No encontro que manteve este fim-de-semana com os mototaxistas no departamento de Beni (Nordeste), o vice-presidente boliviano ressaltou o empenho do executivo em erradicar «a pobreza social e espiritual» do país.
Choquehuanca lembrou que, quando o processo de mudança chegou ao poder, em 2006, liderado pelo então presidente Evo Morales, de cada cem bolivianos 40 viviam em situação de pobreza extrema.
Então, muitos bolivianos não tinham casa ou acesso a serviços básicos, «pelo que o governo do Movimento para o Socialismo (MAS) começou a trabalhar para que na Bolívia ninguém mais tivesse de viver nessas condições», afirmou, citado pelo portal ahoraelpueblo.bo.
«Muitos de nós sabem o que é viver na pobreza extrema e muitos não sabem nem imaginam», disse o representante governamental no encontro, acrescentando: «Temos tanta riqueza, porque temos de estar em situação de pobreza extrema?»
Reconstrução económica depois do golpe
Antes, o vice-ministro da Coordenação com Movimentos Sociais da Sociedade Civil, Juan Villca Flores, destacou a importância de promover políticas de substituição de importações e o fomento da industrialização.
«Depois de um ciclo de estabilidade económica de 14 anos, o nosso país sofreu um golpe contra a situação social, constitucional, económica, e mergulhámos numa crise», disse Villca em entrevista à Bolivia TV, citado pela TeleSur.
Ao referir-se à desestabilização provocada pelo golpe de Estado, Villca apontou o governo golpista liderado por Jeanine Áñez como principal responsável pela dívida externa de quase cinco mil milhões de dólares.
«Desta crise, lamentavelmente, custou muito trabalho sair», afirmou o vice-ministro, sublinhando a necessidade de «garantir um futuro para as novas gerações em que haja trabalho, estabilidade e não existam preocupações por causa da instabilidade económica».
De acordo com dados oficiais, durante 11 meses o governo liderado pela autoproclamada Áñez deixou como herança ao país uma dívida estimada em 4,9 mil milhões de dólares.
Nesse período, o produto interno bruto (PIB) caiu 11,1% e o défice fiscal subiu até 12,1%.
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