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A vitória é do povo brasileiro, afirma Lula

Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente eleito do Brasil, falou para uma multidão em São Paulo, destacando que a vitória é da democracia e do povo, e apostando no combate à miséria e à desigualdade.

Lula da Silva saudando a multidão na Avenida Paulista, após a vitória eleitoral 
Lula da Silva saudando a multidão na Avenida Paulista, após a vitória eleitoral Créditos / folha.uol.com.br

Com voz rouca, pelos muitos discursos que fez nos últimos dias de campanha, o ex-sindicalista da região do ABC paulista e agora novamente presidente eleito do Brasil falou para uma multidão na Avenida Paulista, ontem à noite, e disse que a sua vitória no pleito eleitoral é de todos os que «amam a democracia» e «querem um país mais justo».

«Eu queria apenas dizer para vocês que essa não é uma vitória minha, não é só do PT [Partido dos Trabalhadores], essa foi uma vitória de todas as mulheres e homens que amam a democracia, que querem a liberdade, que querem um país mais justo», afirmou o presidente eleito, citado pela Prensa Latina.

Disse ainda que se tratou de uma vitória dos que «querem mais cultura, educação, igualdade, fraternidade», de «todos os homens e mulheres que resolveram libertar o país do autoritarismo».

Reconheceu que a tarefa mais essencial será «garantir que cada criança, cada mulher, cada adolescente, cada homem possam todo dia tomar café, almoçar e jantar as calorias e as proteínas necessárias».

Num primeiro discurso, igualmente em São Paulo, após a confirmação de que seria eleito presidente do Brasil pela terceira vez, Lula já havia afirmado que «a nossa luta não começa e não termina com a eleição. A nossa luta por um país justo, em que todos os brasileiros possam trabalhar, estudar, comer, será pelo resto da nossa vida».

Nesse primeiro discurso de vitória, Lula da Silva assumiu o combate à miséria e à desigualdade como prioridades e definiu o seu conceito de democracia.

Multidão reunida na Avenida Paulista, em São Paulo, para celebrar a vitória de Lula da Silva na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras / @MidiaNINJA

«O povo brasileiro quer viver bem, comer bem, morar bem. Um emprego, com salário justo reajustado sempre acima da inflação, e políticas públicas de qualidade. O povo brasileiro quer ter de volta a esperança. É assim que eu entendo a democracia. Não apenas como uma palavra bonita escrita na lei, mas como algo palpável que podemos construir no dia a dia. Foi com essa democracia real, concreta, que assumimos compromisso durante a campanha. E vamos buscar construir a cada dia de nosso governo», disse, citado pelo Brasil de Fato.

À multidão reunida na Avenida Paulista, o presidente eleito do Brasil disse estar «metade preocupado» por não ter a confirmação de que o governo actual vá facilitar a transição. Geralmente, o presidente eleito monta um gabinete de transição e conta com a colaboração do presidente de saída para começar o novo mandato, refere a Prensa Latina.

«Eu gostaria de estar só alegre, mas eu estou alegre e metade preocupado. Porque, a partir de amanhã, eu tenho que começar a me preocupar como é que a gente vai governar esse país. Eu preciso saber se o presidente que nós derrotámos vai permitir que haja uma transição, para que a gente possa tomar conhecimento das coisas», disse.

Na segunda volta das eleições presidenciais, Lula da Silva obteve mais de 60 milhões de votos (50,9% dos votos válidos), enquanto Jair Bolsonaro alcançou 58,2 milhões (49,1%). Neste cenário, os primeiros discursos do novo presidente centraram-se também na unificação do país e na necessidade de superar divergências.

«Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação. Não interessa a ninguém viver em uma família onde reina a discórdia. É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços rompidos pela propagação criminosa do ódio. A ninguém interessa viver em um país dividido», defendeu.

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