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|Bolívia

Morales regressou a Chimoré, denunciou o golpe e pediu apoio para Lucho

Cerca de um milhão de pessoas juntaram-se para receber Evo na pista de onde levantou voo, há um ano, com destino ao exílio, no México. Morales denunciou o golpe e lançou uma mensagem de unidade.

 Cerca de um milhão de pessoas deram as boas-vindas a Evo Morales, em Chimoré, local de onde partiu para o exílio há um ano; com ele, o seu ex-vice-presidente. Álvaro García Linera
Cerca de um milhão de pessoas deram as boas-vindas a Evo Morales, em Chimoré, local de onde partiu para o exílio há um ano; com ele, o seu ex-vice-presidente. Álvaro García Linera Créditos / @evoespueblo

«Vem lá dura luta, temos de acompanhar e estimar o irmão Lucho [Luis Arce]», disse ontem Morales na maior das concentrações realizadas desde que regressou ao país, na segunda-feira.

Na pista do aeroporto de Chimoré, no Trópico de Cochabamba, estima-se que cerca de um milhão de pessoas, provenientes de todo o país, se juntaram para receber o ex-presidente da Bolívia. A data era simbólica, já que esta quarta-feira passava exactamente um ano desde que Morales se viu forçado a fugir para o exílio, na sequência do golpe de Estado.

Ao falar para a multidão, Evo Morales defendeu que a exploração dos recursos naturais e estratégicos é uma via legítima para recuperar a soberania e a dignidade dos povos contra a subjugação pelo imperialismo norte-americano, indica a TeleSur.

Morales afirmou que a direita não aceita que os índios tenha conseguido mudar a Bolívia, referindo que, apesar dos erros cometidos, o Movimento para o Socialismo (MAS) mostrou que governa melhor o país que os neoliberais, sem ter de seguir as habituais receitas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O desenvolvimento alcançado na Bolívia e a grande melhoria das condições de vida do povo boliviano com base na nacionalização dos recursos naturais, fora do modelo capitalista, é algo que o imperialismo, que os Estados Unidos não perdoaram, sublinhou o ex-presidente, que enumerou provas de que o golpe de 2019 teve motivações económicas, para atacar o modelo alternativo de desenvolvimento do país sul-americano e deitar mão aos seus recursos.

Ainda sobre o golpe de Estado de 2019, Evo Morales disse que «derrotámos a direita e vamos continuar a derrotá-la porque somos um povo unido, organizado, mobilizado, que mostrou que em pouco tempo se pode mudar a Bolívia».

«Em menos de um ano recuperámos a democracia, voltámos ao governo; isso é algo inédito, histórico, único no mundo», disse, acrescentando que a vitória de Luis Arce e do MAS nas eleições de 18 de Outubro veio confirmar que, há um ano, não houve qualquer fraude, como alegaram os golpistas.

Organizações sociais reconhecem «liderança social indiscutível de Morales»

Morales chegou à Bolívia na passada segunda-feira, atravessando a fronteira internacional entre a Argentina – país onde esteve exilado desde Dezembro do ano passado – e o seu país em La Quiaca. Em Villazón, já no lado boliviano, teve início uma caravana de três dias pelas estradas dos departamentos de Potosí, Oruro e Cochabamba, até chegar a Chimoré.

Na concentração gigante de ontem estiveram presentes o líder do Senado, Andrónico Rodríguez, Juan Carlos Huarachi, secretário-geral da Central Obrera Boliviana, o candidato presidencial equatoriano Andrés Arauz, entre outros representantes de delegações internacionais, sindicatos, organizações populares.

Estava previsto que o presidente da República, Luis Arce, estivesse presente, mas tal não foi possível. Morales disse que falou com ele duas vezes ao telefone, na madrugada e manhã de ontem, sobre a nomeação dos membros do novo governo, na sequência da vitória esmagadora do MAS nas eleições gerais.

Antes da intervenção de Morales, representantes de organizações sociais da Bolívia leram um manifesto em que reconhecem a liderança social indiscutível de Morales, a sua governação unitária e o seu êxito em fazer da Bolívia um país independente e digno, informa a Prensa Latina.

No documento, comprometem-se a defender as conquistas da revolução democrática e cultural a nível político, social, económico e cultural, procurando alcançar êxitos económicos, maior igualdade, independência nacional e identidade pluricultural.

Também pedem segurança para o ex-presidente boliviano, tendo em conta as ameaças de morte contra ele vertidas na Internet desde que regressou ao país.

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