Na habitual conferência de imprensa diária, Andrés Manuel López Obrador disse, esta quarta-feira, que «a ONU deve trabalhar mais nisso», que os seus funcionários «deviam sair das suas rotinas», que «nem deviam dormir estes dias», tendo como meta principal travar a guerra e alcançar a paz na Faixa de Gaza.
No Palácio Nacional, na Cidade do México, Obrador defendeu igualmente que as Nações Unidas devem envolver-se mais na resolução das divergências entre os vários envolvidos na guerra da Ucrânia. «Dois propósitos, dois objectivos. Deve-se falar com todos e fazer reuniões», disse, citado pelo portal latamnews.lat.
Ao ser questionado sobre a intervenção do México no processo por genocídio avançado pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), López Obrador referiu que isso «faz parte da nossa política externa, que é resolver os conflitos pela via pacífica».
A aviação israelita bombardeou, este domingo, tendas onde se encontravam deslocados, no extremo Sul de Gaza. No espaço de 48 horas, Israel realizou mais de 60 ataques contra Rafah, ao arrepio da decisão do TIJ. Meios da imprensa revelam que as forças israelitas utilizaram sete ou oito bombas de uma tonelada contra o acampamento de deslocados recentemente criado junto aos armazéns da agência da ONU para os refugiados palestinianos (Unrwa) na zona ocidental de Rafah. O Crescente Vermelho palestiniano informou que as suas equipas transportaram dezenas de corpos e pessoas feridas, na sequência do ataque contra as tendas, que se incendiaram. Disse ainda que, na maioria dos casos, os falecidos eram mulheres e crianças, e que tinham sido queimadas vivas, acrescentando que os hospitais não têm capacidade para lidar com um número de vítimas tão elevado, indica a Wafa. A relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinianos ocupados denunciou o ataque israelita deste domingo. As forças de ocupação continuam o cerco ao Hospital al-Awda, um dos poucos que funcionam no Norte do enclave costeiro palestiniano, pondo em causa os tratamentos a feridos e doentes. Fontes médicas disseram à Wafa que as tropas israelitas realizaram ataques de artilharia contra o hospital antes de o cercar, este domingo, e que proibiram a entrada e saída de pacientes e pessoal médico. O hospital localiza-se no campo de refugiados de Jabalia, que é alvo de uma grande ofensiva desde 11 de Maio, depois de as forças de ocupação terem pedido à população que saísse da zona e se dirigisse para a zona ocidental da Cidade de Gaza. Ainda segundo fontes hospitalares, as forças de ocupação arrasaram as zonas circundantes do Hospital al-Awda, que neste momento tem dificuldade em prestar serviços de tratamento à população e deixou de ter água potável. Desde o início da mais recente agressão israelita contra o enclave, a 7 de Outubro, as tropas israelitas procuraram desestabilizar o funcionamento do sistema de saúde na Faixa de Gaza, ameaçando encerrar os hospitais, atacando-os directamente, destruindo zonas de apoio e ambulâncias. No Norte da Faixa de Gaza, refere a Wafa, o Hospital al-Awda é o único que tem serviços de ortopedia, ginecologia e obstetrícia. Sem precisar um número, a agência estatal palestiniana afirma que dezenas de pessoas foram mortas nas últimas horas na sequência de ataques israelitas a vários pontos do território e muitas outras ficaram feridas. Quando passam 76 anos da Nakba de 1948 e está em curso uma nova Nakba, o MPPM exige o fim da «barbárie israelita» e que «se salde a dívida internacional para com o povo palestiniano». O dia 15 de Maio é o Dia da Nakba, da «Catástrofe», em árabe, da limpeza étnica do povo palestiniano que, «seguindo um plano que começou a ser concretizado antes ainda dessa data, se intensificou a partir da criação, em 1948, do Estado de Israel», afirma em comunicado o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM). «Nas semanas e meses seguintes, o terror sionista expulsou cerca de 800 mil palestinianos das suas casas, das suas aldeias, dos seus bairros e das suas terras», lembra, acrescentando que muitos dos sobreviventes da Catástrofe de então «passaram as suas vidas nos campos de refugiados, no território da Palestina que não chegou então a ser ocupado, nos países vizinhos ou na diáspora». Lisboa e Porto vão acolher actos de solidariedade com a Palestina, condenando a política israelita de colonização, ocupação e repressão, e o reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel. À iniciativa, que é promovida pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), o Movimento Democrático de Mulheres (MDM), o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e a CGTP-IN, estão a aderir muitas outras organizações, segundo revela o MPPM numa nota publicada na sua página de Facebook. Em Lisboa – dia 14, às 18h – e no Porto – no dia seguinte, à mesma hora –, os propósitos que as organizações promotoras pretendem vincar são os mesmos, tendo presente que, no próximo dia 15 de Maio, se assinala o 70.º aniversário da Nakba – a «catástrofe», como é designada pelo povo palestiniano (associada ao processo de criação do Estado de Israel). De acordo com a nota divulgada pelos promotores, nos 70 anos da Nakba, pretende-se: «condenar a política de colonização, limpeza étnica, ocupação e repressão» que é praticada por Israel contra o povo palestiniano há 70 anos; exigir a paz no Médio Oriente; denunciar o reconhecimento, pelos Estados Unidos, de Jerusalém como capital de Israel, bem como a transferência da sua embaixada para essa cidade. Os promotores querem, para além disso: reclamar ao Governo português que «defenda o direito internacional e as resoluções da ONU respeitantes à Palestina», e que «reconheça formalmente o Estado da Palestina», tendo a sua capital em Jerusalém Oriental; expressar a sua solidariedade com «a justa luta do povo palestiniano pelos seus inalienáveis direitos nacionais, pela edificação do Estado da Palestina livre, independente, soberano e viável nas fronteiras anteriores a 1967, com capital em Jerusalém Oriental», e exigir «uma solução justa para a situação dos refugiados palestinianos». A Nakba refere-se à «campanha premeditada que acompanhou o processo de criação de Israel em 1948», em que as milícias sionistas destruíram mais de 500 aldeias, cometeram inúmeros massacres e expulsaram das suas casas cerca de 750 mil palestinianos», afirma-se no texto. Contudo, a Nakba não terminou e uma «prova eloquente» disso são «os massacres cometidos pelas forças armadas de Israel desde o dia 30 de Março», na Faixa de Gaza cercada, no contexto das manifestações pacíficas da Grande Marcha do Retorno. Os promotores consideram ainda «inaceitável e ultrajante que os EUA, pela voz do seu presidente, Donald Trump, tenham decidido reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir para aí a sua embaixada precisamente quando se assinalam os 70 anos» da Nakba. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Muitos outros viriam a ser, nas décadas seguintes, novamente vítimas da violência e do terror israelita e dos processos de expulsão sistemática do povo palestiniano que marcaram sempre a existência do Estado», explica. Depois da que se iniciou em 1948, «uma nova Nakba abate-se sobre o povo palestiniano». Neste sentido, alerta o documento, «o genocídio que desde há sete meses Israel desencadeou na Faixa de Gaza não tem paralelo, nem com a Catástrofe de 1948». Referindo-se a dados, o organismo solidário destaca que «são mais de 35 mil mortos, quase 80 mil feridos, na sua maioria mulheres e crianças», e que «a maioria do parque habitacional de Gaza foi reduzido a escombros e há cerca de 1,7 milhões de desalojados, 75% da população». Depois de uma noite de fortes bombardeamentos sobre várias partes do enclave costeiro, as tropas israelitas avançam no campo de refugiados de Jabalia, a norte, e em Rafah, a sul. Segundo refere a Al Jazeera, registam-se combates intensos entre as forças de ocupação e grupos da resistência palestiniana no campo de Jabalia, no Norte da Faixa de Gaza, onde as tropas israelitas têm estado a avançar com tanques. A mesma fonte indica que a situação é particularmente preocupante, uma vez que as forças israelitas conseguiram cercar seis centros de evacuação em áreas densamente habitadas. Em Rafah, no extremo Sul do território, registam-se intensos combates na zona oriental da província, que as forças israelitas de ocupação têm estado a atacar por via terrestre e aérea. Dada a dimensão dos ataques aéreos nos últimos seis dias, fontes médicas revelaram que os feridos continuam a chegar ao hospital, mesmo com todas as dificuldades que as equipas de socorro enfrentam no terreno. Após uma noite de intensos bombardeamentos sobre Rafah, que provocaram pelo menos 22 mortos, Israel decretou a evacuação de uma parte da região. Repetem-se os alertas para a «catástrofe». Os ataques israelitas desta noite visaram 11 casas no Sul da Faixa de Gaza, e provocaram a morte a pelo menos 22 pessoas, incluindo oito crianças, revela a agência Wafa. De acordo com as autoridades sanitárias palestinianas, o número de mortos desde o início da mais recente ofensiva israelita contra o enclave costeiro chega a 34 683 (sendo que há pelo menos mais dez mil mortes confirmadas, de pessoas desaparecidas debaixo dos escombros) e o número de feridos ultrapassa os 78 mil, sendo que a maioria das vítimas são mulheres e menores de idade. Entretanto, as equipas de protecção civil continuam a não conseguir socorrer muitos dos feridos e resgatar os corpos espalhados nas estradas ou sob os escombros, refere a agência, uma vez que as forças de ocupação israelitas restringem a movimentação dessas equipas, bem como a das ambulâncias. Confrontadas com a ordem de evacuação dos palestinianos na região leste de Rafah, comunicada pelas forças israelitas antes de um ataque previsto em grande escala, várias organizações humanitárias e agências da ONU vieram a público reiterar os alertas para a «catástrofe», caso esse ataque se concretize. Jonathan Fowler, representante da agência da ONU para os refugiados palestinianos (Unrwa), disse à Al Jazeera que a ordem de evacuação dada por Israel, antes de uma ofensiva no terreno, significa «mais sofrimento e morte». «As consequências seriam devastadoras para a população em Rafah, que é seis vezes mais do que antes da guerra – e metade dos 1,4 milhões de pessoas são crianças», alertou, acrescentando que «a maior parte destas pessoas foram deslocadas muitas vezes». «Os terrenos têm de ser limpos de munições por explodir antes de as pessoas poderem regressar a uma área e viver com segurança», disse, sublinhando que não há qualquer sítio seguro na Faixa de Gaza e que «os resultados de uma ofensiva seriam simplesmente catastróficos». Sobre o plano israelita de evacuação, que implica colocar dezenas de milhares de pessoas num pequeno enclave junto à costa, Samah Hadid, do Conselho Norueguês para os Refugiados, disse que é totalmente «inadequado». Hadid afirmou que não há infra-estruturas básicas de apoio para a população deslocada que lá está, quanto mais para o grupo adicional de pessoas que querem lá colocar. «Temos vindo a alertar que uma ofensiva militar em Rafah provocaria atrocidades massivas e inúmeras mortes de civis», disse, exortando o mundo e os aliados de Israel a «pôr fim a isto». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Desde que Israel mandou evacuar a zona oriental de Rafah, a 6 de Maio último, cerca de 360 mil pessoas fugiram daquela região, revelaram fontes das Nações Unidas, criticando a «deslocação forçada e desumana dos palestinianos», e sublinhando que não existe no enclave qualquer local seguro para onde ir. Recorde-se que, em Rafah, estavam cerca de 1,4 milhões de pessoas, na sua grande maioria deslocados em busca de refúgio, no contexto da mais recente guerra de agressão israelita contra o território palestiniano cercado. Ao longo desta noite, indica a Wafa, também se registaram bombardeamentos sobre partes da Cidade de Gaza e a zona central do enclave, que provocaram vítimas mortais e feridos. Outros aspecto denunciado pelas autoridades palestinianas, por representantes das Nações Unidas e agências humanitárias é o encerramento da passagem fronteiriça de Rafah por parte as forças israelitas, impedindo a circulação de feridos e doentes para o Egipto, bem como a entrada de ajuda humanitária. De acordo com as autoridades de saúde em Gaza, a ofensiva israelita contra o enclave costeiro provocou mais de 35 mil mortos e cerca de 78 mil feridos. Equipas especializadas e pessoal médico recuperaram 49 cadáveres de uma terceira vala comum descoberta dentro do complexo hospitalar al-Shifa, na Cidade de Gaza, após o assalto militar israelita. A agência Wafa explicou, esta quarta-feira, que as operações de recuperação dos cadáveres ainda não terminaram, pelo que as autoridades palestinianas não colocam de lado a possibilidade de que o número de corpos aumente nos próximos dias. Com esta descoberta, sobe para sete o número de valas comuns detectadas pelas equipas – uma no Hospital Kamal Adwan (Norte de Gaza), três no Al-Shifa (Cidade de Gaza) e outras três no Nasser (Khan Younis), todos cercados e atacados pelas forças israelitas nos últimos meses. Ao todo, foram dali recuperados 520 corpos. Numa nota publicada nas redes sociais, o Ministério palestiniano da Saúde em Gaza condenou «nos termos mais veementes os crimes de genocídio e a matança contínua perpetrados pelo exército de ocupação contra o povo palestiniano». Pelas valas comuns, o ministério responsabilizou inteiramente a ocupação, a comunidade internacional e a administração norte-americana, tendo ainda confirmado que, entre os primeiros 49 cadáveres agora recuperados, havia vários sem cabeça. Vários pontos do enclave costeiro foram alvo de ataques israelitas nas últimas 24 horas. Em Khan Younis, prosseguem os trabalhos de exumação dos restos encontrados em valas comuns no Hospital Nasser. Um número indeterminado de palestinianos foi morto na madrugada desta segunda-feira, na sequência de bombardeamentos israelitas a vários pontos da Faixa de Gaza, sobretudo no Centro e no Sul, refere a Wafa. A agência dá conta de diversos ataques aos campos de refugiados de al-Maghazi, Bureij e Nuseirat, bem como às imediações das localidades de Khan Younis e Deir al-Balah, e a vários bairros da Cidade de Gaza. Entretanto, em Rafah, no extremo Sul do território, onde se estima que se encontrem refugiados cerca de 1,5 milhões de palestinianos, é denunciada a presença de drones de reconhecimento israelitas, como prenúncio de uma eventual invasão em grande escala, há muito «iminente». Nas últimas 24 horas, ataques israelitas a zonas residenciais de Rafah provocaram pelo menos 26 mortos, incluindo 16 crianças, revela a agência estatal. As equipas de protecção civil continuam a exumar restos mortais de uma enorme vala comum no Hospital Nasser, em Khan Younis. Até ao momento, foram recuperados 210 corpos, disseram trabalhadores à Al Jazeera. Pelo menos 11 palestinianos perderam a vida e dezenas ficaram feridos na sequência de ataques israelitas a zonas residenciais no campo de refugiados de al-Maghazi, esta terça-feira. De acordo com a informação divulgada pela agência Wafa, as forças israelitas realizaram uma série de ataques aéreos, ontem ao fim do dia, contra áreas residenciais no campo de refugiados de al-Maghazi, na região central do enclave costeiro, e a maior parte das vítimas mortais registadas são crianças. Mais tarde, o canal da Al Jazeera em árabe reportou a existência de vários mortos palestinianos na sequência de ataques israelitas a um edifício residencial na cidade de Rafah, no extremo Sul da Faixa de Gaza. A protecção civil no território afirmou que o ataque teve lugar no campo de refugiados de Yabna e que as suas equipas estavam ainda a tentar retirar os mortos e feridos debaixo dos escombros. MPPM, CPPC, CGTP-IN e Projecto Ruído unem-se novamente no apelo à solidariedade com o povo palestiniano, organizando um acto público, em Lisboa, no próximo dia 6. Com os lemas «Paz no Médio Oriente! Palestina independente! Fim à agressão! Fim ao massacre!», o acto público pela Palestina tem lugar às 18h de quarta-feira, dia 6, no Rossio, em Lisboa. Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), CGTP-IN e Projecto Ruído – entidades promotoras – exigem o fim da «agressão genocida de Israel contra o povo palestiniano em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental», sublinhando que «não podemos calar-nos perante o massacre atroz levado a cabo por Israel em Gaza, em toda a Palestina». Neste sentido, reclamam o cessar-fogo permanente e o livre acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza, bem como a sua reconstrução e «o fim do intolerável cerco que lhe é imposto há já 17 anos». Numa declaração divulgada a propósito do acto público, as organizações exigem igualmente que Israel seja responsabilizado «pelos seus crimes e pelo seu sistemático desrespeito pela legalidade internacional», assim como o fim da conivência dos Estados Unidos da América, do Reino Unido e da União Europeia com Israel e com os seus crimes. Outro aspecto apontado diz respeito ao «ataque orquestrado contra a ONU e as suas instituições, e especificamente a UNRWA, a agência de apoio aos refugiados palestinianos», a que urge pôr fim, tal como à escalada de guerra que «ameaça estender a catástrofe do povo palestiniano a todo o Médio Oriente». Nessa região, sublinha o texto, é preciso acabar igualmente com os sistemáticos bombardeamentos e a presença ilegal de tropas de ocupação na Síria, Líbano, Iraque e outros países, e travar a lógica de confrontação em curso com o Irão. «Está nas mãos dos povos, está nas nossas mãos exigir que o imperioso fim do massacre contra Gaza e a Cisjordânia seja também o momento em que se abram condições para finalmente resolver a questão palestiniana, no respeito pelos direitos inalienáveis do seu povo», lê-se no texto de apelo à mobilização em Lisboa. Condenando a «agressão genocida» de Israel contra a Palestina, o MPPM apela a um cessar-fogo imediato e saúda a resistência do povo palestiniano e todas as forças que o apoiam na luta pelos seus direitos inalienáveis. «A barbárie que Israel desencadeou sobre Gaza e sobre toda a Palestina há mais de 100 dias fica na História como um crime maior», denuncia o MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente num comunicado emitido esta quarta-feira. Os bombardeamentos e operações militares israelitas na Faixa de Gaza já provocaram «cerca de 100 mil vítimas – entre mortos, feridos e desaparecidos», o que representa «aproximadamente 5% da população desse martirizado e sitiado território», afirma, ao elencar aspectos vários do massacre. «A grande maioria das vítimas são crianças e mulheres. Mais de 10 mil crianças já foram mortas. Bairros inteiros foram arrasados e dois milhões de pessoas, cerca de 85% da população, estão sem abrigo – deslocadas e sem casas às quais possam regressar», recorda. Mais de 625 mil estudantes e cerca de 22 500 professores em Gaza foram privados do acesso à educação e de um local seguro, devido à actual ofensiva israelita, afirmou a UNRWA. Num comunicado emitido a propósito do Dia Internacional da Educação, que ontem se assinalou, a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina) informou que todas as suas escolas no enclave palestiniano permanecem encerradas e que a maioria alberga pessoas deslocadas – que o organismo estima em mais de 1,2 milhões. Desde o início do massacre israelita à Faixa de Gaza, há mais de três meses, mais de 625 mil estudantes e 22 564 professores no território foram privados do acesso à educação e de um local seguro, alertou a UNRWA. Três em cada quatro edifícios escolares foram atingidos na Faixa de Gaza, bem como inúmeras instituições do ensino superior, destaca a agência das Nações Unidas, que se refere igualmente às dificuldades crescentes de acesso à educação na Margem Ocidental ocupada. De acordo com o documento, pelo menos 782 mil estudantes na Cisjordânia ocupada foram afectados por restrições de movimentos, aumento da violência e receio de ataques por parte dos colonos e das forças israelitas desde Outubro. Por seu lado, o Ministério palestiniano da Educação refere, via Wafa, que 4551 estudantes foram mortos e 8193 ficaram feridos no contexto da mais recente agressão israelita aos territórios palestinianos, a grande maioria dos quais na Faixa de Gaza. A tutela refere ainda que, no enclave costeiro, foram mortos 231 professores e administradores escolares, enquanto 756 ficaram feridos. Nesse mesmo período, desde 7 de Outubro, o ministério registou seis docentes palestinianos feridos e 71 detidos pelas forças de ocupação na Cisjordânia. Num outro comunicado, já emitido esta quinta-feira, a UNRWA afirma que os «ataques persistentes a espaços civis em Khan Younis [Sul da Faixa de Gaza] são totalmente inaceitáveis e devem parar imediatamente». A agência das Nações Unidas denuncia a situação de combate nas imediações dos hospitais e dos abrigos que acolhem os deslocados, com as pessoas presas lá dentro e as operações de salvamento impedidas. Bombardeamentos israelitas a um centro da UNRWA, onde estão abrigadas milhares de pessoas deslocadas, provocaram pelo menos 12 mortos e 75 feridos, confirmou o organismo, que ontem, pela voz do seu comissário-geral, Philippe Lazzarini, classificou o ataque como um «desrespeito flagrante pelas regras básicas da guerra». «O complexo é uma instalação da ONU claramente assinalada e as suas coordenadas foram partilhadas com as autoridades israelitas, tal como fazemos com todas as nossas instalações», sublinhou o responsável, de acordo com o qual pelo menos 30 mil pessoas se encontram no local. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Neste mesmo contexto, lembra que «hospitais, ambulâncias, escolas, centros de acolhimento de refugiados e jornalistas são directamente alvo de ataques militares israelitas» e que «centena e meia de funcionários das agências humanitárias da ONU foram mortos, o maior número em qualquer conflito». À sombra destes «terríveis acontecimentos em Gaza, os militares e colonos israelitas impõem, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, um reino de terror, com assassinatos, detenções em massa, deslocações forçadas e a destruição de equipamentos de saúde e outras infra-estruturas físicas», lê-se no texto, que afirma a urgência de que, em toda a Palestina, «a matança tem de ser travada, e travada já». Nesse sentido, acrescenta: «O cessar-fogo permanente e o livre acesso da ajuda humanitária são as exigências imediatas e inadiáveis. Têm de ser acompanhados pela reconstrução de Gaza e pelo fim do intolerável cerco que lhe é imposto há já 17 anos.» O MPPM entende que a «catástrofe do povo palestiniano é o resultado de acções intencionais» e que «o objectivo israelita é a sua expulsão de todo o território histórico da Palestina, completando assim a limpeza étnica dos palestinos que acompanhou a criação do Estado de Israel em 1948». A este propósito, o MPPM lembra as declarações, «com linguagem abertamente racista, de numerosos dirigentes israelitas». A título de exemplo, o «ministro da Agricultura gaba-se da "Nakba de Gaza"» e «o ministro do Património defende o uso de uma bomba nuclear em Gaza». Saudando o governo sul-africano pela decisão de instar o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) da Haia a pronunciar-se sobre a violação por Israel da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, de 1948, bem como as «medidas provisórias» decretadas pelo TIJ, o organismo solidário afirma que «Israel tem de ser obrigado a respeitar a legalidade internacional e responsabilizado pelos seus crimes». «Os crimes de Israel apenas são possíveis graças à impunidade de que goza, graças ao apoio incondicional que recebe, em primeiro lugar dos Estados Unidos da América, mas também do Reino Unido e das principais potências da União Europeia» (UE), declara o MPPM. A relatora especial da ONU para os territórios palestinianos ocupados, Francesca Albanese, disse esta quinta-feira que «as atrocidades por parte do Exército de Israel devem parar». Numa conferência de imprensa em Madrid, a relatora das Nações Unidas disse não ter perfil para obrigar a ONU a exercer maior pressão sobre a chamada comunidade internacional, mas «as atrocidades cometidas contra crianças, idosos, mulheres e civis em geral por parte do Exército de Israel devem cessar». «Sinto-me devastada perante o maior conflito que testemunhei na minha vida e é mais urgente que nunca abordá-lo na base dos crimes de guerra, da brutalidade injustificável do Exército israelita, disse Albanese. «Nada justifica o que Israel fez», frisou a relatora das Nações Unidas na cidade espanhola. «Israel fez uma série de coisas que são profundamente ilegais», declarou, sublinhando que a entidade sionista tem o dever de respeitar o direito internacional humanitário «para proteger as pessoas que não estão activamente envolvidas em combate, civis, prisioneiros de guerra, doentes e feridos». Pelo menos 80 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas como consequência dos bombardeamentos israelitas no enclave costeiro palestiniano nas últimas horas. A Faixa de Gaza, debaixo de fogo há 103 dias, foi alvo de ataques em diversos pontos do território na noite de ontem e madrugada de hoje. Fontes médicas revelaram que as equipas de protecção civil e as ambulâncias conseguiram recuperar 25 cadáveres e dezenas de pessoas feridas após os ataques aéreos israelitas contra o Bairro de Daraj, na Cidade de Gaza. Outras equipas conseguiram recuperar os corpos de sete vítimas de um ataque a Khan Younis, refere a agência Wafa. A artilharia israelita atacou os bairros de al-Manara e Batn al-Sameen, bem como o centro e sul de Khan Yunis, além do campo de refugiados de Jabalia, acrescentou a fonte, que dá conta de outros ataques, por toda a geografia do território, do Porto de Gaza, no Norte, a Rafah, no Sul, onde se concentram centenas de milhares de pessoas deslocadas, à espera de comida e ajuda humanitária. A agência alerta que um grande número de vítimas permanece sob os escombros dos edifícios e nas estradas, sem que as ambulâncias e as equipas de protecção civil lhes consigam aceder. O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirmou esta quinta-feira que o seu país jamais estará «entre os indiferentes perante o genocídio» do povo palestiniano por Israel. Na sua conta de Twitter (X), o chefe de Estado reafirmou «o firme apoio» da Ilha ao processo apresentado pela África do Sul no Tribunal de Internacional de Justiça, em Haia, contra Israel «pelos crimes e actos genocidas cometidos contra o povo palestiniano». À sua breve mensagem, o presidente cubano anexou a declaração emitida também esta quinta-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (Minrex) do país caribenho, de apoio a um processo jurídico que «deve ser entendido e atendido como um apelo urgente a travar os horríveis crimes internacionais de genocídio, contra a humanidade e apartheid» perpetrados pelo Estado sionista de Israel. No texto, a diplomacia cubana manifesta a sua «profunda preocupação com a contínua escalada de violência por parte de Israel nos territórios palestinianos ilegalmente ocupados, em flagrante violação da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional». Desde 7 de Outubro, devido aos bombardeamentos israelitas, mais de mil crianças palestinianas perderam uma ou as duas pernas, na Faixa de Gaza, revelou a organização Save the Children. Muitas destas amputações foram realizadas sem anestesia, uma vez que o sistema de saúde se encontra paralisado pelo conflito e existe uma enorme escassez de médicos e enfermeiros, bem como de material médico, como anestesia e antibióticos, alertou a organização não governamental em nota de imprensa ontem publicada. «Vi médicos e enfermeiros completamente esmagados quando as crianças chegam com ferimentos de explosões», disse Jason Lee, director da Save the Children para os territórios palestinianos ocupados. «O impacto de ver crianças com tantas dores e não ter equipamentos, medicamentos para as tratar ou aliviar a dor é demais mesmo para profissionais experientes», assinalou. Jason Lee disse que as crianças pequenas apanhadas em explosões são particularmente vulneráveis a lesões graves, que mudam as suas vidas para sempre. O Crescente Vermelho da Palestina instou a comunidade internacional e as organizações humanitárias a intervir para travar os ataques israelitas contra as suas instalações e o Hospital al-Amal. Em comunicado, o organismo instou o mundo a proteger o pessoal médico, os pacientes e os cerca de 14 mil deslocados que se encontram refugiados no centro hospitalar de al-Amal, na cidade de Khan Younis, no meio dos intensos bombardeamentos israelitas. O Crescente Vermelho disse que as forças de ocupação atacaram vários andares da sua sede nos últimos três dias, com o mais recente bombardeamento a ocorrer hoje, refere a agência Wafa. A este propósito, precisou que o ataque contra a sede provocou a morte de sete pessoas deslocadas, incluindo um bebé de cinco dias, e deixou feridas mais 11 pessoas. O Ministério palestiniano da Educação informou, esta terça-feira, que 4156 estudantes perderam a vida e 7818 ficaram feridos, em Gaza e na Cisjordânia, desde o início da mais recente agressão sionista. Um comunicado emitido ontem pela tutela palestiniana da Educação precisa que, desde 7 de Outubro, 4119 estudantes foram mortos e 7536 ficaram feridos, na Faixa de Gaza, como resultado da agressão israelita. Já na Margem Ocidental ocupada, perderam a vida 37 estudantes, 282 ficaram feridos e 85 foram detidos pelas forças israelitas no mesmo período. O Ministério referiu ainda que, no enclave costeiro, foram mortos 201 professores e administradores escolares, enquanto 703 ficaram feridos. No mesmo período, a tutela registou cinco docentes palestinianos feridos e 71 detidos pelas forças de ocupação na Cisjordânia. O documento, a que várias agências dão eco, destacou o facto de a ocupação ter bombardeado 343 escolas na Faixa de Gaza, incluindo 278 infra-estruturas de ensino governamentais e 65 da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina). Destas, sete foram completamente arrasadas e 83 sofreram danos de monta. Já na Margem Ocidental, as forças de ocupação invadiram e atacaram 38 escolas. De acordo com o Ministério palestiniano da Educação, os bombardeamentos israelitas afectaram 90% das escolas governamentais e infra-estruturas educativas na Faixa de Gaza, que nalguns casos foram atacadas directamente e noutros sofreram danos colaterais. O documento refere ainda que 133 escolas estão a ser utilizadas como centros de refúgio na Faixa de Gaza. Dezenas de civis palestinianos foram mortos ou ficaram feridos, na madrugada e manhã desta quarta-feira, na sequência de ataques israelitas no enclave costeiro, informa a agência Wafa. Os bombardeamentos foram particularmente intensos nas zonas Centro e Sul da Faixa de Gaza, refere a agência, que dá conta de ataques a Rafah e Khan Younis, bem como aos campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij. Entretanto, a escalada de tensão aumentou na Cisjordânia ocupada, na sequência do ataque israelita com drone a um subúrbio do Sul de Beirute, no Líbano, que provocou a morte a sete pessoas, incluindo Saleh al-Arouri, vice-presidente do Hamas. Em várias cidades da Margem Ocidental ocupada houve manifestações e confrontos com as forças israelitas, e, hoje, a região amanheceu em situação greve de geral, refere a Prensa Latina, depois de partidos, facções e governo palestinianos terem condenado o assassinato, entre afirmações de «reforço da determinação de resistir» e alertas para as consequências que «o acto terrorista» terá para a região. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Há cerca de duas semanas, o Crescente Vermelho denunciou também os ataques sistemáticos das tropas israelitas às suas ambulâncias e equipas de salvamento nos territórios ocupados. Em declarações à imprensa, o director do Departamento de Ambulâncias e Emergências do Crescente Vermelho palestiniano na Cisjordânia ocupada, Ahmed Jibril, alertou que essa estratégia não é nova, mas que se intensificou. Tendo como base fontes locais e hospitalares, a agência Wafa dá conta de intensos bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar contra o enclave costeiro, entre ontem à noite e esta manhã. Apesar de alguns ataques registados na Cidade de Gaza e arredores, a ofensiva israelita centrou-se sobretudo no Centro e no Sul do território, visando cidades como Khan Younis e Rafah (Sul), bem como al-Zawaida, Deir al-Balah e os campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij (Centro), que provocaram dezenas de mortos. No campo de al-Maghazi, denunciou o Crescente Vermelho, as forças israelitas atacaram a casa do director do Centro de Ambulâncias da Província Central, Anwar Abu Houli, provocando pelo menos dois mortos e cinco feridos, com várias pessoas ainda sob os escombros. Dados preliminares indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou mais de 22 400 mortos, incluindo 9730 menores e 6830 mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 57 600. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Têm o pescoço e o torso mais frágeis, pelo que é necessária menos força para causar uma lesão cerebral. Os seus crânios ainda não estão totalmente formados e os seus músculos subdesenvolvidos oferecem menos protecção, pelo que é mais provável que uma explosão destrua órgãos no seu abdómen, mesmo quando não há danos visíveis», referiu. «O sofrimento das crianças neste conflito é inimaginável e ainda mais porque é desnecessário e completamente evitável», disse Lee, sublinhando que «este sofrimento, o assassinato e a mutilação de crianças são condenados como uma violação grave». Neste sentido, defendeu que os seus perpetradores devem ser responsabilizados. «A menos que a comunidade internacional tome medidas para defender as suas responsabilidades ao abrigo do Direito Internacional Humanitário e para prevenir os crimes mais graves a nível internacional, a história irá e deverá julgar-nos a todos», afirmou. Dados preliminares ontem divulgados indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou pelo menos 22 835 mortos, 70% dos quais são menores e mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 58 300, refere a Wafa. De acordo com a agência estatal, os ataques israelitas ao enclave costeiro nas últimas horas provocaram pelo menos 73 mortos e cerca de 100 feridos, sobretudo nas regiões Centro e Sul do território. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Expressa ainda, mais uma vez, a condenação enérgica dos «assassinatos de civis, especialmente de mulheres, crianças e trabalhadores humanitários do sistema das Nações Unidas», bem como dos «bombardeamentos indiscriminados contra a população civil palestiniana» e da «destruição de casas, hospitais e infra-estruturas civis». «Israel continua a actuar com total impunidade porque conta com a protecção cúmplice dos Estados Unidos, que obstrui e veta de forma reiterada a acção do Conselho de Segurança, o que mina a paz, a segurança e a estabilidade no Médio Oriente e a nível mundial», destaca. O documento recorda igualmente que «a República de Cuba é Estado Parte, desde 1953, da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, e, em conformidade com os compromissos adquiridos nesse contexto, tem a obrigação de prevenir e punir o genocídio». A declaração do Minrex sublinha que, «apesar dos reiterados apelos à paz nos territórios ilegalmente ocupados, desde há 75 anos que a prática de um crime de genocídio tem vindo claramente a ganhar forma, que actualmente adquire proporções extremas». O actual contexto, afirma a diplomacia, «exige a acção conjunta dos povos e governos do mundo, para travar de imediato o extermínio indiscriminado de crianças, mulheres e população civil em geral». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Pelo sexto dia consecutivo, mantém-se o corte total dos serviços de telecomunicações e Internet na Faixa de Gaza, devido à agressão israelita em curso. Segundo refere a agência palestiniana, é a sétima vez que os serviços de comunicações são cortados por completo no enclave desde 7 de Outubro. Entretanto, já esta manhã, o Ministério palestiniano da Saúde revelou que, nas últimas 24 horas, foram mortas 163 pessoas e 350 ficaram feridas em Gaza. De acordo com a entidade, desde 7 de Outubro, como consequência da agressão israelita, foram mortas no território pelo menos 24 448 pessoas e ficaram feridas 61 504. Ontem, o Ministério palestiniano da Educação emitiu um comunicado, no qual informa que 4368 estudantes foram mortos e 8101 ficaram feridos desde o início dos mais recentes ataques israelitas, tanto na Faixa de Gaza como na Cisjordânia ocupada. A tutela referiu ainda que foram mortos 231 professores e administradores escolares, nesse período, enquanto 756 ficaram feridos e 71 foram detidos (na Margem Ocidental). O documento destaca o facto de a ocupação ter bombardeado ou vandalizado 346 escolas na Faixa de Gaza, incluindo 281 infra-estruturas de ensino governamentais e 65 da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina). Destas, sete foram completamente arrasadas e 83 sofreram danos de monta. Já na Margem Ocidental, as forças de ocupação invadiram e atacaram 42 escolas. Segundo refere a Wafa, quatro palestinianos foram mortos e vários outros ficaram feridos num ataque ao Bairro de al-Tammam, em Tulkarem (Norte da Cisjordânia ocupada). Desde 7 de Outubro, devido aos bombardeamentos israelitas, mais de mil crianças palestinianas perderam uma ou as duas pernas, na Faixa de Gaza, revelou a organização Save the Children. Muitas destas amputações foram realizadas sem anestesia, uma vez que o sistema de saúde se encontra paralisado pelo conflito e existe uma enorme escassez de médicos e enfermeiros, bem como de material médico, como anestesia e antibióticos, alertou a organização não governamental em nota de imprensa ontem publicada. «Vi médicos e enfermeiros completamente esmagados quando as crianças chegam com ferimentos de explosões», disse Jason Lee, director da Save the Children para os territórios palestinianos ocupados. «O impacto de ver crianças com tantas dores e não ter equipamentos, medicamentos para as tratar ou aliviar a dor é demais mesmo para profissionais experientes», assinalou. Jason Lee disse que as crianças pequenas apanhadas em explosões são particularmente vulneráveis a lesões graves, que mudam as suas vidas para sempre. O Crescente Vermelho da Palestina instou a comunidade internacional e as organizações humanitárias a intervir para travar os ataques israelitas contra as suas instalações e o Hospital al-Amal. Em comunicado, o organismo instou o mundo a proteger o pessoal médico, os pacientes e os cerca de 14 mil deslocados que se encontram refugiados no centro hospitalar de al-Amal, na cidade de Khan Younis, no meio dos intensos bombardeamentos israelitas. O Crescente Vermelho disse que as forças de ocupação atacaram vários andares da sua sede nos últimos três dias, com o mais recente bombardeamento a ocorrer hoje, refere a agência Wafa. A este propósito, precisou que o ataque contra a sede provocou a morte de sete pessoas deslocadas, incluindo um bebé de cinco dias, e deixou feridas mais 11 pessoas. O Ministério palestiniano da Educação informou, esta terça-feira, que 4156 estudantes perderam a vida e 7818 ficaram feridos, em Gaza e na Cisjordânia, desde o início da mais recente agressão sionista. Um comunicado emitido ontem pela tutela palestiniana da Educação precisa que, desde 7 de Outubro, 4119 estudantes foram mortos e 7536 ficaram feridos, na Faixa de Gaza, como resultado da agressão israelita. Já na Margem Ocidental ocupada, perderam a vida 37 estudantes, 282 ficaram feridos e 85 foram detidos pelas forças israelitas no mesmo período. O Ministério referiu ainda que, no enclave costeiro, foram mortos 201 professores e administradores escolares, enquanto 703 ficaram feridos. No mesmo período, a tutela registou cinco docentes palestinianos feridos e 71 detidos pelas forças de ocupação na Cisjordânia. O documento, a que várias agências dão eco, destacou o facto de a ocupação ter bombardeado 343 escolas na Faixa de Gaza, incluindo 278 infra-estruturas de ensino governamentais e 65 da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina). Destas, sete foram completamente arrasadas e 83 sofreram danos de monta. Já na Margem Ocidental, as forças de ocupação invadiram e atacaram 38 escolas. De acordo com o Ministério palestiniano da Educação, os bombardeamentos israelitas afectaram 90% das escolas governamentais e infra-estruturas educativas na Faixa de Gaza, que nalguns casos foram atacadas directamente e noutros sofreram danos colaterais. O documento refere ainda que 133 escolas estão a ser utilizadas como centros de refúgio na Faixa de Gaza. Dezenas de civis palestinianos foram mortos ou ficaram feridos, na madrugada e manhã desta quarta-feira, na sequência de ataques israelitas no enclave costeiro, informa a agência Wafa. Os bombardeamentos foram particularmente intensos nas zonas Centro e Sul da Faixa de Gaza, refere a agência, que dá conta de ataques a Rafah e Khan Younis, bem como aos campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij. Entretanto, a escalada de tensão aumentou na Cisjordânia ocupada, na sequência do ataque israelita com drone a um subúrbio do Sul de Beirute, no Líbano, que provocou a morte a sete pessoas, incluindo Saleh al-Arouri, vice-presidente do Hamas. Em várias cidades da Margem Ocidental ocupada houve manifestações e confrontos com as forças israelitas, e, hoje, a região amanheceu em situação greve de geral, refere a Prensa Latina, depois de partidos, facções e governo palestinianos terem condenado o assassinato, entre afirmações de «reforço da determinação de resistir» e alertas para as consequências que «o acto terrorista» terá para a região. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Há cerca de duas semanas, o Crescente Vermelho denunciou também os ataques sistemáticos das tropas israelitas às suas ambulâncias e equipas de salvamento nos territórios ocupados. Em declarações à imprensa, o director do Departamento de Ambulâncias e Emergências do Crescente Vermelho palestiniano na Cisjordânia ocupada, Ahmed Jibril, alertou que essa estratégia não é nova, mas que se intensificou. Tendo como base fontes locais e hospitalares, a agência Wafa dá conta de intensos bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar contra o enclave costeiro, entre ontem à noite e esta manhã. Apesar de alguns ataques registados na Cidade de Gaza e arredores, a ofensiva israelita centrou-se sobretudo no Centro e no Sul do território, visando cidades como Khan Younis e Rafah (Sul), bem como al-Zawaida, Deir al-Balah e os campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij (Centro), que provocaram dezenas de mortos. No campo de al-Maghazi, denunciou o Crescente Vermelho, as forças israelitas atacaram a casa do director do Centro de Ambulâncias da Província Central, Anwar Abu Houli, provocando pelo menos dois mortos e cinco feridos, com várias pessoas ainda sob os escombros. Dados preliminares indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou mais de 22 400 mortos, incluindo 9730 menores e 6830 mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 57 600. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Têm o pescoço e o torso mais frágeis, pelo que é necessária menos força para causar uma lesão cerebral. Os seus crânios ainda não estão totalmente formados e os seus músculos subdesenvolvidos oferecem menos protecção, pelo que é mais provável que uma explosão destrua órgãos no seu abdómen, mesmo quando não há danos visíveis», referiu. «O sofrimento das crianças neste conflito é inimaginável e ainda mais porque é desnecessário e completamente evitável», disse Lee, sublinhando que «este sofrimento, o assassinato e a mutilação de crianças são condenados como uma violação grave». Neste sentido, defendeu que os seus perpetradores devem ser responsabilizados. «A menos que a comunidade internacional tome medidas para defender as suas responsabilidades ao abrigo do Direito Internacional Humanitário e para prevenir os crimes mais graves a nível internacional, a história irá e deverá julgar-nos a todos», afirmou. Dados preliminares ontem divulgados indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou pelo menos 22 835 mortos, 70% dos quais são menores e mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 58 300, refere a Wafa. De acordo com a agência estatal, os ataques israelitas ao enclave costeiro nas últimas horas provocaram pelo menos 73 mortos e cerca de 100 feridos, sobretudo nas regiões Centro e Sul do território. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O Crescente Vermelho palestiniano confirmou que recuperou os corpos das quatro vítimas mortais do ataque israelita, que se inseriu numa operação de grande envergadura, desde as 4h30 da madrugada, contra a cidade de Tulkarem e o seu campo de refugiados. Durante a operação, refere a Wafa, soldados israelitas vandalizaram e destruíram propriedades e infra-estruturas de palestinianos, e registaram-se intensos confrontos entre os residentes e as forças de ocupação. Também esta madrugada, indica a Al Jazeera, outros três palestinianos foram mortos pelas forças sionistas no campo de refugiados de Balata, em Nablus, no meio de um intenso dispositivo, que incluía mais de 30 viaturas militares. Nos raides desta madrugada, pelo menos 85 palestinianos foram detidos, indica a mesma fonte. Entre estes, encontram-se 40 trabalhadores oriundos de Gaza a trabalhar na Cisjordânia ocupada. Com estas detenções, que tiveram lugar em Ramallah, Qalqilya, al-Khalil (Hebron), Jerusalém, Tulkarem, Jericó e Belém, sobe para quase 6000 o número de palestinianos presos na Margem Ocidental ocupada desde 7 de Outubro. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Em vez disso, o que aconteceu foram mais de 100 dias de bombardeamentos implacáveis – utilizando 6000 bombas por semana nas primeiras duas semanas, bombas de 1000 quilos, em zonas densamente povoadas», disse, citada pela PressTV. «A maior parte dos hospitais tornou-se disfuncional. Um bom número deles, os principais, foram fechados, bombardeados ou tomados pelo Exército», acrescentou Albanese, alertando que «as pessoas estão a morrer agora não apenas por causa das bombas, mas também porque não existem infra-estruturas de saúde suficientes para curar as suas feridas». «É chocante o número de crianças que são amputadas todos os dias, um ou dois membros. Durante os primeiros dois meses desta [guerra], 1000 crianças foram amputadas sem anestesia. É uma monstruosidade», denunciou. A relatora independente chamou ainda a atenção para as condições infra-humanas em que vive a população deslocada no enclave palestiniano, para a fome, a sede, o frio, os cortes de electricidade que têm de enfrentar, além das humilhações próprias das práticas israelitas de colonização. Defendeu que a maior parte dos países ocidentais não assume a responsabilidade de proteger Gaza, limitando-se a equiparar a agressão israelita aos ataques da resistência palestiniana, num contexto em que os ataques israelitas mataram pelo menos 24 620 pessoas (incluindo mais de uma centena de jornalistas) e deixaram feridas pelo menos 61 830, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério palestiniano da Saúde. Neste sentido, ao intervir na sede do Parlamento Europeu em Madrid, Albanese criticou a passividade da Europa e admitiu que «a realidade política será muito difícil de mudar» se os países com capacidade de pressionar Israel (especialmente os Estados Unidos) não derem um passo para exercer maior pressão. Também dirigiu críticas ao Egipto, de onde chegam informações bastante preocupantes, como a cobrança de milhares de dólares a alguns palestinianos que tentam atravessar a fronteira. Em seguida, indica a Prensa Latina, Albanese participou numa iniciativa com Manu Pineda, deputado comunista espanhol que preside à Delegação para as Relações com a Palestina no Parlamento Europeu. Com o lema «Palestina, o direito a existir», a iniciativa contou também com as intervenções da ministra espanhola da Juventude e Infância, Sira Rego, e da directora do diário espanhol Público, Virginia Pérez Alonso. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Tal apoio, denuncia, ficou patente de «forma chocante durante estas semanas de violência genocida» nos sistemáticos vetos dos EUA à mera exigência pelo Conselho de Segurança da ONU de um cessar-fogo humanitário; nas proibições e perseguições em múltiplos países da UE à expressão de solidariedade com o povo e a causa palestiniana; no apoio militar dos EUA e seus aliados a Israel; nas declarações dos EUA e de grandes potências europeias contra a iniciativa da África do Sul junto do TIJ; na persistente recusa em tomar medidas efectivas para travar os crimes de Israel; no fazer de contas que não se ouvem as declarações abertamente racistas e genocidas do governo fascizante de Israel. «E patente também na criminosa decisão de vários países de cortar o financiamento à UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos que assegura parte importante do trabalho humanitário no terreno e da qual depende hoje quase toda a população de Gaza», sublinha o texto. «Este ataque à UNRWA, para mais no contexto de catástrofe que se vive nos territórios palestinianos ocupados, é não apenas um novo castigo colectivo sobre todo um povo, como é um acto de aberta cumplicidade com o genocídio e a tentativa de limpeza étnica que Israel está a levar a cabo, por parte dos EUA, Alemanha, Itália, Reino Unido, Holanda, Finlândia e outros países que anunciaram a cessação do financiamento», acrescenta. «Não estamos perante impotência, mas perante cumplicidade», aponta o MPPM, sublinhando como «é chocante, e revelador, o contraste com a vaga de sanções, bloqueios, pressões que estas mesmas potências aplicaram e aplicam de forma generalizada noutros contextos». No documento, declara-se a necessidade de «travar a escalada de guerra e impedir que a catástrofe do povo palestiniano se estenda a todo o Médio Oriente», pondo fim aos sistemáticos bombardeamentos e à presença ilegal de tropas de ocupação na Síria, Líbano, Iraque e outros países da região, e travando a lógica de confrontação em curso com o Irão. A propósito das operações militares ilegais, desencadeadas por EUA e Reino Unido, com bombardeamentos sobre o Iémen, «cujo povo já sofreu os efeitos devastadores de uma guerra de muitos anos, conduzida com o apoio dessas mesmas potências», o texto sublinha que a operação naval no Mar Vermelho não apenas é incapaz de alcançar os objectivos proclamados, como ilude a questão de fundo: a de que os ataques a navios no Mar Vermelho são consequência directa da chacina israelita em Gaza e da conivência com essa chacina. Reafirmando a necessidade de um cessar-fogo permanente, do fim do cerco a Gaza e do início da sua reconstrução, o MPPM sublinha que «a catástrofe que se abateu sobre o povo palestiniano desde Outubro de 2023 vem na sequência da catástrofe que esse povo vive desde 1948». «Se há algo que fica provado pelos acontecimentos destes meses, é que não haverá paz no Médio Oriente sem o reconhecimento dos legítimos e inalienáveis direito do povo palestiniano a ter um Estado soberano e independente em território da Palestina», afirma, sendo para tal necessário dar andamento a um real processo político que respeite os direitos nacionais do povo palestiniano. «O genocídio que está a ser cometido por Israel contra o povo palestiniano e os riscos de guerra generalizada no Médio Oriente exigem que nada fique igual a partir de agora», declara o documento, defendendo que «todos os governos, todos os países, têm de assumir as consequências dos factos que vivemos» – não apenas em termos das suas relações com Israel, mas de forma mais geral. As forças israelitas mataram 112 jornalistas e trabalhadores da imprensa palestinianos nos primeiros 100 dias da agressão à Faixa de Gaza, revelou este domingo fonte sindical. Em comunicado, o Sindicato dos Jornalistas Palestinianos afirmou que as forças de ocupação israelitas continuam a atacar jornalistas palestinianos com a intenção de os matar. De acordo com o comité de liberdades da organização, a mais recente vítima foi o fotógrafo e operador de câmara Yazan al-Zuweidi, que trabalhava para o canal egípcio Al-Ghad e foi morto, este domingo, pela ocupação israelita no enclave costeiro. O organismo afirma que o assassinato de jornalistas por parte das forças militares de ocupação é parte das suas «tentativas de destruir a verdade do genocídio cometido contra o povo palestiniano em geral, particularmente na Faixa de Gaza», revela a Wafa. Destaca, além disso, os elevados riscos que os trabalhadores do sector correm, as condições extremamente complexas e difíceis em que vivem, bem como o facto de as suas famílias não serem poupadas. Neste contexto, alertou para as tentativas de Israel de «falsificar e fabricar acusações contra eles», de modo a justificar os seus assassinatos e a colocar entraves a qualquer processo judicial futuro, a nível internacional, que «responsabilize Israel por estes crimes». Os ataques israelitas das últimas horas contra o enclave costeiro palestiniano provocaram dezenas de mortos entre a população civil, revela a Wafa com base em fontes médicas e da imprensa. Os bombardeamentos tiveram impacto nas zonas Norte, Centro e Sul do território, com particular incidência em Khan Younis e, na região central, em Deir al-Balah e nos campos de refugiados de al-Bureij, al-Maghazi e Nuseirat, indica a Al Jazeera. Esta última fonte dá eco ao mais recente relatório do Ministério da Saúde, de acordo com o qual pelo menos 132 pessoas foram mortas e 252 ficaram feridas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, como consequência dos ataques. Dados preliminaries apontam para 24 100 mortos e 60 834 feridos desde 7 de Outubro, no contexto da mais recente agressão israelita contra o território palestiniano. Segundo revelou este domingo o Clube dos Prisioneiros Palestinianos, o Exército e a Polícia israelitas prenderam 5875 palestinianos na Margem Ocidental ocupada desde 7 de Outubro último. O Conselho para as Relações Americano-Islâmicas, nos EUA, e a organização israelita de defesa dos direitos humanos B’Tselem acusam Israel de assumir uma «política declarada» de fome na Faixa de Gaza. Nihad Awad, director executivo nacional do Conselho para as Relações Americano-Islâmicas (CAIR, na sigla em inglês), afirmou esta segunda-feira, em comunicado, que as «imagens chocantes» de mulheres e crianças famintas «vão ficar para sempre como uma mancha na história da Humanidade». «É inadmissível que a administração de Biden continue a apoiar a política declarada do governo israelita de extrema-direita de matar à fome toda a população de Gaza, uma táctica horrível que é uma clara violação do direito internacional», disse Awad, citado pela PressTV. Por seu lado, o Centro de Informação Israelita para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados – B’Tselem alertou, num relatório publicado esta segunda-feira, que «Israel está a matar Gaza à fome». «Todos em Gaza estão a passar fome. Cerca de 2,2 milhões de pessoas sobrevivem diariamente com quase nada, e privam-se regularmente de refeições», lê-se no texto divulgado no portal da organização. O Ministério da Saúde na Faixa de Gaza alerta para a situação dos deslocados, incluindo 50 mil mulheres grávidas que sofrem de má-nutrição. O massacre israelita provocou 22 mil mortos, revela a entidade. Numa nota divulgada esta segunda-feira, a pasta da Saúde na Faixa de Gaza informou que o número de mortos nos ataques perpetrados pelas forças israelitas desde 7 de Outubro tinha subido para 21 978 e o número de feridos chegara a 57 697. A mesma fonte refere que 70% das vítimas são crianças e mulheres e que, como consequência dos ataques sionistas durante esse período, cerca de 7000 pessoas estão debaixo dos escombros ou desaparecidas. Nas últimas 24 horas, pelo menos 241 pessoas foram mortas no enclave, reportou o Ministério palestiniano da Saúde. A ONU manifestou preocupação com os «bombardeamentos continuados» israelitas. Seif Magango, representante do Gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos, expressou preocupação com a continuação dos bombardeamentos, pelas forças israelitas, nas regiões Centro e Sul da Faixa de Gaza. Magango afirmou em nota, ontem, que era «alarmante que o intenso bombardeamento» ocorresse após as forças israelitas terem ordenado «aos residentes do Sul de Wadi Gaza que se mudassem para o Sul de Gaza e Tal al-Sultan, em Rafah». O ministro sírio dos Negócios Estrangeiros disse esta quarta-feira que os acontecimentos recentes na região mostram a «hipocrisia» dos governos ocidentais e as suas «falsas alegações» de democracia e liberdade. «A luz verde que estes governos deram a Israel para que prossiga a sua brutal guerra contra os palestinianos em Gaza desmascarou-os junto dos seus povos e mostrou a falsidade das suas afirmações sobre o respeito dos direitos humanos», declarou Faisal Mekdad, depois de receber o seu homólogo da autoproclamada República da Abecásia, Inal Batovich Ardzinba. Mekdad condenou o uso do veto por parte dos Estados Unidos contra uma resolução do Conselho de Segurança que exigia o fim dos massacres perpetrados pelo regime sionista de Telavive contra a população civil palestiniana. O chefe da diplomacia síria reafirmou a condenação destes massacres na Faixa de Gaza e apelou ao reforço da acção internacional conjunta para «acabar com estes crimes sem precedentes», indica a Prensa Latina. Unidades da defesa anti-aérea do Exército sírio entraram em acção ontem ao fim da noite, para repelir um novo ataque com mísseis israelita contra vários pontos a sudeste de Damasco. Uma nota de imprensa do Ministério sírio da Defesa, divulgada pela agência Sana, refere que a aviação inimiga lançou a partir dos Montes Golã ocupados, pelas 23h05 (hora local), um ataque contra diversos pontos nos arredores de Damasco. Afirmando que vários mísseis foram interceptados, a fonte militar reconheceu que o impacto de alguns projécteis provocou danos materiais. Fontes castrenses consultadas pelos correspondentes da Prensa Latina precisaram que dois pontos conjuntos do Exército Árabe Sírio e do seu aliado Hezbollah foram atacados na localidade de Sayeda Zeinab, havendo a registar também danos materiais em casas. O representante da Síria junto das Nações Unidas reafirmou, esta terça-feira, o pedido feito na véspera pelo seu governo, a propósito de mais um ataque israelita contra o Aeroporto Internacional de Damasco. A Síria denunciou as repetidas agressões israelitas contra o Aeroporto Internacional de Damasco e pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) que tome medidas imediatas para acabar com estas «flagrantes violações do direito internacional». Este posicionamento, refere a agência Sana, foi expresso ontem pelo encarregado de negócios em funções na delegação permanente do país árabe junto das Nações Unidas, al-Hakam Dandi, durante uma sessão do CSNU dedicada à situação no Médio Oriente. Na véspera, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros já se tinha dirigido às Nações Unidas e ao seu Conselho de Segurança, por meio de missivas, nas quais exigia a ambos os organismos que assumissem as suas responsabilidades e agissem de modo a travar os repetidos ataques israelitas contra aeroportos civis sírios, considerando que essas agressões representam uma «ameaça à paz e à segurança na região e no mundo». Quatro soldados mortos e outros tantos feridos é o saldo preliminar de um ataque com mísseis perpetrado, esta madrugada, a partir dos Montes Golã ocupados contra as imediações da capital síria. Num comunicado, o Ministério sírio da Defesa afirma que os projécteis foram disparados da direcção dos Montes Golã ocupados por volta das 2h20 desta segunda-feira, tendo como alvo vários pontos nas imediações de Damasco. Na mesma nota, divulgada pela Sana, afirma-se que os meios de defesa aérea foram accionados e interceptaram alguns dos mísseis, enquanto o impacto de outros provocou danos materiais, além das vítimas referidas. Órgãos de comunicação sírios referidos pela TeleSur deram conta de «violentas explosões» nos arredores da capital, enquanto as defesas aéreas tentavam travar o ataque. De acordo com a fonte, o ataque desta madrugada é o vigésimo perpetrado por Israel contra a Síria no corrente ano. Já o portal The Cradle refere 21 ataques, enquanto a Prensa Latina contabiliza 17 agressões militares israelitas contra território sírio ao longo de 2023. Um ataque israelita com mísseis foi perpetrado, esta madrugada, contra vários locais nas imediações de Damasco, provocando danos materiais e deixando dois militares feridos, informou o Ministério da Defesa. «Por volta da 1h20 desta quinta-feira, 30 de Março, o inimigo israelita levou a cabo uma agressão aérea com mísseis disparados a partir dos Montes Golã sírios ocupados contra alguns pontos nas imediações da cidade de Damasco», informou o Ministério sírio da Defesa. Na nota de imprensa divulgada pela Sana, acrescenta que as unidades de defesa aérea interceptaram alguns mísseis e que o impacto dos restantes teve como resultado dois militares feridos e alguns danos materiais. Trata-se do quarto ataque militar perpetrado por Israel contra território sírio desde que o país árabe foi atingido pelo devastador terremoto de 6 de Fevereiro, que provocou mais de 6000 mortos e deixou 414 mil pessoas (registadas) sem casa. Há uma semana, um ataque israelita com mísseis teve como alvo o Aeroporto Internacional de Alepo, deixando-o inoperacional. O mesmo já havia ocorrido a 7 de Março, com aviões de combate israelitas a bombardearem o aeroporto e a danificarem as pistas de aterragem. Para a diplomacia síria, o «crime» é duplo, já que tomou como alvo um aeroporto civil e, além disso, uma das principais vias de entrega de ajuda humanitária após o terremoto de 6 de Fevereiro. Na madrugada de terça-feira, aviões de combate israelitas bombardearam as pistas de aterragem do Aeroporto Internacional de Alepo, tornando-o inoperacional devido aos danos materiais. Condenando o ataque, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria afirma em comunicado que a agressão «reflecte as formas mais feias da barbárie e da desumanidade do regime de Telavive», e é «mais um exemplo das suas violações mais atrozes e flagrantes do direito internacional humanitário». Para a diplomacia de Damasco, o bombardeamento do aeroporto de Alepo constitui um crime duplo, na medida em que, por um lado, atingiu um aeroporto civil e, por outro, atacou uma das principais vias de entrega de ajuda humanitária às vítimas dos terremotos que atingiram a Síria desde 6 de Fevereiro. O Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros condenou o ataque israelita deste domingo contra Damasco, que provocou a morte a pelo menos cinco pessoas, e pediu «acção internacional urgente». «Num momento em que a Síria tentava sanar as suas feridas, enterrava os mortos e recebia condolências, apoio e ajuda internacional devido ao terremoto devastador, Israel atacou esta madrugada bairros residenciais em Damasco, provocando, num primeiro balanço, a morte de cinco pessoas, deixando outras 15 feridas e destruindo vários edifícios», afirmou o Ministério numa nota emitida este domingo. O documento, citado pela agência Sana, denuncia que tal acção «faz parte dos ataques sistemáticos israelitas contra alvos civis sírios, incluindo casas, centros de serviços, aeroportos e portos, intimidando os sírios, que ainda estão a sofrer os efeitos catastróficos do terremoto». Na sequência de um novo ataque contra o Aeroporto de Damasco, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros pediu às Nações Unidas que condenem e responsabilizem Telavive pelas suas agressões. A mensagem da Síria foi expressa em duas missivas idênticas enviadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ao Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao presidente do Conselho de Segurança do organismo. O ataque com mísseis levado a cabo esta segunda-feira contra o Aeroporto Internacional de Damasco faz parte de um historial de Israel «repleto de agressões e violações do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas», lê-se no texto das missivas, divulgado pela agência Sana. O Ministério pede aos destinatários que «condenem estes crimes» e «tomem medidas urgentes para garantir que Israel presta contas» por eles, bem como para impedir a sua repetição. As baterias de defesa anti-aérea repeliram a maioria dos mísseis israelitas disparados, esta madrugada, contra diversos pontos nas imediações da capital síria. De acordo com uma nota do Ministério da Defesa do país levantino, os mísseis foram disparados a partir dos territórios palestinianos ocupados em 1948, por volta das 0h30 (hora local). A mesma fonte, citada pela agência Sana, acrescentou que a maior parte dos mísseis foi derrubada. Ainda assim, alguns provocaram danos materiais limitados nos arredores de Damasco. Não há registo de vítimas. Só este ano, as forças militares de Telavive levaram a cabo mais de duas dezenas e meia de ataques contra território sírio – três dos quais desde sexta-feira passada. Na segunda-feira, uma rara agressão de dia deixou um soldado sírio ferido e provocou danos materiais nos subúrbios de Damasco . Fontes militares sírias revelaram que o sistema de defesa fez frente, esta segunda-feira, ao segundo ataque israelita em três dias contra território sírio. Pelo menos um soldado ficou ferido. A agência Sana, citando uma fonte militar, informa que vários mísseis foram disparados, cerca das 14h (locais), a partir do Norte dos territórios palestinianos ocupados, tendo como alvo os subúrbios de Damasco. As baterias anti-aéreas destruíram a maior parte dos projécteis, de acordo com a fonte, precisando que a agressão militar deixou um soldado sírio ferido e provocou danos materiais. Referindo-se a este raro ataque israelita durante o dia, diversas fontes com correspondentes no local e a TV síria deram conta de várias explosões nos céus de Damasco. O canal de notícias estatal em língua árabe al-Ikhbariyah reportou a existência de duas grandes explosões, tendo referido que os mísseis israelitas visavam posições do Exército Árabe Sírio nos arredores da capital. Na sexta-feira à noite, quatro caças israelitas F-16 levaram a cabo um ataque, a partir dos territórios da Palestina ocupados em 1948, com mísseis de cruzeiro e bombas aéreas guiadas contra o Aeroporto Internacional de Damasco e o aeroporto de Dimas, nas imediações da capital. No passado dia 17 de Setembro, pouco depois da meia-noite, um outro ataque israelita contra o Aeroporto de Damasco provocou a morte a cinco soldados sírios. Na sequência do segundo ataque israelita contra o Aeroporto Internacional de Alepo em menos de uma semana, o governo sírio reafirmou que Israel deve prestar contas pelos «crimes de guerra» que comete. O ataque com mísseis, a partir do Mediterrâneo, na terça-feira à noite atingiu a pista de aterragem do aeroporto de Alepo, no Noroeste da Síria, deixando a infra-estratura inoperacional. Trata-se do segundo ataque com mísseis, perpetrado pelas forças militares israelitas, no espaço de uma semana contra o aeroporto referido, tendo ambos provocado danos materiais, segundo informou o Ministério sírio da Defesa. «Os repetidos ataques israelitas, particularmente o ataque sistemático e deliberado a alvos civis na Síria, o último dos quais visou, ontem, o Aeroporto Internacional de Alepo, constituem um crime de agressão e um crime de guerra, de acordo com o direito internacional, e Israel deve ser responsabilizado por isso», afirmou, esta quarta-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros, citado pela SANA. «O regime de ocupação israelita está novamente a ameaçar a paz e a segurança na região, pondo em perigo e intimidando civis, e ameaçando a segurança da aviação civil na Síria e na região», acrescentou o Ministério. Com pouco tempo de diferença, o Exército israelita levou a cabo duas agressões com mísseis contra o Aeroporto Internacional de Alepo e zonas próximas ao da capital síria, Damasco. «Cerca das 20h [hora local], o inimigo israelita perpetrou uma agressão com mísseis contra o Aeroporto Internacional de Alepo, provocando danos materiais nas instalações», informou em nota o Ministério sírio da Defesa. Uma hora mais tarde – 21h18 –, teve lugar outra acção militar israelita hostil contra território sírio. De acordo com as fontes militares citadas pela SANA, os mísseis foram disparados a partir do Norte da Cisjordânia ocupada e, apesar de alguns terem sido derrubados, outros atingiram áreas próximas ao Aeroporto Internacional de Damasco, provocando danos materiais. Segundo revela a agência Prensa Latina, fontes bem informadas revelaram que o primeiro ataque procurou impedir a aterragem de um avião iraniano no Norte do país e, quando a aeronave mudou a rota para Damasco, Israel atacou posições nas imediações do aeroporto damasceno. Só este ano, o «inimigo israelita» levou a cabo mais de duas dezenas de agressões contra território sírio, algumas das quais contra infra-estruturas civis, como um centro de investigação científica em Masyaf (província de Hama), o porto comercial de Latakia (o maior do país, que sofreu danos de monta na sequência de um ataque a 27 de Dezembro de 2021) e o Aeroporto Internacional de Damasco. A província de Tartus foi alvo de um ataque com mísseis, este sábado, disparados por aviões israelitas sobre o Mediterrâneo, a oeste da cidade libanesa de Trípoli, informou o Ministério sírio da Defesa. A agressão, precisa um comunicado divulgado pela agência SANA, foi perpetrada cerca das 6h30 (hora local), tendo atingido várias quintas avícolas nas proximidades da localidade de Hamidiyah. A nota esclarece que os mísseis foram disparados a partir de aviões sobre o Mar Mediterrâneo, frente à costa da cidade libanesa de Trípoli, tendo provocado pelo menos dois feridos civis e vários danos materiais. Desde o início do ano, as forças militares israelitas levaram a cabo dezena e meia de acções contra alvos em território sírio. O mais recente, perpetrado a 10 de Junho a partir dos Montes Golã ocupados, provocou danos consideráveis no Aeroporto Internacional de Damasco, nomeadamente nas pistas de aterragem, sistemas de controlo, salas de recepção e hangares. A infra-estrutura, essencial para o país árabe, esteve quase inoperacional durante 13 dias, só voltando a funcional depois de extensas obras de reparação. Israel, com quem a Síria permanece oficialmente em guerra, intensificou os ataques contra o país vizinho desde o início da guerra de agressão, em 2011. O governo sírio tem condenado estas acções, que encara como forma de desestabilizar o país e de apoiar o terrorismo (também económico), e tem denunciado o silêncio das Nações Unidas, sublinhando o seu direito a defender a integridade territorial e soberania nacional face ao «inimigo israelita» por todos os meios. Em Maio último, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros exortou o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente do Conselho de Segurança da ONU a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio. Em cartas enviadas a ambos, o governo sírio instou-os a exigir a Israel que cumpra as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que, de forma imediata e incondicional, deixe de ameaçar a paz e a segurança regional e internacional. Uma posição inequívoca de condenação, acrescentou o Ministério, deve estar «longe de considerações e cálculos politizados que contradizem as claras posições políticas e legais das Nações Unidas e dos seus órgãos no que respeita à questão da ocupação israelita dos territórios sírios». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O ataque perpetrado pelas forças militares israelitas a partir dos Montes Golã ocupados, a 10 de Junho último, provocou danos consideráveis ao aeroporto damasceno, nomeadamente nas pistas de aterragem, sistemas de controlo, salas de recepção e hangares. A infra-estrutura, essencial para o país árabe, esteve quase inoperacional durante 13 dias, só voltando a funcionar depois de extensas obras de reparação. Em Maio último, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros exortou o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente do Conselho de Segurança da ONU a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio. Em cartas enviadas a ambos, no sábado passado, o governo sírio reiterou esse apelo, lembrando que «as agressões israelitas constituem uma violação repetida e deliberada da soberania de um Estado-membro das Nações Unidas», bem como «uma ameaça directa à paz e à segurança regional e internacional». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Neste sentido, reafirmou que o país árabe irá exercer o seu direito legítimo a defender os seus territórios através de todos os meios ao seu alcance, bem como a garantir que as autoridades israelitas serão responsabilizadas pelos seus crimes. Na terça-feira, a agência SANA informou que o ataque teve lugar às 20h16 e que alguns dos mísseis foram interceptados pela defesa anti-aérea, sem dar conta de vítimas mortais ou feridos. O Ministério sírio dos Transportes anunciou então que todos os voos com destino à maior cidade do Norte da Síria seriam reencaminhados para Damasco. No passado dia 31 de Agosto, à noite, a infra-estrutura já tinha sido alvo de um ataque com mísseis por parte de Israel, que danificou a pista de aterragem e o sistema de navegação. Pouco mais de uma hora depois, as imediações do Aeroporto Internacional de Damasco também foram atacadas. Só este ano, o «inimigo israelita» levou a cabo mais de duas dezenas de agressões contra território sírio, algumas das quais contra infra-estruturas civis, como um centro de investigação científica em Masyaf (província de Hama), o porto comercial de Latakia (o maior do país, que sofreu danos de monta no final do ano passado, na sequência de um ataque a 27 de Dezembro de 2021) e o Aeroporto Internacional de Damasco (atacado a 10 de Junho último e que ficou inoperacional durante 13 dias). Em missivas enviadas ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, as autoridades sírias têm exortado ambos a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. No final de Agosto e no início de Setembro, aviões israelitas atacaram duas vezes o aeroporto de Alepo e também o de Damasco, acções que o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros classificou como «um crime de agressão e um crime de guerra», tendo exigido que Israel fosse «responsabilizado por isso». «O regime de ocupação israelita está novamente a ameaçar a paz e a segurança na região», alertou, notando que «põe em perigo e intimida civis». Só este ano, o «inimigo israelita» levou a cabo mais de duas dezenas e meia de agressões contra território sírio, algumas das quais contra infra-estruturas civis. Exemplo disso são um centro de investigação científica em Masyaf (província de Hama), o porto comercial de Latakia (o maior do país, que sofreu danos de monta, na sequência de um ataque a 27 de Dezembro de 2021) e o Aeroporto Internacional de Damasco (atacado a 10 de Junho último e que ficou inoperacional durante 13 dias). Em missivas enviadas ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, as autoridades sírias têm exortado ambos a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. No dia 21 à noite, quatro caças israelitas F-16 levaram a cabo um ataque, a partir dos territórios da Palestina ocupados em 1948, com mísseis de cruzeiro e bombas aéreas guiadas contra o Aeroporto Internacional de Damasco e o aeroporto de Dimas, também nas imediações da capital, provocando danos materiais. As autoridades sírias instaram o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente do Conselho de Segurança da ONU a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território nacional, considerando que «o regime de ocupação israelita está novamente a ameaçar a paz e a segurança na região». Num comunicado recente, subsequente ao ataque de segunda-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros fez um apelo à criação de uma nova ordem mundial, que respeite mais a Carta das Nações Unidas e que ponha fim, de facto, «às medidas arbitrárias e práticas criminosas do regime israelita nos territórios árabes ocupados». «Infelizmente, a falta de adesão dos países ocidentais aos princípios e objectivos da Carta das Nações Unidas, as suas políticas agressivas e coloniais, bem como os seus dois pesos e duas medidas, juntamente com o saque das riquezas naturais dos países em desenvolvimento, minaram o papel fundamental da organização intergovernamental», denunciou o governo sírio. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. As cartas esclarecem que a «agressão sionista» ocorre pouco tempo depois de um ataque dos terroristas do Daesh contra trabalhadores da jazida petrolífera de al-Taim, em Deir ez-Zor, «o que evidencia a coordenação e a estreita relação entre ambos». Nos textos, a diplomacia síria lembra que não é a primeira vez que Israel ataca instalações e infra-estruturas civis, tendo-se referido às acções perpetradas no ano passado que deixaram inoperacionais os aeroportos internacionais de Damasco e Alepo, e ao ataque, levado a cabo a 27 de Dezembro de 2021, que afectou o porto comercial de Latakia, provocando graves danos. «As autoridades de ocupação israelitas não teriam continuado estes crimes se não tivessem a cobertura de impunidade proporcionada pela administração norte-americana e seus aliados», denuncia o Ministério. Na sequência do segundo ataque israelita contra o Aeroporto Internacional de Alepo em menos de uma semana, o governo sírio reafirmou que Israel deve prestar contas pelos «crimes de guerra» que comete. O ataque com mísseis, a partir do Mediterrâneo, na terça-feira à noite atingiu a pista de aterragem do aeroporto de Alepo, no Noroeste da Síria, deixando a infra-estratura inoperacional. Trata-se do segundo ataque com mísseis, perpetrado pelas forças militares israelitas, no espaço de uma semana contra o aeroporto referido, tendo ambos provocado danos materiais, segundo informou o Ministério sírio da Defesa. «Os repetidos ataques israelitas, particularmente o ataque sistemático e deliberado a alvos civis na Síria, o último dos quais visou, ontem, o Aeroporto Internacional de Alepo, constituem um crime de agressão e um crime de guerra, de acordo com o direito internacional, e Israel deve ser responsabilizado por isso», afirmou, esta quarta-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros, citado pela SANA. «O regime de ocupação israelita está novamente a ameaçar a paz e a segurança na região, pondo em perigo e intimidando civis, e ameaçando a segurança da aviação civil na Síria e na região», acrescentou o Ministério.Internacional|
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