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|Síria

Tim Anderson foi dos primeiros a alertar para o «engano» das «primaveras árabes»

O professor australiano, autor de A Guerra Suja contra a Síria, deu uma conferência em Damasco, destacando a ilegalidade das «guerras de agressão» que visam dominar os países independentes e soberanos.

Tim Anderson em Damasco 
Tim Anderson em Damasco Créditos / Prensa Latina

A conferência «Sanções ou guerra de assédio?», proferida esta segunda-feira pelo conhecido escritor e académico australiano, foi organizada pelo Instituto Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria e contou com a presença do diplomata Bashar al-Jaafari – durante vários anos representante do país árabe nas Nações Unidas.

Na ocasião, al-Jaafari apresentou as conhecidas obras de Tim Anderson, Guerra Suja contra a Síria (2016) e Eixo da Resistência (2020), afirmando que em ambas o professor da Universidade de Sidney demonstrou que «as sanções, as intervenções humanitárias e a protecção de civis» eram meras palavras e conceitos para reintroduzir o colonialismo de uma nova forma, que Anderson designou como «neocolonialismo».

«Anderson demonstrou que "as sanções, as intervenções humanitárias e a protecção de civis» eram meras palavras e conceitos para reintroduzir o colonialismo de uma nova forma»

O apoio de Tim Anderson à Síria não se limitou ao período da guerra terrorista, disse o actual vice-ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, sublinhando ainda que o académico australiano foi dos primeiros a alertar para o perigo de se ser arrastado por conceitos como «Primavera Árabe» e «Revolução Popular», entre outros, igualmente enganadores, que começaram a ser promovidos e divulgados a partir da Tunísia no início de 2011, informa a agência SANA.

Medidas coercivas unilaterais são ilegais

Por seu lado, Anderson, ao aprofundar temas como «guerra híbrida», «guerra económica como sanções» e «guerra de assédio», defendeu que o declínio do poder económico de Washington levou os EUA a lançar uma série de «guerras híbridas», numa tentativa de manter a sua posição, influência e domínio no mundo.

Anderson referiu que as «medidas coercivas unilaterais» adoptadas por Washington sob a designação de «sanções» são «ilegais», na medida em que o direito internacional proíbe a coerção económica através do princípio de não ingerência inscrito na Carta das Nações Unidas.

Em resposta a questões colocadas pelo público, o académico destacou a importância de diferenciar aquilo a que os EUA e os seus aliados chamam «sanções» da «guerra de assédio» imposta à Síria, com que se pretende subjugar a Síria e outros países independentes e soberanos.

O escritor australiano, que sublinhou a ilegalidade das guerras económicas norte-americanas contra países independentes – numa clara violação de todas as leis e tratados internacionais –, instou ao reforço das campanhas destinadas a informar a opinião pública ocidental de forma objectiva sobre a dimensão da «guerra de agressão» travada contra a Síria, que é acompanhada por uma propaganda hostil que visa implementar as agendas de EUA e UE.

Síria: «desinformação sem precedentes na história da memória viva da humanidade»

Em declarações à Prensa Latina em Damasco, o escritor australiano falou sobre A Guerra Suja contra a Síria, livro em que aborda a feroz campanha mediática contra o país árabe e no qual procurou refutar «as mentiras e falsidades» divulgadas pela comunicação social dominante, recorrendo a dezenas de testemunhos de militares e civis, vítimas do terrorismo, recolhidos durante as dez visitas que fez à Siria desde 2013.

Na Síria, apercebeu-se de uma «desinformação sem precedentes na história da memória viva da humanidade», disse, acrescentando que a ideia do seu livro colheu inspiração nas campanhas lançadas contra Cuba, a Venezuela e outros países progressistas e anti-imperialistas da América Latina, que enfrentaram «acusações falsas» sobre direitos humanos, liberdade e democracia.

«[Tim Anderson] lamentou que alguns movimentos de esquerda nos países ocidentais tenham caído na armadilha de acreditar que a chamada Primavera Árabe era uma "revolução"»

Tim Anderson disse à Prensa Latina que enfrentou enormes pressões para que mudasse de atitude e que chegou a ser despedido da universidade por causa das suas opiniões sobre a Síria e por criticar os ataques israelitas ao povo palestiniano.

«Estas pressões não me dissuadiram nem afectaram as minhas convicções; pelo contrário, deram-me mais uma razão para investigar e defender a verdade», frisou.

Lamentou que alguns movimentos de esquerda nos países ocidentais tenham caído na armadilha de acreditar que a chamada Primavera Árabe era uma «revolução».

No que respeita às tentativas de desestabilizar a Cuba, o escritor mostrou a sua confiança na capacidade do povo para derrotar as investidas do imperialismo.

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