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Um mês depois da execução de Marielle, jornada de luto e luta no Brasil

Quando passa um mês sobre execução da vereadora carioca e do seu chofer, o Brasil vive uma jornada de «luto e luta»: por Marielle, Anderson e pela liberdade de Lula, preso político em Curitiba.

Marielle Franco destacou-se como feminista, defensora dos direitos dos negros e dos habitantes das favelas do Rio de Janeiro
Marielle Franco destacou-se como feminista, defensora dos direitos dos negros e dos habitantes das favelas do Rio de JaneiroCréditos / odia.ig.com.br

Na noite de 14 de Março, Marielle Franco, vereadora eleita em 2016 à Câmara Municipal do Rio de Janeiro como quinta candidata mais votada, pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), foi executada a tiro, no centro da cidade carioca. Tinha acabado de participar no debate «Jovens negras movendo a estrutura». Na mesma ocasião, foi também assassinado o motorista da viatura em que seguia, Anderson Pedro Gomes.

Para lembrar Anderson e Marielle, exigir justiça para ambos e evocar a intervenção política destacada da última como feminista, defensora dos direitos dos negros e da população das favelas, foram agendados actos para este sábado em 110 pontos do território brasileiro e numa dezena de outros países, segundo revela o Brasil de Fato.

Ao periódico brasileiro, Luna Costa, assessora de comunicação de Marielle Franco, disse que, no Rio de Janeiro, terá lugar um encontro com o lema «Democracia, Lula Livre e nenhuma a menos! Marielle Presente!», «em resistência ao golpe, pela justiça no caso Marielle e liberdade do ex-presidente Lula».

No âmbito da iniciativa estão previstos debates sobre o combate ao racismo e sobre a intervenção militar no Rio de Janeiro – que Marielle acompanhava de perto, integrando uma comissão para esse efeito.

Pela liberdade de Lula, contra o racismo

Para além da exigência de justiça para Marielle e Anderson, os actos marcados para este sábado contemplam também a reivindicação da liberdade de Lula da Silva, que se encontra preso há uma semana, e visam denunciar o avanço dos sectores da direita no país sul-americano, que fazem dos negros e dos pobres alvos a abater.

Em São Paulo, terá lugar uma manifestação esta tarde no espaço livre do Museu de Artes de São Paulo (MASP), organizada pela comunidade virtual Contra o Genocídio Negro, que desde o passado dia 31 de Março promove as campanhas #30DiasPorMarielle, #ContraIntervençãoMilitar e #PeloFimdoGenocídio.

Katiara Oliveira, do colectivo Kilombagem, sublinhou que estas campanhas pretendem denunciar um genocídio em que as vítimas principais são a população pobre e negra. «Denunciamos um Estado que se faz ausente nas políticas públicas e presente na hora da segurança pública, exprimindo uma justiça selectiva, dentro da lógica militarizada», disse.

Para homenagear pessoas e organizações que se destacam na luta contra o racismo, o machismo e a homofobia, a UNEafro – rede de articulação e formação de jovens e adultos que vivem em regiões periféricas do Brasil – vai levar a cabo a primeira edição do Prémio Marielle Franco de Direitos Humanos e Educação Popular.

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