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Milhares nas ruas, por toda a França, em defesa de melhores salários

«Tudo aumenta menos os nossos salários», gritavam os manifestantes em Paris, esta quinta-feira, numa marcha promovida por diversas organizações sindicais e de estudantes.

Manifestação em Nantes, no âmbito da jornada de mobilização nacional 
Manifestação em Nantes, no âmbito da jornada de mobilização nacional Créditos / @YTigoe

Dezenas de milhares de trabalhadores do sector privado e da Função Pública, pensionistas e estudantes participaram, ontem, na jornada de mobilização nacional convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), Força Operária (FO), Federação Sindical Unitária (FSU), Solidaires e várias organizações de estudantes.

Em causa está a defesa do poder de compra e, nesse sentido, os promotores defendem aumentos imediatos em todos os salários, do público e do privado, nos subsídios atribuídos aos jovens em formação e nas pensões dos reformados.

Philippe Martinez, secretário-geral da CGT, disse à imprensa que a jornada de luta de ontem era «a convergência de todas as mobilizações» que têm vindo a decorrer há várias semanas, nomeadamente na indústria, no sector agro-alimentar, no comércio ou na Função Pública.

170 manifestações em território francês

«Hoje, demasiados trabalhadores em actividade, demasiados pensionistas não conseguem arranjar alojamento facilmente, não se conseguem aquecer facilmente, não se conseguem deslocar […] e a resposta não pode ser substitutos, ligaduras de última hora», disse Yves Veyrier, da FO, citado pelo portal ouest-france.fr.

De acordo com a CGT, ontem realizaram-se 170 manifestações em França, com a participação de mais de 150 mil pessoas. Em Paris, cerca de 20 mil manifestantes – segundo a CGT – defenderam o «aumento geral dos salários, das reformas, dos apoios sociais», como uma «urgência».

Várias figuras políticas estiveram presentes na marcha parisiense, como Jean-Luc Mélenchon (França Insubmissa), Yannick Jadot (Europa Ecologia – Os Verdes) e Fabien Roussel (Partido Comunista Francês).

Com menor dimensão, também houve manifestações em defesa do emprego, dos salários, das pensões e de melhores condições de vida em cidades como Rennes, Marselha, Lyon, Saint-Etienne e Bordéus, Lille, Calais, Nantes, Estrasburgo e Dijon.

Os docentes, que já se haviam manifestado nos dias 13 e 20 em protesto contra a gestão da crise sanitária, estiveram presentes em força em vários locais, com faixas a «atacar» o ministro da Educação e a defender também o aumento dos salários.

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