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|Privatizações

Administração dos Correios coloca lucros privados à frente do património da empresa

Os CTT vão vender um edifício que detêm em Lisboa, para permitir manter a rentabilidade dos accionistas privados. Operação insere-se na estratégia de alienação do património dos Correios.

Francisco Lacerda, presidente dos CTT, acompanhado pelo ministro da Economia Pires de Lima e pelo secretário de Estado das Comunicações, Sérgio Monteiro, na sessão de entrada em bolsa dos CTT
Francisco Lacerda, presidente dos CTT, acompanhado pelo ministro da Economia Pires de Lima e pelo secretário de Estado das Comunicações, Sérgio Monteiro, na sessão de entrada em bolsa dos CTTCréditos

Os Correios anunciaram ontem, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a assinatura de um contrato-promessa de compra e venda do edifício dos CTT na Rua da Palma, em Lisboa, por 10,3 milhões de euros.

A operação insere-se numa estratégia global de venda de património, nomeadamente imobiliário, acumulado ao longo de décadas pela empresa, enquanto esteve na esfera pública. Agora, com os lucros a descer e a vontade dos novos accionistas privados em manterem a sua rentabilidade em níveis elevados, a administração dos CTT avança com a alienação do património que era, até há poucos anos, público.

Recorde-se que, por proposta da equipa de gestão que transitou do período anterior à privatização, nomeada pelo anterior governo do PSD e do CDS-PP, os dividendos entregues aos donos privados da empresa superaram os lucros nos últimos dois anos. Em 2016, os dividendos foram de 72 milhões de euros, enquanto os lucros se ficaram pelos 62 milhões; no ano passado, face a lucros de 27 milhões de euros, a proposta de distribuição de dividendos ultrapassou o dobro desse valor – 57 milhões de euros.

A estratégia dos accionistas privados dos CTT tem passado por retirar o máximo de valor para si, mesmo à custa da empresa. Não por acaso, o maior accionista logo após a privatização foi o grupo que emprega os ex-governantes do PSD Durão Barroso e José Luís Arnaut, a Goldman Sachs. Actualmente, para além do grupo Gestmin, de Manuel Champalimaud, todos os accionistas com mais de 2% do capital dos Correios são fundos ou bancos de investimento.

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