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Movimentos populares brasileiros unidos em defesa da saúde e do emprego

Mais de 40 organismos integram a plataforma de emergência para enfrentar a pandemia do coronavírus e a crise brasileira, em oposição a Jair Bolsonaro, tendo em conta a sua «irresponsabilidade».

Sindicatos e movimentos sociais têm-se mobilizado contra as políticas de retrocesso do governo golpista de Michel Temer
«Todas as saídas passam pela submissão de interesses privados aos de toda a sociedade, pela acção colectiva, por união e solidariedade popular» (excerto do manifesto da plataforma) Créditos / Mídia Ninja

A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, abrangendo mais de 40 organizações sociais, lançaram juntas, esta terça-feira, a Plataforma Emergencial para Enfrentamento da Pandemia do Coronavírus e da Crise Brasileira, com mais de 60 propostas «para proteger a saúde, os rendimentos e o emprego».

O lançamento foi anunciado no programa «Bom Pra Todos», da Rede TVT, num debate que contou com a participação de Carmen Foro, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Iago Montavão, da União Nacional dos Estudantes (UNE), e João Pedro Stedile, do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST).

«Esta plataforma expressa uma força política muito grande; quer dizer que nós estamos avançando na unidade popular e na organização de um campo que representa a maioria do povo brasileiro», afirmou a dirigente sindical Carmen Foro.

Em seu entender, trata-se de um momento de «vida ou morte» e «o movimento social optou por lutar pela vida, ao contrário do governo Bolsonaro, que optou pela morte, ao ir na contramão de tudo aquilo que o mundo está implantando e orientando diante da pandemia», informam o Brasil de Fato e a Prensa Latina.

No decorrer da apresentação, ficou-se a saber que a plataforma tem mais de 60 propostas para defender os trabalhadores, opondo-se assim a um governo que promove a desinformação e ataca repetidamente a saúde pública tanto nos discursos como nas atitudes.

Para a dirigente da CUT, a vida e a saúde da população brasileira têm prioridade, mas a isso associa-se a reivindicação fundamental de mudanças estruturais na economia do país, de modo a garantir postos de trabalho, salários, rendimentos e alimentação.

João Pedro Stedile, do MST, defendeu que o projecto representa a união das forças populares, acrescentando que o objectivo é dialogar com a sociedade, com a base social e os movimentos sociais «um sentido único de actuação para enfrentar as crises», revela o Brasil de Fato.

Bolsonaro «sem capacidade» para ultrapassar a situação

A denúncia de que o governo de Jair Bolsonaro não assumiu «medidas eficazes» contra a propagação do novo coronavírus no Brasil e se tornou a «principal ameaça» para a segurança e o bem-estar da população brasileira atravessa o manifesto que estrutura a plataforma.

Neste sentido, Guilherme Boulos, do MTST, sublinhou que Bolsonaro «não respeita a saúde e os brasileiros» ao pedir que as pessoas voltem para as ruas com normalidade.

«Esta plataforma vem dizer ao povo brasileiro que a falsa alternativa que o Bolsonaro coloca de as pessoas irem para a rua desrespeitando a quarentena ou ficarem em casa e morrer de fome é uma falácia», denunciou Boulos, frisando que as propostas dos movimentos sociais têm em conta tanto a saúde como a protecção da população diante da crise económica e da pandemia.

As organizações que integram a plataforma entendem que o governo de Bolsonaro não tem capacidade para ultrapassar a actual situação e, por isso, pedem a saída do presidente, considerando que a sua permanência é «uma questão de saúde pública», como definiu Guilherme Boulos.

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