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|Grécia

Syriza continua a afastar-se das promessas feitas

Partidários das privatizações promovidos ao governo grego

A remodelação governamental consumada hoje afastou críticos das privatizações. Presidente do fundo para as privatizações nomeado para secretário de Estado da Economia grego.

O primeiro-ministro grego com Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia
CréditosRepública Helénica / CC BY-SA 2.0

O primeiro-ministro Alexis Tsipras afirmou, na tomada de posse do novo elenco governativo, que esta é «a oportunidade para um novo começo que nos dará o ímpeto necessário para os últimos passos cruciais de uma maratona até melhores dias», refere o jornal Público.

De acordo com o diário, Stergios Pitsiorolas, até agora presidente do Fundo de Desenvolvimento de Activos da República Helénica – responsável pela privatização de várias empresas pública – é o novo secretário de Estado da Economia. Para ministro entra um economista que era presidente de um centro de estudos económicos norte-americano, o Levy Economics Institute.

As entradas são acompanhadas pela saída de críticos das privatizações, como o até agora ministro da Energia, Panos Skourletis, e de Theodoros Dritsas, ex-ministro da Marinha Mercante. Este último foi o responsável pelo anúncio de que o processo de privatização do porto do Pireu seria travado, no já longíquo dia 25 de Janeiro de 2015, quando o primeiro governo do Syriza entrou em funções.

As esperanças acalentadas por muitos, na Grécia e noutras paragens, estão cada vez mais longe da polítca seguida pelo executivo helénico. Os festejos pela vitória do Syriza rapidamente se silenciaram, depois do seu governo ter assinado um novo programa de intervenção com a troika, que implicou novos cortes e mais privatizações.

As autoridades gregas e da União Europeia estimam que o corte no défice público neste ano seja de 4,1 pontos percentuais e que a dívida pública cresça 5,9 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB). A taxa de desemprego continua acima dos 24% e a economia grega deve repetir mais um ano de estagnação, à semelhança de 2015.

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