A Casa 67, em Hanói, onde Ho Chi Minh viveu e trabalhou entre 1954 e Setembro de 1969, guarda, naturalmente, muitas memórias ligadas à sua vida e às suas lutas. Foi também local de algumas das reuniões mais importantes durante os anos mais duros da guerra no Vietname, informa a Vietnam News Agency (VNA).
Ali, o secretário-geral do Partido Comunista do Vietname, Nguyen Phu Trong, homenageou o líder da Revolução e pai da Independência vietnamita, esta quinta-feira, na véspera de se cumprirem 53 anos da sua morte.
Phu Trong conversou com os trabalhadores deste local que preserva a memória do Tio Ho, como é carinhosamente designado, tendo-lhes sugerido que continuem a estudar o pensamento, a moral e o estilo do presidente Ho Chi Minh para os dar a conhecer aos seus compatriotas e aos visitantes estrangeiros, refere a VNA.
Destacou ainda que o pensamento de Ho Chi Minh é um sistema de pontos de vista e orientações para a revolução vietnamita e que essa é a ideologia da independência nacional associada ao socialismo.
O dirigente comunista referiu-se ainda à moral revolucionária do dirigente independentista, marcada pelo trabalho, poupança, integridade, rectidão, total dedicação à causa pública e um desinteresse exemplar.
Uma delegação de altos dirigentes do Partido Comunista, do Estado e da Frente da Pátria, a maior organização de massas do país asiático, liderada pelo presidente vietnamita, Nguyen Xuan Phuc, também honrou o venerado Tio Ho colocando flores no Mausoléu que lhe é dedicado, na Praça Ba Dinh, em Hanói.
A a 2 de Setembro, o Vietname celebra também o seu Dia Nacional, pois foi nessa data, em 1945, que Ho Chi Minh leu a Declaração da Independência, na praça onde hoje se erige o mausoléu.
Ali, frente ao monumento, os mais altos representantes do Partido e do Estado demonstraram o seu profundo agradecimento ao Herói Nacional, que consagrou a vida à causa da libertação nacional, e, noticia a VNA, comprometeram-se a construir e defender um Vietname unificado, independente e pacífico.
Também ontem, na mesma praça, uma delegação da Comissão Central Militar e do Ministério da Defesa, dos ministérios da Segurança Pública e dos Negócios Estrangeiros, do Conselho Popular e do Comité Popular da cidade de Hanói prestou homenagem ao líder da Revolução vietnamita, no mesmo local onde, às 6h, teve lugar a cerimónia do içar da bandeira.
Lembrança do Tio Ho, da Revolução de Agosto e de uma longa gesta
Os actos em memória do Herói Nacional repetiram-se em vários pontos do país, honrando-o a ele e à Revolução de Agosto, o levantamento que pôs fim à monarquia feudal, ao fascismo e a 80 anos sob o jugo do colonialismo francês, abrindo as portas à fundação da República Democrática do Vietname, posteriormente República Socialista do Vietname, e a uma era em que o povo vietnamita passou da escravidão ao governo do país.
O país do Sudeste asiático ainda teria de lutar mais 30 anos e ver milhões dos seus filhos perderem a vida até conseguir derrotar o imperialismo e alcançar a reunificação do país, a 30 de Abril de 1975.
Falecendo a 2 de Setembro de 1969, Ho Chi Minh já não assistiu a este momento decisivo da história do Vietname, mas é conhecido como o Pai da Independência.
Como é hábito nesta ocasião, representantes dos governos de diversos países enviaram mensagens de felicitações aos dirigentes vietnamitas. Também as representações diplomáticas do Vietname em vários países realizaram iniciativas relacionadas com o Dia da Independência, em coordenação com os ministérios dos Negócios Estrangeiros locais e organizações de amizade com o país da antiga Indochina.
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