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Rio Lijiang espelha os avanços da China a nível ecológico

Há 20 anos, havia quem se recusasse a lavar aqui a hortaliça. Nos últimos anos, as autoridades investiram quase cem milhões de dólares no saneamento, melhorando a vida da população e protegendo o turismo.

Vista de cima do Rio Lijiang, no condado de Yangshuo, a 18 de Outubro de 2018 
Vista de cima do Rio Lijiang, no condado de Yangshuo, a 18 de Outubro de 2018 CréditosZhang Ailin / Xinhua

Durante a sua visita à Região Autónoma Zhuang de Guangxi (Sul da China), o presidente chinês, Xi Jinping, destacou, esta segunda-feira, a importância de proteger e «jamais danificar» o sistema ecológico do Rio Linjiang, a que se referiu como «um tesouro único na China e no mundo», indica a Xinhua.

O Rio Lijiang, com um comprimento superior a 400 quilómetros, ladeado por montanhas cársticas cobertas de vegetação densa, é hoje um dos «pontos quentes» do turismo na região de Guilin e no país.

Nos guias turísticos, nos blogues de viagens e nalguns meios de comunicação ocidentais, o rio é apontado como um dos mais bonitos do mundo e mais adequados para os viajantes, atraindo milhões de visitantes todos os anos.

A paisagem idílica, no condado de Yangshuo, está impressa na parte de trás das notas de 20 yuans e Li Fang – como o fazem tantos outros turistas – tirou uma destas notas para a usar numa foto com o seu marido, tendo a paisagem em frente. «As montanhas verdes e as águas límpidas são pitorescas, e eu gostei bastante do ambiente enquanto descia o rio numa jangada», disse Li, com 32 anos.

Uma avaliação nacional da água divulgada pelo Ministério da Ecologia e do Ambiente em meados de Abril colocou o Rio Lijiang entre os dez melhores do país em termos de qualidade ambiental hídrica no primeiro trimestre deste ano, revela a Xinhua. O cenário era bem diferente há apenas duas décadas.

Poluição, desflorestação, extracção ilegal de areia

A paisagem idílica actual na região de Guilin contrasta fortemente com a de há 20 anos, quando ali se sentiam os impactos da poluição e da desflorestação. Explorações pecuárias de suínos e restaurantes despejavam as águas residuais no rio, e os barcos da extracção de areia também contaminavam a água, explica a agência. «Nós não queríamos lavar a hortaliça no rio», lembra Li Yingrong, um aldeão da região.

Em busca de maiores benefícios económicos, os habitantes costumavam queimar as plantas nos montes ao longo do rio para ali cultivar safras comerciais, como laranjeiras.

«A desflorestação e a recuperação danificavam o solo e a água. Depois das chuvas fortes, na temporada de enchentes, a água do rio tornava-se lamacenta», disse Yang Lihua, chefe do Partido no município de Xingping, no condado de Yangshuo, lembrando como se passavam as coisas quando assumiu o cargo.

Em 2012, afirma a agência, a China avançou com a visão da construção de uma «China Bonita», na qual o progresso ecológico era parte do seu plano integrado de desenvolvimento. Nesse mesmo ano, entraram em vigor os primeiros regulamentos regionais sobre protecção ecológica e ambiental do Rio Lijiang, destacando a coexistência harmoniosa entre o homem e a natureza.

Vista de cima do Rio Lijiang, no condado de Yangshuo, a 19 de Maio de 2020 / Cao Yiming, Xinhua

Proteger o rio com medidas concretas e grande investimento público

Para proteger o rio, os governos locais implementaram uma série de políticas e medidas, além de levarem a cabo esforços abrangentes com vista à redução da poluição, que passaram pelo encerramento de fábricas poluentes e a adopção de medidas severas contra a extracção ilegal de areia. Pedreiras, restaurantes de peixe, explorações de suínos e instalações de aquacultura perto das margens do rio foram fechadas, revela a Xinhua.

Mo Bikun, funcionário responsável pelo tratamento de esgotos no Gabinete de Gestão do Projecto de Drenagem de Guilin, disse que a cidade gastou 619 milhões de yuans (cerca de 95 milhões de dólares) na construção e no melhoramento da rede de esgotos, entre 2015 e 2020, para evitar que a água suja fosse parar ao Rio Lijiang.

Melhor ambiente, mais turistas e receitas. Em 2019, Guilin recebeu 138 milhões de turistas, gerando um consumo de de 187,4 mil milhões de yuans, mais 26,7% e 34,7% que em 2018, respectivamente.

«O rio mais limpo não deliciou apenas os turistas nacionais e estrangeiros, pois melhorou também a "satisfação de viver" da população», disse Mo.

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