Em comunicado, Muhammed Yassin, director do Fórum, condenou a morte de cinco jornalistas na sequência de diversos bombardeamentos contra habitações e tendas no enclave costeiro, onde vivem, em condições extremas, cerca de dois milhões de pessoas.
«Atacar jornalistas, as suas famílias e os seus filhos confirma que a ocupação israelita é o maior inimigo da liberdade de imprensa no mundo», declara o texto, citado pela Prensa Latina.
«Jamais na história dos conflitos se assassinou um número tão elevado de comunicadores, apesar de todas as leis e convenções internacionais que destacam a necessidade de os proteger», lê-se na nota.
Só este mês dez jornalistas foram mortos, de acordo com Yassin, que pediu a adopção de medidas urgentes para os proteger.
Desde o início da agressão contra a Faixa de Gaza, em Outubro de 2023, mais de 220 trabalhadores do sector perderam a vida, revelou o Fórum.
Os cinco jornalistas, mortos este domingo, no espaço de poucas horas, foram identificados como Aziz al-Hajjar, Nour Qandil, Abdul Rahman al-Abadilah, Khaled Abu Seif e Ahmed al-Zainati.
Numa nota a que a PressTV faz referência, o Sindicato dos Jornalistas Palestinianos sublinha que se trata de «um crime que se soma ao extermínio sistemático perpetrado pela ocupação israelita contra o nosso povo» e denuncia a «tentativa desesperada de silenciar a voz da verdade e apagar as provas dos crimes».
Com as forças de ocupação a intensificarem as operações no terreno e escalada de ataques aéreos a unidades hospitalares e tendas de pessoas deslocadas, o número de mortos no enclave continua a aumentar.
Segundo revela a Wafa, desde Outubro de 2023 até esta segunda-feira, foram mortas pelo menos 53 486 pessoas (na sua maioria mulheres e crianças) e 121 398 ficaram feridas.
O número de mortos é, ainda assim, indeterminado, uma vez que, destaca a fonte, muitos corpos permanecem sob os escombros e inacessíveis a ambulâncias e equipas da Protecção Civil.
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