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Utentes mobilizam-se pelos direitos à saúde e à segurança

Em Torres Novas, a 18, e Abrantes, a 19, realizam vigílias pelos cuidados de saúde de proximidade. Já esta segunda-feira, Ermidas-Sado será palco de uma iniciativa contra o encerramento do posto da GNR.

Populações e autarcas participam numa concentração, em Ermidas-Sado, exigindo o reforço de efectivos da GNR
População e autarcas exigem reforço da GNR em Ermidas-Sado, em Dezembro de 2018Créditos / Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém

A vigília e tribuna pública na cidade ribatejana de Torres Novas tem lugar das 18h às 20h da próxima quarta-feira, por iniciativa da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo.

De acordo com a informação divulgada, a mobilização tem como reivindicações fundamentais a defesa de cuidados de saúde de qualidade e de proximidade; o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o funcionamento permanente do serviço de Urgências do Hospital de Torres Novas.

Na cidade de Abrantes, os utentes mobilizam-se na quinta-feira (17h30-19h30) também por cuidados de saúde de qualidade e de proximidade e pelo reforço do SNS, exigindo ainda obras no serviço de Urgências do hospital e a maternidade a funcionar diariamente. 

Estas vigílias dão sequência a uma série de iniciativas que a comissão tem desenvolvido nas freguesias de Torres Novas e noutros concelhos do Médio Tejo pela reivindicação de médicos de família, a defesa de cuidados de saúde de proximidade e o reforço do SNS.

População de Ermidas-Sado contra encerramento do posto da GNR

Preocupada com a segurança pública na freguesia, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém promove esta segunda-feira, às 18h, uma vigília frente ao posto da Guarda Nacional Republicana (GNR), para expressar a sua indignação e exigir que o posto não seja encerrado.

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Utentes do Médio Tejo mobilizam-se por cuidados de saúde de proximidade

Em Assentis (Torres Novas) e Carregueiros (Tomar), as populações exigem a colocação de médico e acesso a cuidados de saúde primários. Na Golegã, alerta-se para centenas de utentes sem médico de família.

A população de Assentis (Torres Novas) exige a colocação de um médico na extensão de saúde local 
Créditos / Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo

Em Junho último, cerca de uma centena de habitantes de Assentis fez questão de manifestar o seu descontentamento na Assembleia de Freguesia. Os utentes, na sua maioria idosos, contestaram o facto de «terem perdido» a única médica que estava afecta à extensão de saúde local, obrigando-os a deslocar-se à sede do município, Torres Novas, indica o portal omirante.pt.

Na ocasião, a população expressou «o seu descontentamento com a falta de acesso a cuidados de saúde primários na extensão de saúde desta freguesia», que «está sem médico de família», refere a fonte.

Assim, «na defesa de cuidados de saúde de proximidade e no combate à desertificação das aldeias», a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo anuncia a realização de uma vigília, no próximo dia 23, entre as 19h e as 22h, frente à extensão de saúde de Assentis, para reivindicar a colocação de um médico.

Pelo direito à saúde e por cuidados médicos de proximidade, abaixo-assinado em Carregueiros

No documento, divulgado pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, exige-se ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo a colocação de um médico especialista em Medicina Geral e Familiar na Unidade de Cuidados Personalizados – Pólo de Carregueiros, no Município de Tomar.

O facto de o médico especialista ter sido transferido para outra freguesia obriga a população de Carregueiros – em que se incluem bastantes utentes idosos e outros sem possibilidades de se deslocar – a inscrever-se em extensões de saúde de freguesias distantes, denuncia o texto.

A população da freguesia, que se mostra «indignada» com a falta de atenção a que tem sido votada no que respeita à prestação de cuidados de saúde primários, reclama a colocação de um médico que responda às necessidades da freguesia, exigindo ainda uma solução célere para o problema.

700 utentes sem médico de família na Golegã

No Município da Golegã, «há aproximadamente 700 utentes sem médico de família atribuído, representando um impacto tremendo nos utentes e seus familiares. Uma situação que poderá agravar-se com o avançar da idade de diversos médicos, que poderão nos próximos tempos aposentar-se», alerta a Organização do PCP no Concelho da Golegã.

Em nota de imprensa, sublinha-se que «a saúde não deve ser encarada como uma responsabilidade directa do município, mas, sim, uma responsabilidade do Estado, que deve assegurar profissionais de saúde necessários para garantir que todos os utentes do concelho possam ter atribuído um médico de família e consequentemente acesso aos cuidados de saúde».

Ainda assim, o PCP afirma que a Câmara Municipal da Golegã, «dirigida pelo Movimento "2021 é o ano", deve assumir o seu papel institucional enquanto representante dos munícipes e exigir ao Governo que resolva este problema que atinge de forma dramática centenas de utentes do concelho».

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Numa nota à imprensa, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém diz estar «muito preocupada com a segurança pública na freguesia» do concelho alentejano e denuncia que o Ministério da Administração Interna tem «uma proposta de tentativa de encerramento» do posto da GNR, a que se opõe totalmente.

Se for concretizada, a medida irá «causar ainda mais insegurança junto das populações» residentes na freguesia referida e na de Abela, nomeadamente, «mais assaltos» e «mais actos de vandalismo», entre outras formas de insegurança.

A intenção do Governo é ficar apenas com um único posto da GNR a funcionar no interior do concelho de Santiago do Cacém, na Freguesia de Alvalade, alerta a comissão, sublinhando que este «não tem condições, nem meios materiais e humanos para acudir» às demais freguesias do interior – Alvalade, Abela, Ermidas-Sado, São Domingos da Serra e Vale d'Água –, ficando responsável pela cobertura de uma área com cerca de 600 quilómetros quadrados, «muito superior a alguns concelhos deste País».

«O posto da GNR de Ermidas-Sado, para além de ter a competência de patrulhamento de duas freguesias, tem ainda uma localização estratégica, com acesso ao Itinerário Complementar n.º 1 (IC1) e também à ferrovia, com um papel muito importante para o acompanhamento destas vias estruturantes», sublinha o organismo, vincado a necessidade de manter o posto.

Há muito que população e autarcas contestam tentativas de encerramento

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População e autarcas defendem reforço da GNR no município de Santiago do Cacém

Cerca de 50 pessoas juntaram-se, esta sexta-feira, frente ao posto da GNR em Ermidas-Sado. Não as demoveu o anúncio, pelo Governo, da suspensão da passagem do local a «ponto de atendimento reduzido».

Populações e autarcas participam numa concentração, em Ermidas-Sado, exigindo o reforço de efectivos da GNR
Créditos / Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém

Tanto a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém como o presidente da Câmara Municipal, Álvaro Beijinha, se mostraram bastante críticos com a decisão do Governo de transformar os postos da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Alvalade e Ermidas-Sado em pontos de atendimento reduzido, a funcionar apenas nos dias úteis, entre as 9h e 17h.

Em declarações à Lusa, o autarca sublinhou que a decisão afecta cerca de 6000 habitantes e cinco freguesias do concelho do Litoral Alentejano, e disse ter solicitado uma reunião urgente ao ministro da Administração Interna, «para tentar reverter a situação» e exigir o reforço de efectivos nos postos.

Neste contexto, e tendo em conta que a região é atravessada por eixos rodoviários (IC 1) e ferroviários (Linha do Sul) estruturantes, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém, a Junta de Freguesia de Ermidas-Sado e a Câmara Municipal de Santiago do Cacém agendaram para ontem, ao final da tarde, uma concentração frente ao posto da GNR em Ermidas-Sado, contra «o encerramento dos postos», «pelo aumento de efectivos e por melhores condições de trabalho».

Suspensão «no imediato» não demoveu população e autarcas

Numa nota, o município dá conta de que Álvaro Beijinha foi contactado, ontem, pelo chefe de gabinete do ministro da Administração Interna, que o informou da decisão do Governo de suspender «no imediato» a passagem dos postos da GNR de Alvalade e Ermidas-Sado a pontos de atendimento reduzido.

No entanto, sublinha a Câmara Municipal, se «autarquias e populações» ganharam uma batalha, não ganharam «a guerra», «uma vez que a medida foi apenas suspensa e não revogada». Uma ideia que foi vincada na concentração realizada ontem ao fim da tarde, como previsto, frente do posto da GNR de Ermidas-Sado, que contou com a participação de cerca de cinco dezenas de pessoas.

A Comissão de Utentes entende a acção do Ministério da Administração Interna como uma tentativa de desmobilizar as populações e sublinha que a suspensão da redução de horário nos postos «não é suficiente». A «condição essencial para parar as lutas» é o «aumento dos efectivos de elementos da GNR e também a melhoria das condições de trabalho», insiste.

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Em Junho deste ano, a preocupação com o futuro do funcionamento do posto da GNR em Ermidas-Sado foi expressa na AR pelo PCP, que questionou o ministro da Administração Interna a propósito.

Os comunistas referiram-se então «à recente compra do imóvel que alberga o posto» por particulares, destacando a sua importância «não apenas para a população de Ermidas-Sado, mas também para a população da Freguesia da Abela, garantindo a segurança e a proximidade necessárias a essas populações».

Na mesma ocasião, o PCP sublinhou o facto de a população já se ter manifestado «de forma categórica no passado contra tentativas de encerramento do posto da GNR e de alteração do seu horário de funcionamento, demonstrando a relevância desse serviço para a segurança e tranquilidade da freguesia».

Em 2018, o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, teceu fortes críticas à redução do horário do posto, «quando a decisão que se devia ter tomado era o reforço do efectivo para permitir o funcionamento alargado e o normal patrulhamento», disse então à Lusa.

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