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|Reino Unido

Reino Unido nega vistos a filhos de trabalhadoras imigrantes do NHS

O Ministério da Administração Interna britânico está a recusar vistos de filhos de trabalhadoras migrantes que trabalham no NHS, o seu Serviço Nacional de Saúde. Entre as recusas estão crianças de dois anos.

Sem oposição, Rishi Sunak (com uma fortuna de 835 milhões de euros) tornou-se o novo líder dos conservadores ingleses, assumindo, nos próximos dias, o cargo de Primeiro-Ministro do Reino Unido. É o terceiro líder conservador a chegar ao poder desde as eleições de 2019, o segundo a ser escolhido sem ir a votos. Londres, Inglaterra, 24 de Outubro de 2022 
Sem oposição, Rishi Sunak (com uma fortuna de 835 milhões de euros) tornou-se o novo líder dos conservadores ingleses, assumindo, nos próximos dias, o cargo de Primeiro-Ministro do Reino Unido. É o terceiro líder conservador a chegar ao poder desde as eleições de 2019, o segundo a ser escolhido sem ir a votos. Londres, Inglaterra, 24 de Outubro de 2022 CréditosTolga Akmen / EPA

Uma investigação levada a cabo pelo jornal britânico The Observer concluiu que o Ministério da Administração Interna do Reino Unido está impedir que crianças, filhas de trabalhadoras imigrantes do National Health Service (NHS), o Serviço Nacional de Saúde do país, se juntem às mães, recusando-lhes vistos.

A acção do ministério que tutela a entrada no país reveste-se de prepotência já que em grande parte dos casos investigados consegue-se comprovar que as mulheres são as principais cuidadoras das crianças em questão, não havendo assim razões objectivas para a recusa dos vistos. 

A situação ocorre porque as mulheres em questão realizaram os normais procedimentos de um movimento migratório, ou seja, foram em primeiro lugar para o país em questão, de forma a garantir que estavam todas as condições reunidas, para depois poderem trazer os filhos, já com todas as comodidades necessárias. Nesse período de tempo, o jornal britânico identificou mulheres que deixaram os filhos ao cuidado temporário de familiares ou amigos enquanto se mudavam para a Grã-Bretanha, vindas de países como o Zimbabué, a Zâmbia, o Quénia, a África do Sul e a Índia. 

A acção destas mulheres cumpria todos os requisitos, já que antes de partirem para o Reino Unido, os empregadores garantiram que os filhos poderiam juntar-se a elas, em conformidade com as actuais regras de imigração que permitem aos trabalhadores do sector da saúde trazer familiares próximos. 

Entre as recusas por parte do ministério estão crianças de dois anos e o The Observer teve acesso a algumas das cartas dirigidas aos requerentes de visto. Em algumas cartas, a entidade britânica questiona o porquê dessas crianças não poderem ficar no país de origem com quem os acolheu, sendo que o mais desumano é a parte final que é dirigida às crianças e onde se pode ler «Foi decisão pessoal da vossa mãe partir para o Reino Unido e vocês não apresentaram provas suficientes para conceder o vosso visto por motivos sérios ou imperiosos».

De acordo com a investigação estima-se que sejam 140 crianças nesta situação, tudo isto num contexto onde, para esconder o falhanço da governação dos conversadores, os Tories abriram guerra à imigração de forma a desviar as atenções e criar um inimigo público.

Claro está que isto é um elemento de classe, uma vez que as novas leis de imigração indicam que, para se ter um visto de família, é necessário ter-se um rendimento mínimo 38700 libras. Uma vez que neste caso fala-se de mães solteiras, este elemento é, sem sombra de dúvidas, uma barreira de classe que veda o simples direito a uma mãe poder estar com o seu filho.
 

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