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|Argentina

Milei insiste na receita da repressão sobre os reformados

Pouco depois da votação que ratificou o veto de Milei a uma lei das reformas na Câmara dos Deputados, as forças policiais ainda castigaram os manifestantes com gases, bastonadas e balas de borracha.

Créditos / Página 12

Milhares de pessoas juntaram-se, esta quarta-feira, na Praça do Congresso, em Buenos Aires, para rejeitar o veto de Milei a uma lei que havia sido aprovada e que previa um ligeiro aumento nas reformas e uma alteração na fórmula de actualização.

Na Câmara dos Deputados, os 153 votos a favor da lei foram curtos para os dois terços necessários para deitar por terra o veto presidencial, que, no dizer dos manifestantes, agrava a austeridade contra os pensionistas e reformados no país austral.

Poucos minutos depois de concluída a votação, uma parte dos milhares de manifestantes que se juntaram nas imediações do Congresso avançou em direcção às vedações da operação policial dirigida pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, em protesto contra o veto presidencial e alguns deputados que anunciaram um sentido de voto que não mantiveram.

Gendarmeria, Polícia Federal Argentina e Prefeitura Naval Argentina começaram então a reprimir os reformados e outros manifestantes no local – o que tem sido receita habitual nas semanas mais recentes de contestação às políticas de Milei.

Página 12

Enfrentando bastões, gases e balas de borracha, alguns manifestantes ficaram feridos, entre os quais se contavam idosos, uma criança de dez anos e trabalhadores da imprensa, refere o Página 12.

«Custava-me respirar, picava-me a garganta. Felizmente, fui assistido e meteram-me num bar», declarou um reformado a uma TV. «Lançaram-nos gases, mas estou de pé e vou continuar a lutar», sublinhou.

O ferroviário reformado explicou que a reforma não chega para comer e que aquilo que se está a passar é uma vergonha, tendo chamado «desgraçado» a Milei.

Grande manifestação em Buenos Aires

A repressão governamental seguiu-se a uma jornada de luta em que participaram milhares de pessoas e que decorreu de forma pacífica, entre piropos lançados à Polícia e aos membros do governo, convocada por sindicatos e organizações sociais em defesa dos pensionistas e para lhes mostrar que «não estão sozinhos».

Num documento subscrito por diversas organizações foram dirigidas fortes críticas a Milei e à decisão de vetar a lei das pensões. «De nenhuma forma podemos permitir que o Presidente continue a transferir as riquezas que geram o nosso povo e o nosso país para beneficiar os poderosos grupos económicos que hoje o rodeiam», afirmaram, citados pelo Página 12.

«É preciso ter muito ódio ao nosso povo, aos nossos trabalhadores e aos nossos reformados para levar por diante tanta perseguição e repressão governamental», acrescentaram.

Em declarações à imprensa durante a mobilização, Nora Biaggio, representante do Plenário de Trabalhadores Reformados, disse que o aumento das reformas e pensões «é uma reivindicação inquestionável de toda a população, sem distinção de pensamento político ou estrutura sindical».

«Todo a gente pensa que a lei, embora seja pequena, tem de ser concretizada a favor dos reformados», defendeu.

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