«O sector dos hidrocarbonetos recupera a par da reactivação económica. De Janeiro a Abril de 2021, a actividade do petróleo e gás natural cresceu 11,1%. Temos um plano para reactivar de forma integral a área dos hidrocarbonetos da Bolívia!», escreveu Arce na sua conta de Twitter.
No final da semana passada, refere a Agencia Boliviana de Información (ABI), o vice-presidente da Administração de Contratos e Fiscalização da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Armin Dorgathen, informou que empresa estatal está a preparar um plano para duplicar ou triplicar a produção de petróleo e substituir a importação de combustíveis líquidos.
Dorgathen, que sublinhou a importância que tem para o país não ficar dependente das importações e apostar na exploração da riqueza dos recursos nacionais, disse ainda que a YPFB, além do plano de exploração já conhecido, prevê avançar com a perfuração de três novos poços no campo Boquerón durante este ano e o próximo.
Universidades devem ser protagonistas do desenvolvimento
No âmbito das cerimónias comemorativas do 91.º aniversário da autonomia universitária – promulgada na Bolívia a 25 de Julho de 1930 –, o chefe de Estado pediu este domingo às universidades públicas que sejam protagonistas no desenvolvimento económico, produtivo e social de Bolívia, «para o se requer universitários e profissionais comprometidos com o povo e com os seus interesses», indica a ABI.
«Retomámos o modelo económico, social, comunitário, produtivo e as universidades devem ser protagonistas no desenvolvimento da nossa pátria, das transformações estruturais, a nível científico e tecnológico, que nos permitam regressar à senda do crescimento económico com justiça social; industrialização com substituição de importações; industrialização de recursos naturais com soberania e dignidade», afirmou Luis Arce no seu discurso.
Reverter o mal feito pelo governo golpista
Durante os governos de Evo Morales (2006-2019), a economia do país andino-amazónico deu mostras de crescimento em várias áreas, de tal modo que a Bolívia se situava nos países da dianteira da América Latina.
Com o golpe de Estado de Novembro de 2019 e a gestão do governo golpista que se seguiu, registou-se um grande retrocesso, agravado pelo impacto da pandemia de Covid-19.
A acção do governo golpista ficou marcada pela travagem no investimento público, a privatização de sectores estratégicos, a corrupção e o roubo ao erário público, bem como o endividamento do país perante organismos financeiros internacionais, entre outros aspectos nefastos.
Com a recuperação da democracia, o governo de Luis Arce, do Movimento para o Socialismo (MAS), assumiu a tarefa de reverter esta situação e, mesmo no contexto da pandemia, em pouco mais de meio ano no poder os indicadores económicos começam a dar mostras de recuperação.