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|diálogo

Venezuela e Guiana mostram-se dispostas a manter o diálogo

Delegações da Venezuela e da Guiana, lideradas pelos presidentes de cada país, reuniram-se esta quinta-feira na capital de São Vicente e Granadinas para abordar o contencioso sobre o Essequibo.

Irfaan Ali (esq.) e Nicolás Maduro cumprimentam-se durante o encontro mantido esta quinta-feira, 14 de Dezembro de 2023, na capital de São Vicente e Granadinas  
Irfaan Ali (esq.) e Nicolás Maduro cumprimentam-se durante o encontro mantido esta quinta-feira, 14 de Dezembro de 2023, na capital de São Vicente e Granadinas  Créditos / Prensa Latina

O encontro cara a cara foi promovido pela Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e a Comunidade de Estados das Caraíbas (Caricom) tendo em conta aquilo que classificaram como necessidade urgente de reduzir a escalada de conflito e «instituir um diálogo apropriado» sobre a questão da região da Guiana Essequiba, que, com cerca de 160 mil quilómetros quadrados, representa 70% do território guianês e que a Venezuela reclama como seu.

Depois de um encontro que durou pouco mais de duas horas, nas instalações do Aeroporto Internacional Argyle, em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, cumprimentaram-se, tendo deixado expressa a vontade de dar sequência ao diálogo directo iniciado.

Antes deste encontro entre as delegações dos dois países para debater a questão do Essequibo, cada qual manteve reuniões à parte com representantes da Celac e da Caricom, lideradas pelos seus presidentes Ralph Gonsalves e Roosevelt Skerritt, respectivamente.

Segundo refere a TeleSur, Nicolás Maduro reafirmou a posição de Caracas de manter a via aberta para o diálogo no âmbito do Acordo de Genebra, de 1966, e da chamada «diplomacia da paz».

O encontro cara a cara sobre a questão da região da Guiana Essequiba foi promovido pela Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e a Comunidade de Estados das Caraíbas (Caricom) / Prensa Latina

Além disso, reiterou o posicionamento do seu país de acordo com o qual o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, «resolve casos mas não controvérsias», pelo que os conflitos ficam sempre por resolver. Tal como outros 119 países, a Venezuela não reconhece a jurisdição do TIJ.

Antes de todas estas conversações, o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, tinha pedido aos presidentes da Guiana e da Venezuela que recorressem «à sabedoria, à maturidade e à paciência», esperando que ambos consigam reduzir as tensões bilaterais e encontrem uma saída para a disputa territorial do Essequibo.

No encontro de Kingstown, participaram como garantes os primeiros-ministros de Dominica, Roosevelt Skerritt, de Trindade e Tobago, Keith Rowley, de Granada, Dickon Mitchell, de Santa Lúcia, Philip Joseph Pierre, de Barbados, Mia Amor Mottley, e das Bahamas, Philip Edward Davis.

Também estiveram presentes a chefe de gabinete do secretário-geral da ONU, Courtenay Rattray; o ministro dos Negócios Estrangeiros da Colômbia, Álvaro Leyva, e o assessor da Presidência do Brasil, Celso Amorim, entre outros, indicam a Prensa Latina e a TeleSur.

Via do diálogo e do reconhecimento da América Latina e Caraíbas como Zona de Paz

À chegada ao aeroporto, Nicolás Maduro disse à imprensa que viera ali mandatado pelo povo venezuelano, com uma palavra de diálogo e de paz, «mas para defender os direitos do povo e da nossa pátria».

Também sublinhou que a solução para o contencioso bilateral tem de ser encontrada por via do diálogo e no respeito do princípio do reconhecimento da América Latina e Caraíbas como Zona de Paz.

Há mais de um século que a Venezuela e a Guiana mantêm a divergência relativa ao território do Essequibo, que subiu de tom nos últimos tempos, com Caracas a denunciar que o país vizinho estava a realizar licitações a transnacionais petrolíferas em águas não delimitadas.

No passado dia 3, a Venezuela celebrou um referendo, na sequência do qual as autoridades do país bolivariano divulgaram um decreto que cria a Zona de Defesa Integral do território e o Parlamento aprovou um Projecto de Lei Orgânica para a defesa da região em disputa.

Já a Guiana encarou a celebração do plebiscito como uma «ameaça existencial», a caminho da anexação do Essequibo pela Venezuela, mostrando ainda preocupações quanto às acções seguintes de Caracas.

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