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Nicarágua denuncia «hipocrisia» da OEA, o «ministério das colónias»

A Nicarágua repudiou de forma veemente a sessão especial convocada pela Organização dos Estados Americanos para abordar a situação no país e denunciou a subordinação do organismo à agenda de Washington.

O dia da tomada de posse ficou marcado pela festa em vários pontos do país; na imagem uma caravana na cidade de Chinandega 
Caravana festiva na cidade de Chinandega, no dia da tomada de posse de Daniel Ortega, a 10 de Janeiro de 2022 Créditos / @Canal4Ni

A delegação da Nicarágua junto do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) deixou claro que o país da América Central não é tema para «a agenda ideológica dos Estados Unidos», nem «experiência política« ou «pátio das traseiras de ninguém», e não faz parte do «ministério das colónias» – a OEA.

O governo da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) afirmou que a Nicarágua é «a pátria digna, livre e soberana dos heróis Augusto César Sandino e Benjamín Zeledón» e que a sua «soberania e validade» não lhe são concedidas pela OEA, qualificada como «agonizante e vergonhosa», mas pela «vontade popular», informa a Prensa Latina.

O organismo regional, que tem posto repetidamente na mira os governos dos países que não se submetem aos ditames de Washington, como a Nicarágua ou a Venezuela, e foi acusado pelas autoridades bolivianas de conluio com o golpe de Estado patrocinado pelos EUA, em Novembro de 2019, voltou a «analisar a situação» na Nicarágua, na passada sexta-feira.

Apesar de o país centro-americano já ter iniciado o processo de saída da OEA, em Novembro último, a sua delegação fez-se representar pelo embaixador Arturo McFields, que assinalou a hipocrisia de outros estados-membros do organismo participantes na sessão, pela forma sistemática como violam os direitos humanos.

EUA: brutalidade e racismo policial, tortura em Guantánamo

«A pior prisão do mundo é Guantánamo, onde há especialistas norte-americanos em torturas», destacou McFields, em alusão ao território ilegalmente ocupado por Washington em Cuba.

Condenando a brutalidade e o racismo policial nos Estados Unidos, McFields referiu-se aos muitos afro-americanos mortos pelas forças de segurança, bem como às crianças maltratadas nos centros de detenção para migrantes, e perguntou quando será convocada uma sessão da OEA para abordar essas questões.

Neste contexto, chamou a atenção para a «hipocrisia» do organismo regional, que classificou como um «ministério das colónias, totalmente ajoelhado e prostrado aos pés dos seus amos», com «uma agenda ditada a partir da Casa Branca» – e recordou as sanções, ameaças e chantagens que a Nicarágua sofreu, sem se vergar.

Massacres de indígenas no Canadá e repressão policial no Chile

O embaixador da Nicarágua disse que a OEA deve organizar uma «sessão por causa das prisões das crianças migrantes humilhadas e maltratadas [nos Estados Unidos] ou por causa dos massacres de indígenas no Canadá», refere o portal multipolarista.com.

Poucos dias antes da sessão, «líamos com espanto sobre a descoberta de novas valas comuns», acrescentou, sublinhando que «o Canadá não tem moral para falar de direitos humanos». «Tem uma dívida histórica com os povos indígenas, que deve pagar», disse.

McFields denunciou ainda a violação dos direitos humanos por parte do governo chileno, lembrando que a polícia do país sul-americano foi acusada de violar mulheres detidas e que «os Carabineiros cegaram centenas de jovens» nos protestos contra a política neoliberal.

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