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Portuenses ainda não beneficiam de todos os descontos do passe único

Os passes família e Sub-13 ainda não estão em vigor e os reformados do Grande Porto têm um desconto inferior ao aplicado na Área Metropolitana de Lisboa. Quatro mil utentes já exigiram igualdade no passe único.

Créditos / CC BY-SA 3.0

São cerca de quatro mil as assinaturas que na última sexta-feira deram entrada no Conselho Metropolitano do Porto (CmP) para exigir a aplicação de todos os descontos previstos no passe único. Na petição promovida pelo PCP, que continua a aguardar resposta do CmP ao pedido de reunião efectuado no início de Setembro, elencam-se quatro reivindicações fundamentais para os utentes da Área Metropolitana do Porto (AMP), que em Lisboa foram implementadas ao longo de 2019. 

Os subscritores exigem a implementação do passe família, de forma a garantir que nenhum agregado pague mais que 60 euros para andar num concelho ou 80 euros na AMP. No início de Dezembro, o presidente do CmP, Eduardo Vítor Rodrigues, admitiu que se encontrava em curso um processo negocial para reforço da comparticipação do Governo e que o passe família deveria entrar em vigor este mês nos 17 concelhos da AMP.

Apesar das declarações do também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, informação avançada no final do ano por Mário Rui Soares, da Comissão Executiva da AMP, dava conta de que o passe família se mantinha «em análise». 

O acesso imediato ao passe Sub-13, garantindo a gratuitidade dos transportes para crianças até aos 13 anos de idade, é outra das reivindicações dos utentes. Pese embora Eduardo Vítor Rodrigues afirmar que ele já foi implementado, de promessas largadas aquando das legislativas de Outubro e de a Comissão Executiva da AMP ter assumido que passaria a vigorar em toda a área metropolitana, em Janeiro de 2020, a realidade mostra que milhares de crianças continuam impedidas de circular, gratuita e livremente, em toda a AMP, pelo facto de usufruírem do transporte escolar (que apenas faz o trajecto entre a escola e o domicílio). 

Outra reivindicação passa pelo desconto de 50% para todos os reformados, tal como existe em Lisboa, ao contrário dos 25% actualmente em vigor. A petição reclama ainda o reforço da oferta com mais transportes, principalmente em horas de ponta, pondo fim a situações de sobrelotação que hoje existem.

No documento, o PCP recorda que, ao longo de mais de 20 anos, propôs a criação do passe único. Lamenta, no entanto, que haja «descontos importantes que continuam por assegurar na AMP», tendo em conta que foram disponibilizadas verbas no Orçamento do Estado para que as medidas fossem implementadas de igual modo, em Lisboa e no Porto.

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