Tanto a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém como o presidente da Câmara Municipal, Álvaro Beijinha, se mostraram bastante críticos com a decisão do Governo de transformar os postos da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Alvalade e Ermidas-Sado em pontos de atendimento reduzido, a funcionar apenas nos dias úteis, entre as 9h e 17h.
Em declarações à Lusa, o autarca sublinhou que a decisão afecta cerca de 6000 habitantes e cinco freguesias do concelho do Litoral Alentejano, e disse ter solicitado uma reunião urgente ao ministro da Administração Interna, «para tentar reverter a situação» e exigir o reforço de efectivos nos postos.
Neste contexto, e tendo em conta que a região é atravessada por eixos rodoviários (IC 1) e ferroviários (Linha do Sul) estruturantes, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém, a Junta de Freguesia de Ermidas-Sado e a Câmara Municipal de Santiago do Cacém agendaram para ontem, ao final da tarde, uma concentração frente ao posto da GNR em Ermidas-Sado, contra «o encerramento dos postos», «pelo aumento de efectivos e por melhores condições de trabalho».
Suspensão «no imediato» não demoveu população e autarcas
Numa nota, o município dá conta de que Álvaro Beijinha foi contactado, ontem, pelo chefe de gabinete do ministro da Administração Interna, que o informou da decisão do Governo de suspender «no imediato» a passagem dos postos da GNR de Alvalade e Ermidas-Sado a pontos de atendimento reduzido.
No entanto, sublinha a Câmara Municipal, se «autarquias e populações» ganharam uma batalha, não ganharam «a guerra», «uma vez que a medida foi apenas suspensa e não revogada». Uma ideia que foi vincada na concentração realizada ontem ao fim da tarde, como previsto, frente do posto da GNR de Ermidas-Sado, que contou com a participação de cerca de cinco dezenas de pessoas.
A Comissão de Utentes entende a acção do Ministério da Administração Interna como uma tentativa de desmobilizar as populações e sublinha que a suspensão da redução de horário nos postos «não é suficiente». A «condição essencial para parar as lutas» é o «aumento dos efectivos de elementos da GNR e também a melhoria das condições de trabalho», insiste.
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