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«Acumulação de lixo, atraindo ratos e outros animais; acumulação de agulhas dos pinheiros, potenciando riscos de incêndio; falta de manutenção dos passadiços, provocando quedas dos transeuntes; falta de segurança e vigilância, capazes de assegurar a tranquilidade dos campistas que ocupam os cerca de 3 hectares do espaço».

A lista de insuficiências a que o executivo PS da Câmara Municipal de Tavira (CMT), liderado por Ana Paula Martins, votou o espaço é extensa: «falta de manutenção dos balneários, com degradação dos equipamentos, que resultam em perdas inadmissíveis de água pelas tubagens e torneiras; falta de água quente em dois balneários e a ainda existência de placas de fibrocimento, com amianto, nas coberturas das instalações».

Sem interesse em resolver os problemas, o executivo da CMT escolheu a «desresponsabilização», tendo em reunião de câmara realizada no passado dia  19 de Setembro decidido abrir um concurso internacional para concessionar a gestão do parque de campismo, entregando-a a privados.

«No cumprimento de um dos objectivos para o qual este Parque de Campismo foi criado, a Câmara Municipal deve encarar este equipamento como a prestação de um serviço público aos seus trabalhadores, aos Tavirenses e a todos os que visitam o Concelho, que queiram usufruir do espaço de lazer que a Ilha de Tavira sempre foi, a custos acessíveis à generalidade da população, com conforto e qualidade», refere nota da Comissão Concelhia de Tavira do PCP.

«A gestão do Parque deve continuar a ser uma responsabilidade da Câmara», defendem os comunistas. Sem nunca apresentar qualquer informação sobre o caderno de encargos que já foi aprovado, Ana Paula Martins, à Lusa, afirmou que o município iria «acautelar direitos adquiridos dos utilizadores habituais, dos funcionários e dos residentes no município através de um preçário especial».

A autarquia deve «assumir e realizar os investimentos necessários, com respeito pelo ecossistema em que se insere, considerando-o como um bem de uso comum, para todos», defende o PCP, que rejeita a possibilidade de transformar este espaço numa zona recreativa de luxo, com acesso só para os mais ricos.