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Petição exige fim da empresa Águas do Alto Minho

Há concelhos onde a factura aumentou cerca de 100%. População do Alto Minho exige que a gestão da água e do saneamento regresse aos municípios.

Créditos / Pixabay

A petição pelo regresso da factura da água e saneamento a valores anteriores à exploração e gestão do sistema de águas pela empresa intermunicipal Águas do Alto Minho, lançada em Março, recolheu até agora mais de 5800 assinaturas. 

Elaborada por um conjunto de pessoas residentes nos municípios que aderiram à exploração e gestão do sistema de águas pela empresa Águas do Alto Minho (ADAM), a iniciativa tem como objectivo fundamental «pedir a revogação do contrato, passando de novo para as autarquias e com isso regressando aos valores facturados antes desta concessão». 

Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira são os sete municípios do distrito de Viana do Castelo que entregaram a gestão da água à ADAM. Logo na primeira factura, «enviada a mais de 70 mil pessoas (individuais e colectivas), foram milhares os surpreendidos com os valores exorbitantes».

As populações contestam o aumento «exponencial» dos valores cobrados, dois meses após a entrada em vigor do contrato, realçando a existência de «inúmeros relatos» em que a factura «aumentou 50 ou até mesmo 100%» e casos em que os consumidores passaram a pagar «até sete vezes mais», havendo o exemplo de consumos no valor de 40 euros mensais, em média, que dispararam para 250 euros.

Os signatários sublinham que, «por mais que os municípios advoguem necessidades de subir preços para fazer face às despesas, esta não é a forma de lidarem com a situação, muito menos com o despovoamento e a desertificação».

Por outro lado, denunciam na petição, «empobrecer as populações não é criar o cenário correcto para atracção e fixação de pessoas», realçando que a perda de poder de compra por parte das populações dos sete municípios «será uma realidade ao longo do tempo», em particular no tempo quente e seco, onde os consumos de água são maiores. 

Perante a concessão dos serviços de água e saneamento, o PCP, que rejeitou a constituição da empresa, voltou a alertar esta quarta-feira para os riscos de uma futura privatização e anunciou que vai levar ao Executivo (PS) da Câmara Municipal de Viana do Castelo uma proposta com vista à revogação do contrato. 

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