Nem um mês demorou até o novo executivo do PS começar a dinamizar «uma enorme e antidemocrática operação de coacção». Valeu tudo, relata a Comissão Concelhia do PCP da Moita, em comunicado enviado ao AbrilAbril: «desde pressões e ameaças à chantagem sobre os trabalhadores do município tentando impedir a sua adesão à greve».
A Câmara Municipal da Moita (CMM) recorreu a todos os «estratagemas, mentiras e até telefonemas para casa dos trabalhadores». Mas vontade dos trabalhadores, em fazer valer os seus direitos, foi determinante.
O executivo PS chegou «ao ponto de mandar arrancar os portões das instalações da Socorquex e do Matão», para impedir quem lá trabalha de encerrar as instalações.
Para além de exibir a «prepotência e a arrogância típicos dos comportamentos antidemocráticos», esta acção por parte do município colocou em risco «instalações, bens municipais e pessoas, numa evidente violação da lei da greve». Ficando assim demonstrado até onde o novo executivo PS está disposto a ir para limitar o exercício da greve dos trabalhadores do município.
Revelando uma «enorme serenidade, determinação e consciência», os trabalhadores deram a melhor resposta que podiam ter dado, aderindo, em larga maioria, à greve e às suas «justas pretensões». O turno da noite da higiene urbana registou uma adesão de 100%.
A Comissão Concelhia do PCP da Moita saúda a luta destes trabalhadores, reafirmando tudo fazer, «em todos os níveis de intervenção», para que os trabalhadores alcancem «as suas reivindicações e vejam melhoradas as suas condições de vida e de trabalho».
A greve nacional da administração pública, convocada pela Frente Comum (CGTP-IN), contou com a forte adesão dos trabalhadores, em todos os sectores de actividade, encerrando centenas de escolas, centros de saúde, repartições públicas e serviços de higiene urbana.
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