Num encontro com empresários, líderes de opinião e amigos da Ilha em Pequim, o primeiro-ministro de Cuba destacou os traços fundamentais dos laços de amizade e cooperação entre ambos os países.
Entre estes, indica a Prensa Latina, apontou o diálogo ao mais alto nível e a confiança política mútua, e, neste contexto, afirmou que existe «a vontade e a decisão inalterável de ambas as partes de elevar as relações económicas, comerciais e financeiras ao mesmo nível das excelentes relações políticas».
«Mantivemos uma estreita concertação e apoio mútuo em questões cruciais para ambos os países nos fóruns internacionais», disse, tendo-se referido ainda aos obstáculos e desafios comuns que a China e o país antilhano enfrentaram.
«Foi um período em que Cuba fez frente a uma complexa situação resultante do efeito combinado do recrudescimento, sem precedentes, do bloqueio unilateral do governo norte-americano, os efeitos acumulados da pandemia, o conflito bélico na Europa e as questões associadas às alterações climáticas», afirmou.
Manuel Marrero agradeceu à China e, em particular, aos seus empresários pelo apoio e confiança nos momentos mais difíceis.
«Governos e instituições dos dois países concordaram quanto à necessidade de criar as condições e um ambiente favorável de negócio para que os sectores empresariais possam desenvolver o seu trabalho sobre bases mutuamente benéficas», disse.
A este propósito, sublinhou que Cuba apresenta oportunidades como localização geográfica para a expansão para a América e as Caraíbas, a sua natureza, turismo, cultura, recursos naturais, a capacitação do seu pessoal, a estabilidade política e, sobretudo, o seu povo hospitaleiro.
O primeiro-ministro reafirmou ainda a vontade de dinamizar as exportações do açúcar, níquel, tabaco, mel, produtos pesqueiros, runs, entre outros, enquanto se trabalha noutras áreas, como os serviços de saúde, educação e desporto, e o turismo.
Construir de forma conjunta e com alta qualidade a Iniciativa Cinturão e Rota
Manuel Marrero encontra-se na China em visita oficial até quinta-feira, tendo-se reunido com o presidente chinês, Xi Jinping, o primeiro-ministro, Li Qiang, e outras autoridades do Partido Comunista e do governo.
Ao ser recebido no Grande Palácio do Povo por Xi Jinping, na segunda-feira, o primeiro-ministro cubano deixou patente o interesse do seu país em trabalhar com a China para construir de forma conjunta e com alta qualidade a Iniciativa Cinturão e Rota, aprofundar a cooperação prática em várias áreas, e reforçar a comunicação e a coordenação em questões internacionais, opondo-se à hegemonia e à intimidação, refere a Xinhua.
Por seu lado, Xi destacou o modo como China e Cuba trabalharam lado a lado no caminho da construção do socialismo com características próprias, e se apoiaram e cooperaram estreitamente em questões internacionais e regionais, forjando assim um laço inquebrável de confiança e amizade.
«A China continuará a apoiar firmemente o povo cubano na oposição à interferência e bloqueios estrangeiros e na salvaguarda da soberania e dignidade nacionais», declarou o presidente do país asiático, que é um dos principais parceiros comerciais da Ilha a nível mundial.
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