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Tribos iemenitas rejeitam «oferta» saudita, após massacre de quarta-feira

Tribos iemenitas da província nortenha de al-Jawf rejeitaram a «oferta financeira» dos sauditas como compensação pelos ataques aéreos que, na quarta-feira, provocaram mais de duas dezenas de mortos.

Uma criança iemenita passa no meio de destroços de casas destruídas por um dos bombardeamentos da coligação liderada pelos sauditas (imagem de arquivo)
Uma criança iemenita passa no meio de destroços de casas destruídas por um dos bombardeamentos da coligação liderada pelos sauditas (imagem de arquivo) Créditos / Middle East Monitor

Os ataques sauditas atingiram uma área residencial no distrito de al-Hazm (província de al-Jawf), matando pelo menos 25 pessoas, incluindo mulheres e crianças, e provocando vários feridos. As vítimas assistiam a um casamento da tribo iemenita Bani Nouf, indica a PressTV.

Nesse mesmo dia, os caças sauditas já tinham lançado cinco ataques contra a área de al-Aqsha', também no distrito de al-Hazm, mas a imprensa local não divulgou o número exacto de vítimas.

O portal noticioso em língua árabe al-Khabar al-Yemeni revelou que, ontem, os anciãos das tribos de al-Jawf tinham contactado os Bani Nouf e «apoiado a vingança pelos ataques sauditas, sublinhando que um ataque aos Bani Nouf era um ataque contra todas as tribos em al-Jawf», indica a PressTV.

A mesma fonte informa que as tribos disseram «não» às ofertas que lhes foram feitas por representantes da Arábia Saudita, no sentido de «reparar e compensar» os danos e as perdas.

Este novo massacre contra civis e que voltou a atingir várias crianças ocorre um mês depois de o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ter anunciado que a coligação liderada pela Arábia Saudita seria retirada da «lista negra» por matar e ferir crianças no decurso das suas operações militares de agressão ao Iémen. Uma decisão que foi muito criticada pelo movimento Huti Ansarullah e por diversos organismos internacionais.

Ontem, o enviado especial da ONU para o Iémen, Martin Griffiths, exigiu uma investigação transparente sobre os ataques aéreos perpetrados pela Arábia Saudita e seus aliados em al-Jawf, tendo qualificado os ataques contra a população civil iemenita como «repreensíveis».

Guerra de agressão há mais de cinco anos

A guerra de agressão saudita contra o Iémen, iniciada em Março de 2015 e apoiada pelo Ocidente, tinha como objectivo declarado suprimir a resistência do movimento Ansarullah e recolocar no poder o antigo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado de Riade.

Desde então, a brutal intervenção militar provocou grande destruição em zonas residenciais e arrasou quase inteiramente as infra-estruturas civis do país, incluindo hospitais, escolas, fábricas, sistemas de captação de água e centrais eléctricas.

Dezenas de milhares de civis foram mortos e a Unicef afirmou que «o Iémen é um inferno para as crianças», pois estas são particularmente afectadas pela fome e por doenças como cólera, difteria, sarampo e dengue. Como consequência da agressão militar, as Nações Unidas estimam que 80% da população iemenita necessita de ajuda humanitária.

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