A Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD) mostra-se seriamente preocupada com as recentes notícias que dão conta «de cortes no financiamento dos Jogos Paralímpicos» e «de que muitos comités nacionais ainda não receberam as verbas para pagar o transporte dos atletas até ao Rio de Janeiro».
Numa nota, a confederação afirma que «a participação de dez países está em risco», sendo o próprio presidente do Comité Paralímpico Internacional, Philip Craven, a revelar que «nunca houve tantas dificuldades nos 56 anos de história dos Jogos Paralímpicos».
A CNOD não aceita «que a organização dos Jogos Paralímpicos e a participação dos atletas dependam dos resultados da bilheteira e dos patrocínios». Sublinha, para além disso, que, se se confirmar que uma parte das verbas previstas para financiar o evento foi desviada pelo Comité Organizador dos Jogos Olímpicos para resolver problemas gerados pelas recentes Olimpíadas, «tal configura, uma vez mais, um acto de discriminação e de desvalorização dos Jogos Paralímpicos».
Ao invés, a confederação defende que «este acontecimento, de transcendental importância para milhares de atletas com deficiência, deve constituir mais um exemplo de como o desporto, como direito de todos, pode e deve servir para esbater diferenças e para lançar a mensagem de que a humanidade deve combater a discriminação e construir um mundo de paz, justiça social e inclusão».
Saudando as atletas e os atletas portugueses que integram a Missão Paralímpica Rio 2016, a CNOD salienta que «os atletas paralímpicos portugueses têm dado muitas alegrias ao nosso país» e, nesse sentido, espera ver esse esforço devidamente recompensado e reconhecido.
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