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Recandidatura de Von der Leyen é «grande notícia para a Europa», segundo Montenegro

Von der Leyen protagonizou o intensificar das tensões no leste europeu, a perpetuação do apoio a Israel e a imposição de dificuldades aos trabalhadores ao defender a política de aumento das taxas de juro. 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje a sua candidatura como cabeça de lista do PPE para as eleições europeias de Junho. O anúncio não é inocente e traz consigo uma recandidatura à Comissão Europeia. Somente Jacques Delors foi presidente da Comissão Europeia por duas ocasiões.

Apesar do anúncio, a tarefa não se avizinha simples uma vez que também o Partido dos Socialistas Europeus  anunciou que o actual comissário europeu luxemburguês do Emprego e Direitos Sociais, Nicolas Schmit, era candidato o seu cabeça de lista às eleições. Para se ser presidente da Comissão Europeia é, então, necessário metade dos votos dos eurodeputados em funções mais um, e aparenta haver alguma divisão.

A reacção de Luís Montenegro, apesar da demonstração de fidelidade à sua família europeia, não deixa de ser interessante e demonstra a sua visão para o país. Após o anúncio de Von der Leyen, o presidente do PSD escreveu na rede social X o seguinte: «Grande notícia para a Europa, o PSD e o PPE: Van der Leyn será a nossa candidata ao cargo de presidente da Comissão Europeia. Ela é a garante do projeto que o PSD, membro do PPE, tem para o futuro da UE. Obrigado Ursula! Conta connosco!».

Acontece que Luís Montenegro não reparou que Von der Lyen está ligada a uma das piores fases da União Europeia. Sob a batuta da dirigente alemã, a Europa contribuiu para a intensificação das tensões e guerra no leste europeu; declarou apoio a Israel naquilo que já se sabia que seria a prepetuação de um massacre ao povo palestino; defendeu a utilização de taxas de juros elevadas para supostamente combater a inflação, algo que penalizou gravemente a vida dos trabalhadores de todo o continente; funcionou como agente proxy dos EUA.

Feitas as contas, a presidente da Comissão Europeia não teve um papel de particular brilhantismo, a não ser no cumprimento das orientações que são dadas pelos EUA. A «boa notícia» para Luís Montenegro é uma péssima para os povos de toda a Europa que nela vêem o rosto das políticas de empobrecimento e da insensibilidade. 
 

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