Às 8h30, pais, alunos, professores, funcionários da Escola Básica Dr. António Augusto Louro e eleitos autárquicos, como a vereadora da Educação da Câmara Municipal do Seixal, Maria João Macau, estavam concentrados junto aos portões do estabelecimento de ensino.
Na origem do protesto, que partiu da União de Pais, está mais uma vez a presença de amianto na escola e a ausência de marcação pela Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) de uma data para a sua remoção.
Em declarações à Lusa, o presidente da Associação de Pais, Vasco Belchior, denunciou que a DGEstE sinalizou o estabelecimento de ensino como escola prioritária, mas não foi marcada qualquer data para o início das obras.
«A DGEstE deu resposta, disse que há um investimento de 77 mil euros para a retirada do amianto, mas não avança com datas. Nós queremos a marcação de uma data e que o que está mais degradado seja retirado ainda hoje ou que seja interdita aquela zona», disse.
O representante dos pais explicou que nas últimas semanas várias telhas em avançado estado de degradação caíram na área de recreio, não atingindo uma criança por pouco.
«Há pedaços de fibrocimento que caem no recreio. Ninguém fica descansado ao deixar os filhos dentro da escola. Temos medo que levem como uma telha na cabeça já para não falar do risco de estarem expostos ao amianto. Nós não podemos compactuar com isto», frisou.
Vasco Belchior disse que já tentaram de tudo, desde ofícios, emails e questões à DGEstE e ao Ministério da Educação, a petições, marchas e reivindicações, mas sem sucesso. «Por isso, decidimos fazer este protesto: para que a mensagem chegue lá», disse.
Apesar de ainda nada ter sido feito, a mensagem já chegou. No passado mês de Dezembro, o Governo foi questionado pelo PCP no Parlamento sobre as obras de requalificação de que a Escola Básica Dr. António Louro necessita há vários anos. Em resposta, o Executivo respondeu que as coberturas de fibrocimento não evidenciavam «desgaste que constitua perigo de libertação de partículas ou perigosidade para a saúde humana». A posição foi considerada «inaceitável» pelos comunistas.
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