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|Reino Unido

Trabalhadores britânicos unidos na maior greve em mais de uma década

Cerca de 500 mil trabalhadores do Reino Unido participam numa jornada de greve para exigir aumentos salariais e melhores condições de vida, afirmando a oposição frontal à Lei da Greve dos conservadores.

Manifestação em Londres no contexto da jornada de greve de 1 de Fevereiro de 2023 
Manifestação em Londres no contexto da jornada de greve de 1 de Fevereiro de 2023 CréditosCarl Court / The Guardian

A jornada de mobilização e greves foi convocada por sete sindicatos de sectores de actividade como a Educação, o Ensino Superior, a Função Pública, os serviços de fronteiras, os transportes ferroviários, entre outros, o que provocou o encerramento de milhares de escolas e grandes perturbações nos demais serviços.

Ao longo do dia, milhares de estudantes juntaram-se aos professores nos piquetes e nas manifestações pelo país fora, segundo referiu o University and College Union (UCU). Jo Grady, a secretária-geral do sindicato, disse ter ficado «impressionada» com esse apoio.

A jornada de protesto fica igualmente marcada pela rejeição frontal da Lei da Greve que o governo de Rishi Sunak tem estado a defender e que os sindicatos caracterizam como um ataque frontal ao direito à greve.

Professores em greve protestam em Brighton // Anthony Harvey / The Guardian

O Congresso dos Sindicatos (TUC, na sigla em inglês) diz não pôr de parte a possibilidade de levar o governo a tribunal caso o projecto se venha a tornar lei, por ser «desnecessário, injusto e quase seguramente ilegal».

Paul Nowak, secretário-geral do TUC, afirmou, neste sentido, que as greves e mobilizações devem enviar uma «forte mensagem» ao governo sobre a «revolta» que os trabalhadores sentem cada vez mais.

Da parte do Sindicato Nacional da Educação (NEU), os secretários-gerais conjuntos Mary Bousted e Kevin Courtney estimaram que a greve tenha tido uma adesão de 85% em Inglaterra e no País de Gales, sublinhando que se trata de uma «declaração enorme» dos trabalhadores, que «esmagaram» os limites impostos pelo governo para que a greve não acontecesse.

Agora, acrescentaram em declarações à PA News, cabe à tutela apresentar «propostas concretas e com conteúdo» para evitar mais greves.

Professores em greve manifestam-se em Manchester // Oli Scarff / The Guardian

Por seu lado, o secretário-geral do sindicato dos Serviços Públicos e Comerciais (PCS), Mark Serwotka, disse à Sky News que pagar aos funcionários públicos representa uma «prioridade política», tendo em conta que há mais de 40 mil a recorrer a bancos alimentares.

Nesse sentido, sublinhou a necessidade da greve com o facto de o governo se recusar a negociar e «parecer contente por dar menos» aos trabalhadores do Estado do que a todos os outros.

Fran Heathcote, a presidente do PCS, defendeu no Morning Star que os funcionários públicos se fartaram de «cortes e privatizações».

«Estão fartos de ser explorados, desrespeitados e condenados como responsáveis pelo fracasso de serviços que todos os governos desde Thatcher subfinanciaram, subestimaram e desvalorizaram, e diminuíram sistematicamente», alertou.

Sublinhou ainda a necessidade de os trabalhadores e as estruturas sindicais se organizarem para combater a Lei da Greve do governo conservador.

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