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|Paquistão

Quase duas dezenas de mineiros perderam a vida no Paquistão este mês

A principal organização sindical dos mineiros estima que, todos os anos, entre 100 e 200 percam a vida. O ano passado, pelo menos 176 morreram e 180 ficaram feridos em diversos acidentes laborais.

Créditos / IndustriALL

De acordo com os dados recolhidos pela Pakistan Central Mines Labour Federation (PCMLF), 18 mineiros faleceram em acidentes de trabalho este mês no país asiático, refere o portal Peoples Dispatch.

O problema das más condições de trabalho arrasta-se há anos e, segundo referem sindicatos e organizações internacionais, as minas do Paquistão continuam inseguras e arriscadas para centenas de milhares de trabalhadores que tiram dali o seu sustento.

A federação denuncia que a «apatia institucional» e a «negligência» por parte das autoridades e dos donos das minas são uma combinação «mortífera» para os mineiros em todo o país. De acordo com a federação, o sector mineiro emprega mais de 100 mil trabalhadores nas minas de carvão.

Dando como exemplo casos recentes, a IndustriALL informa que, no dia 19 de Maio, um trabalhador morreu na mina de Ghazi, na sequência de uma queda. Dois dias depois, um mineiro foi electrocutado mas minas de carvão de Duki e um deslizamento de terras, no mesmo local, provocou a morte de outro trabalhador.

No dia seguinte, 22 de Maio, três mineiros ficaram feridos na sequência de uma explosão de gás numa mina pertencente à Shakot Charat Coal Company.

«As más condições de trabalho representam uma ameaça real para as vidas dos trabalhadores e nós precisamos de ajuda nas acções de formação, de organização e sensibilização dos nossos trabalhadores», disse o presidente da PCMLF, Sultan Khan.

Os sindicatos queixam-se de que a maioria dos proprietários das minas têm liberdade para jogar com as vidas humanas para o seu lucro pessoal, refere a IndustriALL no seu portal.

Doentes e desempregados aos 30 anos

De acordo com os sindicatos, os mineiros começam a trabalhar muito cedo nas suas vidas, geralmente aos treze anos. Quando chegam aos 30, sofrem de várias doenças crónicas respiratórias, de tuberculose, perda de visão e ferimentos, e são forçados ao desemprego.

Os métodos de extracção continuam a ser primitivos na maioria das minas, pelo que os trabalhadores, que muitas vezes trabalham mais de dez horas por dia sem equipamentos de protecção adequados, estão expostos a maiores riscos. Isto, referem os sindicatos, viola de forma clara a legislação laboral do Paquistão.

Em Janeiro de 2019, a Comissão Nacional do Paquistão para os Direitos Humanos elaborou um documento intitulado «Morte nas Minas: um relatório sobre as minas de carvão do Baluchistão» (província no Sudoeste do país, onde se situa a maioria das minas).

Nele, destaca a «ineficácia dos departamentos envolvidos sobretudo devido a pressões políticas», sublinhando que a necessidade de «travar ou minimizar os acidentes» é uma «prioridade».

Outra forma de insegurança com que os mineiros se confrontam, segundo refere a federação sindical, são os ataques por parte de homens armados não identificados.

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