O lema, que serve de mote para assinalar o Dia Internacional da Mulher este ano, tem por objectivo denunciar a outra face da realidade do combate à pandemia. Muitas das medidas adoptadas têm-se traduzido num «impacto terrível e desproporcional na vida das mulheres», explica o MDM em comunicado.
Para ilustrar a realidade, o MDM fala em diversas questões que afectam de forma particular as mulheres, como sejam o aumento do desemprego, a perda de rendimentos, a intensificação das exigências quer no trabalho presencial, quer na tarefa de tentar compatibilizar o teletrabalho com a vida familiar e pessoal, e a sobrecarga da organização da vida familiar e doméstica.
Neste sentido, realizou-se no passado sábado uma conversa online sobre o tema «Uma carga de trabalhos: confinamento, teletrabalho e família». Segue-se, ainda este mês, um debate sobre violência entre pares jovens no próximo dia 25, um laboratório sobre violência doméstica no dia 27 e uma conversa, dia 28, sobre o «impacto da Covid-19 no trabalho académico das mulheres».
Com este ciclo de debates, pretende-se exigir que no quadro do combate à pandemia não se promovam políticas que agravem «as desigualdades e a pobreza das mulheres e suas famílias», para que não se gerem circunstâncias «de maior discriminação, tristeza, tensão pessoal e familiar e de violência».
O MDM considera assim que «não há desculpa para os abusos», nomeadamente para o aumento da exploração, da discriminação e da desigualdade, porque os «direitos das mulheres não se confinam».
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