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A arte de despejar famílias em Almada

Inês de Medeiros e PSD justificaram a falta de apoio às famílias desalojadas no início do mês, em Almada, com supostos abusos cometidos por quem não tem uma situação habitacional digna.

«Tem que haver abertura» aos operadores privados, defende Inês de Medeiros
CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

Identificada «a necessidade de realojamento urgente de 60 famílias, residentes nas construções precárias localizadas sobre o túnel de descarga da vala», no Bairro do 2.º Torrão, na Trafaria, a Câmara Municipal de Almada (CMA), de executivo PS/PSD, decidiu agir e pouco ou nada fazer para apoiar uma parte significativa destas pessoas.

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Parlamento chumba regime de protecção e apoio aos inquilinos

O diploma chumbado com os votos contra do PS, PSD, CDS-PP e IL previa a proibição da cessação dos contratos de arrendamento até Dezembro do próximo ano.    

O PCP defende que as políticas municipais de habitação podem criar condições que permitam fixar população residente e atrair alguns dos que nos últimos anos saíram de Lisboa por falta dessas condições
Créditos / CC-BY-SA-3.0

Era uma resposta urgente para milhares e milhares de famílias, sobre as quais paira a ameaça de perderem a habitação, devido aos impactos da pandemia, que agravaram as condições de vida dos mais vulneráveis, e à aplicação, a partir de Janeiro, da famigerada «lei dos despejos» de Assunção Cristas a todos os contratos de arrendamento anteriores a 1990.

Na apresentação do projecto de lei, no debate potestativo desta tarde, agendado pelo PCP, o deputado Bruno Dias realçou que, «se até agora a situação já era e é de uma extrema gravidade, o que pode acontecer se nada for feito é uma verdadeira emergência social».

Um cenário que tanto abrange as famílias, designadamente de pessoas idosas e com baixas reformas, como as pequenas e médias empresas. Mas o apelo não fez eco nas bancadas da direita, nomeadamente na do PSD, que aproveitou para se referir às «dificuldades» que os senhorios têm em despedir.

Reagindo às críticas sobre a manutenção do Balcão Nacional do Arrendamento (BNA), a deputada do PSD Márcia Passos afirmou que ele é «um tormento», mas «para todos que a ele recorrem para efectuar um despejo». Já o deputado da IL aproveitou o tema para pedir uma redução da «carga fiscal» sobre o sector. 

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Primeira Lei de Bases da Habitação aprovada esta sexta-feira

A criação da Carta Municipal de Habitação e o direito à protecção em situações de despejo são algumas das medidas previstas na primeira Lei de Bases da Habitação, 45 anos depois da Revolução dos Cravos.

Lisboa é a cidade onde os preços da habitação são mais elevados
«O Estado é o garante do direito à habitação», lê-se no diplomaCréditos / Pixabay

Quarenta e três anos após a aprovação da Constituição da República, que consagra o direito à habitação, foi aprovada esta sexta-feira em votação final global, na Assembleia da República, a primeira Lei de Bases da Habitação, com os votos a favor de PS, PCP, BE, PEV e PAN, e os votos contra de PSD e CDS-PP.

«O Estado é o garante do direito à habitação», lê-se no diploma da Lei de Bases, indicando que «todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar».

Além da «efectiva garantia desse direito a todos os cidadãos», o diploma estabelece a função social da habitação, em que «os imóveis ou fracções habitacionais detidos por entidades públicas ou privadas participam, de acordo com a lei, na prossecução do objectivo nacional de garantir a todos o direito a uma habitação condigna».

Entre as medidas que compõem a Lei de Bases destaca-se a criação do Programa Nacional de Habitação e da Carta Municipal de Habitação, permitindo mobilizar solos para programas habitacionais públicos e privados de custos controlados. 

A integração do direito à habitação nas políticas de erradicação de pessoas em condição de sem-abrigo e o direito à protecção e acompanhamento em situações de despejo são também normas importantes do diploma. Para se ter uma ideia do alcance, basta recordar as recentes demolições na Quinta da Lage, na Amadora, que não teriam ocorrido se a nova lei já estivesse em vigor. 

Para assegurar o direito à habitação, lê-se na nova lei, «incumbe ao Estado programar e executar uma política de habitação integrada nos instrumentos de gestão territorial que garantam a existência de uma rede adequada de transportes e de equipamento social». 

O diploma aprovado foi consensualizado entre os deputados do grupo de trabalho parlamentar da Habitação, Reabilitação Urbana e Políticas de Cidades, no âmbito do processo de apreciação dos projectos de lei de PS, PCP e BE para a criação da Lei de Bases da Habitação, e condensa uma boa parte das propostas dos comunistas e do PS, a partir das acções de luta dos moradores.  

Apesar do travão do PS em medidas como a posse administrativa de habitações devolutas onde estejam identificadas carências habitacionais, e não haja habitações públicas, há aspectos positivos a destacar. Entre os exemplos de propostas que não passaram conta-se a tentativa de sancionar a Nova Geração de Políticas da Habitação do Governo, bem como a intenção de fazer nesta lei a transferência de competências da habitação para as autarquias, no âmbito da Lei-Quadro 50/2018.

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Tendo presente o direito constitucional à habitação, e «sem prejuízo de uma proposta mais aprofundada», o diploma dos comunistas estipulava a proibição da cessação de contratos de arrendamento habitacional e não habitacional, até Dezembro do próximo ano. Na prática, prorrogava até Dezembro de 2022 o Regime Extraordinário de Protecção aos Arrendatários, regime especial de regularização de pagamentos em atraso que vigorou até Junho deste ano.

O documento introduzia também alterações específicas ao Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) para dar mais segurança aos contratos anteriores a 1990, que segundo os comunistas correm o risco de «ficarem liberalizados» e aos contratos com inquilinos com pelo menos 65 anos ou com deficiência com grau de incapacidade superior a 60%, mantendo o valor da renda por um período de 15 anos. 

Nos contratos que se enquadram no NRAU «já são incontáveis os casos de inquilinos que tiveram de sair das suas casas – não por se recusarem a pagar a renda, mas porque o senhorio (ou o fundo imobiliário) passou a ter a faca e o queijo na mão para denunciar o contrato e passar a cobrar de renda o dobro ou o triplo», denunciou o deputado Bruno Dias.

O eleito frisou ainda que a discussão sobre a habitação «coloca em evidência» uma realidade «indissociável»: a «extensão do empobrecimento da população e as consequências dos baixos salários». 

A proposta de lei foi chumbada pelo PS e pelas bancadas à sua esquerda, salvo o deputado do CH, que participou no debate mas esteve ausente na votação.

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Em comunicado enviado ao AbrilAbril, a CDU de Almada retrata um cenário de total desorganização ao longo de todo o processo conduzido pela CMA. «Aquilo a que vimos assistindo no local nos últimos dias, desmente totalmente a vontade da CMA de proceder a um realojamento decente de muitas destas famílias», afirmam, «as demolições foram iniciadas sem que o realojamento de todas aquelas famílias fosse feito previamente».

«Muitas destas famílias estão a ser confrontadas com máquinas de demolição à porta das suas habitações», sem que a autarquia lhes tenha dirigido uma proposta de solução aceitável para realojamento.

Segundo alguns relatos, há famílias alojadas em hostels em Lisboa e bungallows em Monsanto, uma situação absolutamente precária num processo que se estima venha a durar três longos anos. A líder da bancada do PCP na Assembleia da República, Paula Santos, esteve presente nos primeiros momentos do processo.

«Existem casos de famílias que residindo naquele local há vários anos não estão ser considerados no realojamento, existem casos de famílias a quem os realojamentos propostos não reúnem condições de habitabilidade, existem famílias que estão a ser forçadas a ir residir para outros concelhos com prejuízo para a sua vida familiar, como finalmente as várias soluções em unidades hoteleiras que estão a ser propostas são incompatíveis com os prazos de construção de novas habitações (dois a três anos)».

A CDU insta o executivo da CMA, liderado pela socialista Inês de Medeiros, a cumprir com o estabelecido no artigo 65 da Constituição da República Portuguesa e, «mais concretamente, o artigo 3.º do Decreto-Lei nº89 de 2021, referente à situação de efectiva carência habitacional».

Inês de Medeiros recorre ao papão dos pobres que abusam da caridade das instituições

Nuno Matias, eleito pelo PSD, afirmou, na reunião da CMA de segunda-feira, estar certo de que que existiam «pessoas que foram a correr para o Bairro do 2.º Torrão para serem incluídas na resposta social de realojamento». 

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PSP e IHRU despejam várias famílias em Aveiro, sem apresentar alternativas

Pelo menos uma dezena de famílias está a ser alvo de despejo no Bairro do Griné, em Aveiro, a mando do IHRU, que por mais de uma década se recusou a assumir responsabilidades pelo edificado a seu cargo.

Foram erguidas duas tendas, improvisadas pelos próprios, junto ao bloco de apartamentos onde residiam e do qual foram despejados no dia 19 de Abril. Estão previstos mais despejos nos próximos dias. 
Créditos

Mais de uma dezena de famílias estão a ser ameaçadas de despejo em Aveiro, pela PSP e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). Duas famílias, que incluem cinco crianças com idades compreendidas entre os oito meses e os sete anos, já se encontram em situação de sem abrigo, instaladas em tendas erguidas pelos próprios, junto às suas antigas casas. 

A maior parte destas famílias vive no Bairro do Griné há mais de 10 anos: um bairro que se encontra profundamente degradado, com muitos dos seus fogos emparedados, consequência de uma total inacção do IHRU, responsável pelo bairro, ao longo das últimas décadas.

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Drama dos despejos motivou manifestação na Invicta

O Movimento pelo Direito à Cidade promoveu um protesto esta manhã, junto à Câmara Municipal do Porto, para alertar para a «pressão imobiliária e turística» na cidade.

A especulação imobiliária nos grandes centros urbanos tem criado problemas sociais
Créditos / CC-BY-SA-3.0

A notícia da Lusa, avançada pelo JN, dá conta dos testemunhos de quem já foi despejado da casa onde morava e de quem receia passar pela mesma situação. 

«Tenho de entregar a chave amanhã (quarta-feira), porque fui despejada da casa onde vivo, em Miragaia, desde que nasci, há 38 anos. O presidente da Câmara diz que dentro de dois ou três meses tenho casa. Entretanto, estou a viver no chão de casa da minha tia com a minha filha de 16 anos», revelou à agência uma das residentes que se manifestou esta manhã. 

No protesto, junto ao parque de estacionamento das viaturas da Câmara do Porto, os moradores empunhavam palavras de ordem como «Não aos despejos», «Mais habitação, menos especulação», «Habitação sim, mais hotéis não» e «O nosso desejo é nem mais um despejo».

António Dias, de 42 anos, reside há 21 na rua da Arménia e, uma vez que «o prédio foi vendido», receia vir a ser despejado. «Pago uma renda de 250 euros, que já não é coisa pouca. Tenho medo que me obriguem a sair. Vivo com um filho de cinco anos. É lamentável o que se passa no Porto, com tantos despejos por causa do turismo», afirmou. O morador adiantou ainda que Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, «está muito interessado na Cultura, mas esqueceu-se da habitação».

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Foram estas famílias, muitas delas com filhos menores de idade, que realizaram as obras, por conta própria, garantindo as condições mínimas de habitabilidade, ainda que sem a sua situação regularizada. A falta de resposta dos órgãos responsáveis obrigou estes cidadãos a garantir, pela sua própria acção, o cumprimento do direito à habitação.

A comissão concelhia de Aveiro do PCP, em comunicado divulgado junto dos órgãos de comunicação social, corrobora estes factos: «a estas famílias nunca foi garantida a regularização da sua situação, não obstante o Instituto da Segurança Social ter dela conhecimento e daquelas famílias o terem solicitado ao longo de anos».

«Entre as próximas famílias com aviso de despejo, estão mulheres em avançado estado de gravidez». A CPCJ já foi notificada da ocorrência e tratou de ameaçar uma das famílias de que, se não encontrar, por si própria, uma solução de habitação, as crianças lhes serão retiradas.

O Estado furta-se a cumprir o direito à habitação

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PCP quer revogar «lei dos despejos» de Cristas

O PCP quer a revogação da lei desenhada por Assunção Cristas e o BE anunciou propostas para a alterar. Para o CDS-PP, a solução é menos impostos para quem arrenda.

O presidente da Câmara Municipal de Loures (D), acompanhado por moradores de Santo António dos Cavaleiros durante a audição da secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, na Assembleia da República, em Lisboa. 10 de Abril de 2018
CréditosManuel de Almeida / Agência LUSA

O grupo parlamentar do PCP apresentou, no início de Fevereiro, uma proposta de revogação do novo regime de jurídico do arrendamento urbano – apelidada de «lei dos despejos» por estruturas de inquilinos, como a Associação de Inquilinos Lisbonenses –, aprovada em 2012 quando a actual presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, era ministra da tutela.

Em declarações à imprensa, o BE começou por anunciar, na semana passada, a apresentação de propostas de alteração à «lei dos despejos» de Cristas. Ontem, à TSF, o deputado Pedro Soares anunciou que a proposta será de «alterações cirúrgicas».

O CDS-PP de Cristas não quer ouvir falar de revogação da lei (tal como o PSD) e avançou ontem com uma proposta alternativa que, afirmam, vai resolver os problemas do arrendamento. O deputado Álvaro Castello-Branco anunciou a apresentação de uma proposta de redução da taxa liberatória em sede de IRS para rendimentos com arrendamento.

Isto significa que os  proprietários poderiam passar a pagar, no limite, apenas 12% de IRS, contra os actuais 28%, caso mantivessem contratos de longa duração. Uma taxa inferior à que se aplica, por exemplo, a um trabalho que aufira cerca de mil euros mensais.

Ontem, a secretária de Estado da Habitação, ouvida no Parlamento, não assumiu qualquer compromisso com mexidas na lei e a deputada Helena Roseta afirmou que o PS «ainda não assumiu uma reforma profunda, mas não está fechado o dossier».

A audição teve como pano de fundo a intenção da seguradora Fidelidade de avançar para o despejo de várias famílias que residem em prédios que detém em Santo António dos Cavaleiros (Loures). Ana Pinho revelou que está em contacto com a Fidelidade para encontrar uma solução, mas nenhum dos inquilinos que já receberam cartas a anunciar que o contrato de arrendamento não seria renovado foi contactado pela seguradora entretanto.

Ao Público, a representante da comissão de moradores que se constituiu entretanto, Ana Rita Pires, disse que estão «esperançosos, mas não estamos iludidos». «Ficávamos mais esperançosos se a lei fosse alterada», acrescentou.

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É de lamentar que o Estado não só não tenha «cumprido o seu dever de garantir a cada cidadão o direito à habitação», como ainda seja um organismo como o IHRU, um instituto público, a dinamizar o despejo.

O PCP «valoriza as acções já tomadas pelos moradores em defesa do seu direito constitucional à habitação e demonstra a sua solidariedade e disponibilidade para a luta pela salvaguarda dos seus direitos», tendo já questionado o Governo PS sobre o assunto, na Assembleia da República.

É indispensável que o Governo, o IHRU e a Câmara Municipal de Aveiro garantam, para já, uma habitação de emergência e a cessação imediata das acções de despejo já agendadas sem garantir uma alternativa de habitação condigna.

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Este moinho de vento, que remete para o papão da subsidiodependência (o medo de que pessoas numa situação muito fragilizada procurem sobreviver através dos parcos apoios do Estado), foi secundado pela presidente da CMA, Inês de Medeiros, do PS: «há pessoas que nada têm a ver com o Bairro e que se enfiaram em casas de pessoas que saíram e ficaram barricadas em casa de terceiros».

Esta narrativa serve o propósito de esconder a irresponsabilidade e negligência do executivo na resolução deste problema. A CMA tem conhecimento desta situação há mais de três meses mas optou por não encontrar uma solução adequada, e digna, para aquelas famílias, resultando no caos e na ausência de resposta dada logo no primeiro dia de demolições.

 O relatório produzido pelo Serviço Municipal de Protecção Civil estabeleceu uma área de perigo no bairro, que a divisão da Habitação da CMA usou para determinar as famílias abrangidas no processo de despejo: 66 edifícios corriam o risco de desabamento, 44 destas usados para habitação.

A secção portuguesa da Amnistia Internacional solicitou o acesso ao relatório da protecção civil, mas o pedido foi recusado pelo executivo PS/PSD de Almada.

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