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Quase todos concordam mas o Algarve continua sem os hospitais

Há mais de 20 anos que sucessivos governos do PS, PSD e CDS-PP têm assumido a necessidade da construção do Hospital Central do Algarve e do novo Hospital de Lagos, sem que para isso tenham feito coisa alguma.

Centro Hospitalar Universitário do Algarve - Hospital de Faro 
Centro Hospitalar Universitário do Algarve - Hospital de Faro CréditosLuís Forra / Agência Lusa

Que não se diga que foi por falta de consenso. Os projectos de resolução apresentados pelo PCP (pela urgente, e célere, construção do Hospital Central do Algarve e do novo Hospital de Lagos) foram aprovados por larga maioria, com a abstenção do CDS-PP, a já crónica ausência do Chega e o voto contra do deputado único da Iniciativa Liberal, que entende que estes equipamentos de saúde devem ser explorados por privados.

«Estando em causa a prestação de cuidados de saúde a uma vasta população, que no verão triplica, o Hospital Central do Algarve já devia ser uma realidade», considera o documento do PCP. Conhecendo «a importância deste projeto estruturante para toda a região», assim como as assumpções dos vários governos, não se percebe porque é que desde 2002, quando foi criado o primeiro grupo de trabalho sobre o assunto, ainda nada se fez.

O projecto atravessou, intocável, sucessivos governos do PSD, CDS-PP e PS, até que a 3 de Maio de 2008 o governo PS anuncia o lançamento da obra para o ano seguinte, 2009, e a sua conclusão durante o ano de 2012. As intenções eram boas, pese embora «nada tenha sido feito».

Esta retórica repetiu-se em 2011, pelo governo PSD/CDS-PP, que voltou «a afirmar o Hospital Central do Algarve como uma prioridade nacional, ao mesmo tempo que lhe negava o financiamento», mantendo esta contradição até ao final do mandato.

Já o actual governo do PS, ignorando repetidamente as deliberações da Assembleia da República (AR), nem com o Plano de Recuperação e Resiliência, «que tem servido de propaganda ao governo, que pretende implementar um conjunto de reformas e de investimentos», está previsto que o novo Hospital Central do Algarve se concretize enquanto componente de reforço da capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Pelo meio, em Maio de 2013, foi criado o Centro Hospitalar do Algarve (CHA), decorrente da fusão do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio e do Hospital de Faro, «sem que daí viesse a resultar qualquer melhoria da prestação de cuidados de saúde à população».

Inaugurado no século XV, o novo Hospital de Lagos ainda não é uma prioridade

«Nas duas últimas décadas, o Hospital de Lagos tem vindo, por opção de sucessivos governos, a ver reduzida a sua capacidade de prestação de cuidados de saúde hospitalares às populações dos concelhos das Terras do Infante (Lagos, Aljezur e Vila do Bispo) e aos turistas nacionais e estrangeiros que visitam esta região», denuncia o projecto de resolução «Pela célere construção do novo Hospital de Lagos», do PCP.

Ao longo destes anos «foram retirados serviços e valências [ao Hospital de Lagos], designadamente o bloco operatório e a maternidade, e reduzidos os recursos humanos e materiais». Como está, o hospital tem apenas lotação para 20 pessoas no serviço de urgência e 40 camas para internamento.

As actuais instalações são «exíguas e desadequadas, não sendo viável a sua ampliação, já que se encontram em plena malha urbana, muito densa, além de se encontrarem adossadas às muralhas da cidade, classificadas de Monumento Nacional». 

A AR tornou a deliberar que os «cuidados de saúde prestados no Hospital de Lagos exigem novas instalações», correspondendo às necessidades dos quase 28 mil habitantes do concelho, população que chega a triplicar nos meses de verão. 

«Para o PCP a prioridade é a resposta aos problemas das pessoas e do país e não a redução acelerada do défice e da dívida, inclusivamente para além daquilo que são as imposições decorrentes de diversos instrumentos de subordinação à União Europeia, pelo que considera que o processo de construção do novo Hospital de Lagos» deve arrancar logo que possível.

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