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Milhões de iemenitas a um passo da fome em 2021

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou que cinco milhões de pessoas, no Iémen, «provavelmente viverão a um só passo da fome no próximo ano».

Uma criança caminha no meio de edifícios destruídos pela aviação saudita, no Iémen (imagem de arquivo)
Uma criança caminha no meio de edifícios destruídos pela aviação saudita, no Iémen (imagem de arquivo)Créditos / RT

Numa breve nota publicada este domingo na sua conta de Twitter, a agência das Nações Unidas disse que mais de metade da população do país árabe poderá passar fome em 2021.

A FAO, que estima que 50 mil pessoas vivam em condições análogas às da fome no país devastado pela guerra, alerta para «a necessidade de apoio imediato para salvar o Iémen», uma vez que «a resposta das Nações Unidas só conta com um financiamento de 49%».

Conselho de Segurança procupado com situação no Iémen

Também no domingo, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) manifestou preocupações sobre a escalada militar e a insegurança alimentar no mais pobre dos países árabes.

Num comunicado de imprensa, o Conselho reafirmou a sua aposta num processo político envolvendo apenas os iemenitas, bem como o «empenho da comunidade internacional na defesa da soberania, da unidade, da independência e da integridade territorial do Iémen».

Os países-membros do CSNU mostraram-se alarmados sobre a nova avaliação da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar, de acordo com a qual 13,5 milhões de iemenitas estão em risco de fome e já enfrentam insegurança alimentar aguda, um número que, segundo a avaliação, pode subir para 16 milhões de pessoas em Junho do próximo ano.

O Conselho mostrou-se igualmente preocupado quanto à possibilidade de encerramento de programas humanitários devido à falta de fundos, e apelou aos países doares para que actuem com urgência.

A guerra entre as partes e o colapso económico assumem um papel central na situação alimentar do Iémen, de acordo com a nota, em que se se sublinha a importância de facilitar o trabalho de assistência humanitária para evitar a perda de vidas humanas.

Alertas sucedem-se

Recentemente, num comunicado conjunto em que alertavam para «o nível mais elevado» de má-nutrição entre crianças pequenas em determinadas zonas do país árabe, a FAO, o Programa Alimentar Mundial e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmaram que a escalada da guerra, a crise económica, o grande impacto da pandemia de Covid-19 e a interrupção, por falta de fundos, em projectos de ajuda – ao nível do apoio alimentar e serviços de saneamento, água e higiene – «conduziram à beira do precipício uma população já exausta».

«Se a guerra não acabar agora, caminhamos para uma situação irreversível e corremos o risco de perder toda uma geração de crianças pequenas», disse a coordenadora humanitária da ONU para o Iémen, Lise Grande.

O Iémen enfrenta a pior crise humanitária do mundo. Particularmente afectada pela fome, a população iemenita tem sido também atingida por doenças como cólera, difteria, sarampo e dengue, na sequência da guerra de agressão lançada pela Arábia Saudita em Março de 2015, à frente de uma coligação de países aliados e que contou com forte apoio do Ocidente, nomeadamente dos EUA e do Reino Unido.

Apesar de não ter conseguido alcançar os objectivos declarados de suprimir a resistência do movimento Huti Ansarullah e recolocar no poder o antigo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado de Riade, a coligação liderada pelos sauditas prossegue a guerra, continuando a fazer baixas entre a população civil, incluindo crianças.

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