Mais assaltos e mais actos de vandalismo, entre outras inseguranças, podem ser as consequências para a população da freguesia de Ermidas-Sado, caso vá por diante a proposta do Ministério da Administração Interna. O alerta é da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém, que vai realizar uma vigília em frente ao posto da GNR daquela freguesia, no próximo dia 16 de Outubro, às 18h.
A comissão explica num comunicado que a proposta do Executivo de António Costa passa por ter a funcionar um único posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) na Freguesia de Alvalade - Sado, no interior do concelho. Sucede que este posto «não tem condições, nem meios materiais e humanos» para acudir às freguesias de Alvalade - Sado, Abela, Ermidas - Sado, São Domingos da Serra e Vale d'Água, numa área de cerca de 600 quilómetros quadrados.
Os utentes, que há muito lutam pela manutenção e reforço da GNR naquele local, lembram ainda que, além de ter a competência de patrulhar duas freguesias, o posto de Ermidas - Sado possui uma localização estratégica com acesso ao Itinerário Complementar n.º 1 (IC1) e também à ferrovia, «um papel muito importante para o acompanhamento destas vias estruturantes».
Comando e senhorio chegaram a acordo
O imóvel que alberga o posto da GNR em Ermidas-Sado foi adquirido por particulares, que se opuseram à renovação do contrato de arrendamento do imóvel, em Maio deste ano. O assunto chegou, inclusive, à Assembleia da República pela mão dos comunistas, que num requerimento expressavam preocupação com a aquisição do imóvel e alertavam para a necessidade de se conhecerem as «medidas concretas» que o Ministério da Administração Interna previa adoptar «para garantir a continuidade das actividades do Posto da GNR em Ermidas-Sado», bem como para «atender às necessidades de segurança da população local» e manter a proximidade entre as forças de segurança e a população.
A Comissão de Utentes denuncia, entretanto, que «após várias tentativas de consenso entre o novo proprietário e o comando do posto da GNR, que tiveram acordo entre ambas as partes, o mesmo tem sido sucessivamente travado» pelo Ministério da Defesa.
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