se à inconformação e afastam o relativismo moral: «As imagens de horror que nos chegam de Gaza trazem-nos à memória o poema e a canção que nos falava de outros horrores. No Médio Oriente, e no mundo inteiro, todas as vidas contam, todas as vidas têm o mesmo valor e merecem ser respeitadas, todas as acções que visem populações civis são censuráveis e merecem a nossa condenação. É preciso parar!» Assumindo que «há um crime organizado a acontecer em Gaza», que passa pela extinção de famílias soterradas em bombardeamentos massivos; cortes de água, electricidade, comida e medicamentos; bombardeamentos de centros de abrigo das Nações Unidas, hospitais, escolas, colunas de refugiados, equipas médicas, jornalistas, igrejas e mesquitas; é imposto um castigo colectivo; os subscritores exigem que é necessário um cessar-fogo humanitário, visto que «tudo isto tem de acabar, e acabar já!». Para os mesmos, «a comunidade internacional é responsável por uma injustiça cruel imposta ao povo palestiniano» e a mais de uma uma centena de artistas, mulheres e homens de cultura, apelam a «que por todo o país e de múltiplas formas, se expressem as exigências inadiáveis do fim da agressão a Gaza e da Paz no Médio Oriente». Com um «A Humanidade Vencerá!» acaba o apelo. Uma mensagem de esperança de quem não perdeu vontade e dá a cara pela construção de um mundo novo. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Nacional|
Mais de uma centena de mulheres e homens de cultura pelo fim da agressão a Gaza
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«À luz da Constituição da República Portuguesa e dos Direitos Fundamentais nela consagrados, é forçoso que uma acção deste tipo mereça da parte do Ministério da Administração Interna (MAI) os devidos esclarecimentos».
Os deputados comunistas anunciaram hoje ter endereçado um conjunto de perguntas ao Governo, através do MAI, para «esclarecer de quem partiu a ordem para levar a cabo estas acções», e se o MAI foi directamente «responsável por esta intervenção».
É fundamental compreender «que enquadramento operacional foi transmitido» à polícia para agirem desta forma persecutória, visando diversas associações e organizações pelas suas posições. Ainda não são conhecidos todos os alvos da PSP.
Tem o MAI «conhecimento de alguma ameaça à segurança daqueles que se manifestam em defesa da paz na Palestina e pelos direitos do seu povo?» questiona o PCP.
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