O presidente norte-americano, Donald Trump, revelou esta quarta-feira, num encontro na Casa Branca com o seu homólogo polaco, Andrzej Duda, que a Polónia irá construir infra-estruturas para albergar mais mil soldados norte-americanos no país, sem custos para a administração dos EUA, informa a agência Fars.
Por seu lado, o presidente polaco mostrou-se confiante no reforço da presença militar dos EUA no seu país, que comprou aos norte-americanos 30 aviões de combate F-35. De acordo com a AP, os EUA poderão enviar ainda para a Polónia um esquadrão de drones, alegando para tal a badalada «ameaça russa».
A este propósito, o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, manifestou ontem à imprensa as preocupações de Moscovo sobre o eventual envio de um esquadrão de drones (aparelhos aéreos não tripulados) para a Polónia e sobre a «agressividade» da NATO.
«Estamos certamente preocupados, pois isso reflecte as tentativas para incrementar as tensões militares na Europa, sobretudo no chamado flanco Leste da NATO», disse Ryabkov, citado pela TASS.
Moscovo tem um número crescente de questões sobre o modo como este tipo de acções se enquadra nas obrigações da Aliança Atlântica ao abrigo do Acto Fundador sobre relações mútuas, cooperação e segurança celebrado entre a NATO e a Rússia, destacou o diplomata.
«As tentativas de mostrar a livre escolha feita pelo povo da Crimeia e Sebastopol, que decidiram exercer o seu direito à autodeterminação, como actividades desestabilizadoras da Rússia são no mínimo injustas», disse o vice-ministro russo, sublinhando que esta actuação evidencia uma política da NATO que «visa conduzir a mudanças geopolíticas na região e criar condições desfavoráveis ao desenvolvimento» da Rússia.
Ryabkov disse ainda à imprensa que o seu país tem repetido os apelos aos países-membros da NATO para «debater maneiras de diminuir as tensões na linha de contacto entre a Rússia e a NATO, particularmente através da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)».
Uma nova ronda de conversações está prevista para Viena, sede da OSCE, o que, no entender do diplomata russo, constitui mais «uma oportunidade para discutir tudo seriamente». No entanto, afirmou não ver sinais da parte dos países-membros da NATO que mostrem que estão «prontos para ouvir e responder de forma adequada» à Rússia.
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