O serviço de apoio domiciliário (SAD) em Zumaia (Guipúscoa) encontra-se privatizado e as 22 funcionárias (todas mulheres) que nele trabalham pertencem à empresa Eulen.
No seu portal, o sindicato ELA denuncia que estas trabalhadoras desempenham as suas funções «em condições bastante precárias e piores que as das localidades vizinhas e onde o serviço é garantido pelo próprio município».
Entre outros aspectos, o sindicato indica que as trabalhadoras não têm um calendário fixo; a maioria trabalha a tempo parcial; não têm horários estáveis, e os salários que auferem estão abaixo do consagrado no acordo.
Quando os utentes estão de férias (sejam dois ou 15 dias), a trabalhadora que presta o serviço de apoio domiciliário fica sem receber, acrescenta a organização sindical.
Por isso, uma das questões em que as trabalhadoras do SAD em Zumaia insistem é a da defesa do serviço público - algo que está em linha com aquilo que o executivo municipal (progressista) defende para diversos serviços da localidade: torná-los públicos.
O fim da concessão do SAD a privados estava prevista para 2024, mas, segundo denuncia o ELA, a Câmara Municipal anunciou que não vai ser tão cedo.
Entretanto, com o acordo caducado em 2023, as trabalhadoras, que prestam cuidados a pessoas idosas e dependentes, não viram nem a parte municipal nem a empresa avançar com qualquer proposta.
Neste sentido, o ELA critica que se pretenda «obter o maior lucro económico possível à custa das trabalhadoras e dos utentes a quem prestam os serviços».
Defende igualmente a necessidade de «sair de um modelo assente na lógica capitalista e da exploração das mulheres, para avançar para um modelo que coloque as vidas no centro».