Em declarações à imprensa, o titular da pasta da Electricidade explicou que o país árabe necessita de 6000 megawatts e que, actualmente, apenas gera cerca de 2000. Disse esperar, no entanto, que esta quantidade suba para 2500 ou 2600 megawatts no final do próximo mês, refere a Sana.
A crise eléctrica que o país enfrenta, atribuiu-a à falta de petróleo e gás, uma vez que as tropas norte-americanas e as suas milícias mercenárias detêm o controlo das zonas onde se situam as jazidas e «impedem o povo sírio de aproveitar» esses recursos energéticos.
Por outro lado, al-Zamil afirmou que o governo de Damasco vai manter o subsídio ao consumo eléctrico doméstico dentro dos limites de 1500 kilowatts por mês.
«O custo de produzir um kilowatt de electricidade é de 1300 libras sírias e aquilo que se cobra ao cidadão são 76 libras», revelou, acrescentando que, no ano passado, o valor do subsídio destinado à electricidade ascendeu a 4,3 mil milhões de libras sírias.
No que respeita à estratégia do Ministério, disse que se baseia, por um lado, na recuperação das instalações do sistema eléctrico e das centrais de produção, e, por outro, na diversificação das fontes de energia, recorrendo mais a fontes de energia renováveis, como o Sol e o vento.
Neste contexto, Ghassan al-Zamil revelou que há dois grandes projectos para gerar electricidade a partir de energia solar, com capacidade de 140 megawatts – um na cidade industrial de Adra, nas imediações de Damasco, e outro em Homs.
«Concluímos os estudos para o projecto de uma central eólica para produção de electricidade, que é a primeira e a maior da Síria, com uma capacidade de 110 megawatts», revelou ainda o ministro do ramo.
No diálogo com a imprensa, al-Zamil fez também questão de sublinhar que autorizar a entrada de investidores privados na produção de energia eléctrica a partir de energias renováveis ou convencionais «não significa a privatização do sector».
Antes da guerra, a Síria gerava 9000 megawatts de energia eléctrica, que passaram para 2000 na actualidade, o que se deve à ocupação de partes do território e também ao bloqueio e às sanções impostos ao país por EUA e União Europeia, na medida em que dificultam a obtenção de peças necessárias à manutenção das centrais eléctricas.
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