A iniciativa parte dos deputados do PCP no Parlamento Europeu, que consideram poder estar em risco o multilinguismo naquele hemiciclo, mas a subscrição está aberta a todos os deputados.
O documento será remetido aos presidentes do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, com o intuito de chamar a atenção para o facto de se viver uma tentativa de promover «a ideia de que algumas línguas de trabalho são dispensáveis», considerando, no essencial, custos financeiros.
Ao mesmo tempo, avançando-se com este tipo de medidas, empobrece-se a representatividade que também reside na diversidade dos povos e culturas, das quais as línguas e a riqueza linguística são parte.
Actualmente são 24 as línguas oficiais de trabalho. Os comunistas alertam para que, sem tradutores e intérpretes, as «instituições da UE não funcionam», e que é preocupante a falta de tradutores e assistentes. Esta situação põe em causa não só a qualidade dos textos, legislativos e outros, como o «bem-estar físico e psicológico dos trabalhadores», denunciam.
Preocupados com a situação destes trabalhadores, os comunistas propõem a todos os deputados que afirmem, com esta carta, «a defesa do direito ao trabalho com direitos e o combate à precarização das relações laborais».
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